segunda-feira, 31 de outubro de 2011
O Espírito Santo
domingo, 16 de outubro de 2011
O Espírito Santo
sábado, 15 de outubro de 2011
Espirito Santo e seus Dons
Senhor Jesus Cristo
PJ Nº 05
Espírito Santo e seus dons
No Pentecostes, o Espírito Santo desce sobre as nossas almas para enchê-las com sua luz, aquecê-las com seu fogo e revesti-las com sua unção amorosa. Desejamos que
Para os filhos e filhas de Deus é importante invocar constantemente, sem cessar, o Espírito Santo, como o faz sempre a Santa Igreja do Senhor.
- Vinde, Espírito Santo!
- Vinde, Espírito Criador!
- Vinde, Pai dos pobres!
- Vinde, Luz dos corações!
- Vinde, consolador das nossas almas!
Ora, se o chamamos é porque o desejamos; e se o desejamos é porque o amamos. Entretanto, para amá-lo faz-se mister conhecê-lo.
“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I Jo 4,8).
São Paulo nos afirma que Deus, além de ser o único que possui a imortalidade, habita em luz inacessível (I Tm 1,16). Todavia, “se essa luz é inacessível às nossas forças, é acessível aos dons que recebemos de Deus”, através do Espírito Santo que nos foi dado e habita em nossos corações; pois, somos templos vivos de Deus. (I Cor 3,16)
- Que nos diz Dom Luiz M. Martinez?
“Com a luz da fé, com os olhos iluminados do nosso coração, podemos penetrar as sombras do mistério e contemplar, atônitos, as maravilhas de Deus”.
Não é verdade que no dia do nosso batismo recebemos este mundo sobrenatural que todo o cristão traz, integralmente, na alma?
- A graça que é uma participação nossa da natureza de Deus. (I Pd 1,13-15).
- As virtudes teologais que nos põem em contacto imediato com o divino. (I Cor 13,13).
- As virtudes morais que servem para orientar e ordenar toda a vida (Sb 8,7).
- Os dons do Espírito Santo, receptáculos misteriosos e divinos para captar as suas inspirações e moções amorosas em nossos corações.
- A unção da graça que se caracteriza como a Verdade Eterna, a Fidelidade Suprema e a Bondade Infinita que estará sempre em nosso ser como o frescor da brisa orvalhada da hipóstase do Senhor Jesus em nós, pela qual formamos na liberdade do amor (II Cor 3,17) e na sua união hipostática, um só espírito com Ele (I Cor 6,17).
Assim nos ensina Dom Luiz M. Martinez:
“Enquanto possuímos a graça, possuímos também os dons; não é algo passageiro, é algo estável, algo que trazemos em nosso coração constantemente; a graça não pode existir sem os Dons e num coração não podem existir a graça e os dons sem que esteja ali também o Espírito Santo, que é o diretor divino da nossa vida espiritual.”
Assim, “Os dons do Espírito Santo não são necessários somente para as grandes obras dos santos; também em nossa vida cotidiana, muitas vezes agimos sob o influxo dos Dons do Espírito Santo”.
São Tomás de Aquino, cuja autoridade é indiscutível na Igreja, ensina-nos que para alcançar a salvação de nossa alma são indispensáveis os Dons do Espírito Santo; sem eles não poderemos realizar a obra da nossa santificação.
“Ninguém pode chegar à herança daquela terra dos bem-aventurados, se não for movido e guiado pelo Espírito Santo” (Sato. Tomás de Aquino).
“Tanto as virtudes, quanto os dons são preciosas sementes que têm necessidade de serem cultivadas. Assim, nosso trabalho, nosso esforço de cristãos consiste em ir cultivando com cuidado especial estes germes preciosos que Deus depositou em nossa alma”.
Assim nos fala S. Paulo: “Vigiai, pois, com cuidado sobre a vossa conduta: que ela não seja conduta de insensatos, mas de sábios que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus. Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus. Não vos embriagueis com vinho, que é uma fonte de devassidão, mas enchei-vos do Espírito. Recitai entre vós salmos, hinos e cânticos espirituais. Cantai e celebrai de todo o coração os louvores do Senhor. Rendei graças, sem cessar e por todas as coisas, a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5,15-20).
“Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos de toda a espécie de mal” (I Ts 5,19-22).
“Não contristeis o Espírito Santo de Deus, com o qual estais selados para o dia da vossa Redenção” (Ef 4,30).
Como desenvolver em nós os dons do Espírito Santo?
Que podemos e devemos fazer para que estes instrumentos preciosos, finíssimos, divinos, que o Espírito Santo emprega para nossa santificação, alcancem em nós seu desenvolvimento completo?
Conforme nos ensina Dom Luiz M. Martinez são três coisas.
