domingo, 11 de março de 2012

Divina Sabedoria

Divina Sabedoria

DS 05

(A Palavra de Deus)

Jesus chegou ao Poço de Jacó ao meio-dia!... Isto faz-nos recordar que Deus, sempre depois do meio dia, ao frescor da brisa da tarde, ia ao paraíso ter com Adão e Eva, seus filhos amados (Gn 3,8).

Na verdade, o paraíso, aqui, é o coração de seus filhos amados. Tanto é verdade, que, quando o Senhor chegava ao paraíso, sempre ao frescor da brisa da tarde, depois do meio-dia, lá se encontravam Adão e sua mulher, no mesmo lugar, sempre a sua espera.

O Senhor, nosso Deus, estava constantemente no paraíso de seus corações, para:

- estar, eternamente, sempre com eles;

- dialogar com seus filhos amados;

- ensiná-los a conhecer as coisas que lhes foram dadas pelo Criador;

- amá-los na intimidade dos corações;

- fortalecê-los no amor, na amizade, na bondade, na intimidade, na justiça e na fidelidade suprema;

- permanecer sempre com os olhos fixos sobre a obra-prima do seu coração, através da sabedoria do Verbo Divino e a condução amorosa do Espírito do Senhor. (Rm 8,14.16.26-27).

Com estas visitas o Senhor Javé se unia a eles de forma indelével, divina e eterna, visando à edificação de uma amizade eterna e constante; assim como ele falou através do profeta Jeremias: “Eu te amei com amor eterno. Por isso, sou constante na minha afeição por ti” (Jr 31,3).

Certamente, hoje, nestes dias em que vivemos sentados à beira do Poço de Jacó com o Senhor Jesus Cristo, eis que o Poço de Jacó transportou-se aos nossos corações. Porque a exemplo da samaritana, necessitamos vê-lo e ouvi-lo, respectivamente, com os olhos e os ouvidos do nosso coração.

“Meus ouvidos tinham escutado falar de ti, mas agora meus olhos te viram. É por isso que me retrato, e arrependo-me no pó e na cinza” (Jó 42,5-6).

Vejamos bem!... O que Deus falou através do profeta Isaías, e o que São Paulo se referiu na segunda carta aos Coríntios: “Eis o que diz o Senhor: no tempo da graça eu te atendi, no dia da salvação eu te socorri”. Pois, o Senhor, nosso Deus, ele diz: “Eu te ouvi no tempo favorável e te auxiliei no dia da salvação” (Is 49,8). “Hoje é o tempo favorável, hoje é o dia da salvação” (II Cor 6,2).

Assim, temos a certeza de que o Poço de Jacó, hoje, que é o dia da nossa salvação, corresponde aos corações de todos nós, de quantos com o Senhor Jesus estão sentados à beira do Poço, para ouvi-lo e testemunhá-lo como ele nos ordena. (Mt 10,32-33).

Vejamos mais!... O Senhor Jesus, ali no Poço, chegou ao meio-dia, para o encontro com a samaritana sob o frescor da brisa da tarde, como outrora Deus fazia com seus filhos, Adão e Eva.

E Jesus estava com sede da salvação de almas; ele que é o Salvador! Tanto, que ele abriu o diálogo com a samaritana com estas palavras: “Dá-me de beber! (Jo 4,7)”

Vejamos, ainda: A sede de Jesus era “Sede de almas”; desejo de salvar a humanidade inteira das garras de Satanás.

Claro... A mulher samaritana, a princípio, não entendeu a pedagogia do Senhor Jesus; por isso, logo falou das dificuldades de tirar água do poço.

Entretanto, Jesus, o Salvador, logo lhe ofereceu uma água viva que sacia para sempre a sede de voltar ao seio do Pai Eterno, de onde, todos, viemos (Jo 4,29).

A samaritana, ao sair do Poço de Jacó rumo a Sicar, na Samaria, já estava convertida... As palavras do Senhor tocaram-lhe o profundo do coração... Na verdade, ela foi envidada de Jesus para evangelizar os samaritanos. Sua pregação foi simples, porém ungida de testemunho, por isso, verdadeira: “Vinde e vede um homem que me contou tudo o que tenho feito. Não seria ele porventura o Cristo? Tanto que os samaritanos foram à presença de Jesus, e depois de ouvi-lo, levaram-no a Sicar, onde, permanecendo em Sua presença dois dias, finalmente, disseram a mulher samaritana: “Já não é por causa da tua declaração que cremos, mas nós mesmos ouvimos e sabemos ser este o Salvador do mundo” (Jo 4,42).

Lembremo-nos, finalmente, todos nós do Poço de Jacó, aprendemos tudo do Senhor Jesus e, por isso, por fé, amor, esperança e fidelidade somo evangelizadores do Evangelho da Salvação. E ai de nós se não evangelizarmos!... (I Cor 9,16).

João C. Porto *

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