segunda-feira, 12 de março de 2012

Divina Sabedoria

Divina Sabedoria

DV 06

(A Palavra de Deus)

Uma ordem divina!...

“Gravai, pois, profundamente em vossos corações e em vossa alma estas minhas palavras; prendei-as às vossas mãos como um sinal, e levai-as como uma faixa frontal entre os vossos olhos” (Dt 11,18).

O Senhor nos ordena que gravemos suas palavras profundamente!...

Aonde?

Nos corações e na alma!...

Em nós, só existem dois lugares profundos, nos quais podemos e deveremos cumprir essa ordem divina:

Ora, o Senhor, nosso Deus, que nos criou, formou e nos fez para a sua glória (Is 43,7 – Vulgata), já nos indicou o lugar onde nos é necessário guardar a palavra da verdade eterna – a verdade que liberta (Jo 8,32. 36) –, no mais íntimo e profundo do nosso ser, isto é, no núcleo central da vida, nos corações e na alma.

Por que “coração” no plural e “alma” no singular?

Para mim, coração e alma correspondem a “razão” plena de cada ser humano.

“Que Cristo habite pela fé em vossos corações, arraigados e consolidados na caridade, a fim de que possais, com todos os cristãos, compreender qual sejam a largura, o comprimento, a altura e a profundidade, isto é, conhecer a caridade de Cristo, que excede toda a inteligência, e sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Aquele que, pela virtude que opera em nós, pode fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou entendemos, a ele seja dada glória na Igreja e em Cristo, Jesus por todas as gerações de eternidade. Amém” (Ef 3,17-21).

Corações, no plural, porque a unidade, dos corações dos filhos e filhas de Deus, corresponde à configuração do Reino de Deus, Reino de Justiça, de Paz e Alegria no Espírito Santo (Rm 14,17; I Cor 4,20), sobre a terra.

Alma, no singular, porque na alma, individualmente, de cada um dos filhos e filhas de Deus, deverá estar a “Semelhança de Deus”; isto é, uma alma santa como Deus é Santo. (I Pd 1,15-16).

Obs.: Como, na Bíblia Sagrada, os profetas e/ou hagiógrafos misturam asses expressões: chamam “alma” de “espírito” e vice-versa, gostaria de ouvir, se possível, vossa opinião...

João C. Porto *

Nenhum comentário:

Postar um comentário