- A primeira, conforme nos ensina o Santo doutor, é desenvolver em nossos corações a caridade, porque a raiz de todos os dons é a caridade.
“Quando se ama, mesmo com o amor terreno, têm-se intuições para descobrir os pensamentos e os desejos da pessoa amada que não podem ser substituídas por nenhuma ciência”.
Desse modo, na mesma proporção em que a caridade aumenta, aumentam também e se desenvolvem os Dons do Espírito Santo em nossos corações.
A segunda coisa consiste em desenvolver em nós as virtudes; pois, as virtudes estão a nossa disposição. São elas as ferramentas do nosso trabalho espiritual.
“Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,14).
“A terceira coisa que podemos fazer para que se desenvolvam em nós os Dons do Espírito Santo, consiste em sermos dóceis às suas inspirações”.
Diz-nos, finalmente, Dom Luiz M. Martinez: “Como é triste que, tendo em nossas almas estes preciosos instrumentos do Espírito Santo, por nosso pouco cuidado não ouçamos a sua voz deliciosa, as suas santas inspirações!”
João C. Porto
Os Sentidos da Palavra de Deus
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
As Perfeições de Deus
Aprofundando a da Boa Nova do
Senhor Jesus Cristo
PJ Nº 01
As Perfeições de Deus
Conforme o Catecismo Romano, Deus é um Espírito perfeitíssimo e eterno, Criador do Céu e da terra e de tudo o que neles há.
Pelo que se lê na Bíblia Sagrada, poderemos afirmar com plena convicção: Deus é perfeitíssimo!... Porém, os estudiosos da palavra de Deus, registram “As Perfeições mais significativas do Ser”; isto é, os atributos metafísicos que constituem a essência Divina do Deus único e Todo-poderoso Senhor Javé: Deus de Abraão, de Isaac e Jacó; Deus Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e, portanto, nosso Pai. Ele, único que possui a imortalidade e habita em luz inacessível, a quem nenhum homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno! Amém. (I Tm 6,16).
São cinco as perfeições mais significativas de Deus.
01. Unicidade: qualidade do que é único.
“Tu foste testemunha de tudo isso para que reconheças que o Senhor é Deus, e que não há outro fora dele” (Dt 4,35).
“Sabe, pois, agora, e grava em teu coração que o Senhor é Deus, e que não há outro em cima no céu, nem em baixo na terra” (Dt 4,39).
“Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor” (Dt 6,4).
“Eu sou o Senhor, sem rival, não existe outro Deus além de mim” (Is 45,5a)
“Vós sois minhas testemunhas, diz o Senhor, e meus servos que eu escolhi, a fim de que se reconheça e que me acreditem e que se compreenda que sou eu. Nenhum deus foi formado antes de mim, e não haverá outro depois de mim” (Is 43,10).
02. Simplicidade: qualidade do que é simples, isto é, sem composição.
“Do meio do fogo o Senhor falou, ouvistes o som de suas palavras, mas não víeis, no entanto, nenhuma forma” (Dt 4,12).
“O egípcio é homem e não deus, seus cavalos são carne e não espírito” (Is 31,3a)
“Vinde e vede um homem que me contou tudo o que tenho feito. Não seria ele, porventura, o Cristo?” (Jo 4,29).
03. Ubiqüidade: qualidade de quem está ao mesmo tempo em todo o lugar.
“Com efeito, o Espírito do Senhor enche o universo. E ele, que tem unidas todas as coisas, ouve toda a voz” (Sb 1,7).
“Poderá um homem se ocultar de tal forma que eu não o veja? – Oráculo do Senhor. Porventura não enche minha presença o céu e a terra? – Oráculo do Senhor” (Jr 23,24).
04. Eternidade: qualidade do que é eterno (incriado)
“Abraão plantou um tamariz em Bersabéia e invocou ali o nome do Senhor, Deus da eternidade” (Gn 21,33).
“O Senhor reinará eternamente e além da eternidade” (Ex 15,18 – Vulgata).
“Levanto para o céu a minha mão e digo: tão certo como eu vivo eternamente” (Dt 32,40).
05. Imutabilidade: qualidade de quem é veraz, não muda.
“Deus não é homem para mentir, nem alguém para se arrepender. Alguma vez prometeu sem cumprir? Por acaso falou e não executou?” (Nm 23,19)
“Porque eu sou o Senhor e não mudo; e vós, ó filhos de Jacó, não sois ainda um povo extinto” (Ml 3,6)
“Toda dádiva boa e dom perfeito vem de cima: descende do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade” (Tg 1,17)
- x -
Onipotente: Que pode tudo. Todo-poderoso, um dos atributos divinos de Deus. El Shadday.
Onisciente: que possui onisciência, que sabe tudo.
Onisciência: ciência universal absoluta; o saber de Deus (um dos atributos de Deus).
Onipresente: único que está presente de modo universal, em todo o lugar (Pr 15,3).
ONI significa “em tudo”.
“Oni”, do latim, significa “em tudo”.
João C. Porto
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Mansão dos Mortos
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
O Profeta
O Profeta
O apóstolo Paulo afirma aos coríntios: “Há diversidade de dons, mas um só Espírito. Os ministérios são diversos, mas um só é o Senhor. Há também diversas operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos” (I Cor 12,4-6). “A cada um é dada a manifestação do Espírito para proveito comum” (I Cor 12,7). Em outras palavras, S. Paulo nos diz que é o Espírito Santo que distribui os dons a cada um, na Igreja, conforme lhe apraz. Assim, também, o Senhor Jesus Cristo é quem escolhe, chama e envia aos respectivos ministérios, os apóstolos, os profetas, os evangelistas, os pastores e doutores (Ef 4,11) e, em tudo isso, é o mesmo Deus que opera tudo em todos.
Ora, no conjunto de toda essa obra, diz-se na Igreja: “Profeta é todo aquele que proclama a palavra de Deus”. Entretanto, profeta mesmo é todo aquele que, vivendo num só espírito com o Senhor (I Cor 6,17) é escolhido e enviado por Jesus ao exercício da profecia para anunciar o que ouvir Deus falar ao seu coração. É por isso que o Senhor Jesus nos diz: “Sem mim, nada podeis fazer” (Jo 15,5). Profeta é, certamente, todo aquele que, possuindo o múnus sacerdotal de Cristo, guarda em seu coração a doutrina do Senhor, e que, por isso, sob a ação do Espírito Santo, a doutrina do amor de Deus transborda de seus lábios (Pr 22,17-18).
Vejamos isto: “Vou fazer de ti a luz das nações, para propagar minha salvação até os confins da terra” (At. 13,47; Is 49,6). E mais: o profeta não diz nada de si mesmo, mas o que o Senhor falar aos ouvidos do seu coração. Por isso é que o Senhor Jesus, verdadeiro profeta das nações (Gn 12,3b; Is 49,6), ensina-nos a ser profeta, na forma em que nos fala no Evangelho de S. João: “O que eu vos digo, digo-o segundo me falou o Pai” (Jo 12,50).
É, pois, necessário que aprendamos de Deus (I Cor 2,11b-13; II Cor 3,5-6) o que ele nos ensina, o que nos capacita e o que fala aos nossos ouvidos interiores e nos diz: “Proclamai exatamente como a voz do meu coração ao vosso coração, conforme acabais de ouvir; isto é, sem acréscimo e nem decréscimo (Dt 4,2), porque quem vos fala ao coração é o único Senhor, que habita o céu e em vós. (Is 45,15; Jo 14,23; I Cor 3,16).
Ora, o profeta proclama, exatamente, o que ouve Deus falar em seu coração (Mt 10,20; Luc 12,12), para que transborde de seus lábios, pelo múnus do Sacerdote Eterno, Jesus Cristo, a verdadeira missão sacerdotal, a qual não pode resumir-se aos confessionários, nem tampouco as homilias da Santa Missa, máxime, momentos abundantes da glória de Deus aos corações. Certamente que muito mais!... Quantas famílias das diversas paróquias esperam avidamente por um visita espontânea de um sacerdote de sua paróquia, para ouvir de seus lábios a verdadeira doutrina do Evangelho de Cristo; para ouvir falar da Virgem Maria, como Mãe da Igreja e nossa também! Para receber do seu coração e de suas mãos uma cura, uma libertação, um aconselhamento e a bênção do seu coração, como bênção do Deus Todo-poderoso, Senhor Javé, Deus de Israel, Deus de Abraão, de Isaac e Jacó.
Hoje, já aos meus oitenta anos, sinto saudades de muitas coisas santas e sublimes!... Quanta vez, nos bairros pobres de minha cidade natal encontrava um sacerdote caminhando a pé, em visita aos lares do povo mais pobre. Prazerosamente me aproximava dele para dizer-lhe: A bênção Padre! Ao que ele, retirando o chapéu de sua cabeça, dizia: “Deus te abençoe meu filho!” Outro momento que me lembro agora, quando eu e Zuleica, minha esposa, visitava as famílias participantes dos Círculos Bíblicos, dos quais tínhamos a coordenação. Havia uma em especial, Dona Alzira, que reunia toda a família presente diante de nós, para ouvir a doutrina da palavra de Deus. Ela os reunia não apenas por nossa presença, mas, sobretudo, pela excelência do que poderiam ouvir de nossos lábios, vindo do coração do Senhor aos nossos pobres corações.
Amigos e irmãos da fé de Jesus Cristo, essa é a “cara” da missão verdadeira e da família que vive no temor do Senhor!...
João C. Porto