segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sacrifício de Amor

Vida Cristã


“Não julgueis que vim trazer a paz à terra. Vim trazer não a paz, mas a espada”. (Mt 10,34)

Vejamos bem, se a vida cristã é um estado de transfiguração a partir da cruz que assumimos, a salvação, a exemplo de Jesus Cristo, é um sacrifício de amor.

01. Como caracterizar esse sacrifício de amor?

“Em seguida, dirigiu-se a todos: Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Porque, quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem sacrificar a sua vida por amor de mim, salvá-la-á” (Lc 9,23-24).

A salvação, na verdade, não consiste propriamente em eliminar a dor e o sofrimento, mas em vencê-los  pela alegria da vitória e da consolação perfeita, que só pode vir do Espírito consolador.

“Portanto, sede perfeitos, assim como vosso pai Celeste é perfeito”. (Mt 5,48). “A exemplo da santidade daquele que vos chamou sede também vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: “Sede santos, porque eu sou santo”“. (I Pd 1,15-16; Lv 11,44).

Daí o dizer-se que o Espírito Santo é o consolador das almas, isto é, dos corações:

a) Deus não tem dificuldades em nos consolar.

Jó 15,11:- Fases pouco caso das consolações da alma e/ou dos corações.

b) Deus nos alegra a alma com suas consolações.

Sl 93,19:- Quando em meu coração se multiplicam as angústias, vossas consolações alegram a minha alma. 

c) Deus consola aos que se arrependem com humildade de coração.

Is 57,18:- Vi sua conduta, disse o Senhor, e curarei.  Vou guia-lo e consolá-lo.

d) A nossa consolação poderá estar ligada somente a esta vida.

Lc 6,24:- Mas ai de vós, ricos, porque tendes a vossa consolação!

e) Deus nos consola através das Escrituras.

Rm 15,4:- Ora, tudo quanto outrora foi escrito, foi escrito para a nosso instrução, a fim de que, pela perseverança e pela consolação que dão as Escrituras, tenhamos a esperança.

f) Deus envia os seus profetas para nos consolar.

I Cor 14,3:- Aquele, porém, que profetiza fala aos homens, para edifica-los, exortá-los e consolá-los.
g) Por Cristo, Deus Pai nos dá consolações eternas, pela sua graça.

II Ts 2,15-16:- Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa. Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu consolação eterna e boa esperança pela sua graça, consolem os vossos corações e os confirmem para toda boa obra e palavra!

h) Através do Consolador, o Espírito Santo, Deus nos ensina todas as coisas que Jesus, outrora, falou.

Jo 14,26:- Mas o Paráclito, o espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito.
i) O Espírito Santo (o Consolador) dará testemunho de Cristo.

Jo 15,26:- Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.

j) Deus mesmo nos consola e nos conforta em tudo.

II Cor 1,3-4:- Bendito seja Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias, Deus de toda a consolação, que nos conforta em todas as nossas tribulações, para que, pela consolação com que nós mesmo somos consolados por Deus, possamos consolar os que estão em qualquer angústia.

“Diz-nos D. Luís M. Martinez que “o coração do cristão é a cópia do coração divino” e que a alegria que brota do fundo da dor é consolo que o Espírito verte nas almas”.


Tudo isso é bem verdadeiro, porque nada nos poderá consolar senão o amor de Deus. O amor, na verdade, é fonte e consolo, infinitos. 


João C. Porto

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Consolações



                               As Consolações

01. O que Deus nos prometeu?

JesusCrucificado_e1.JPGO Senhor, nosso Deus, prometeu a favor do seu povo, muitas coisas e sempre as cumpriu com fidelidade e amor. Entretanto há duas promessas que formam a base de todas as outras.

02. Quais são as promessas, fundamentos das demais?

a) Jesus Cristo:

Gn 3,15:- Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.

b) O Espírito Santo:
Jo 14,15-16:- Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco.

Jo 15,16:- Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça.
Jo 15,26:- Quando vier o Paráclito, que vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim.

Em torno de Jesus Cristo e do Espírito Santo encontram-se as promessas complementares, por que:

- De Jesus Cristo temos a salvação:

Jo 1,17:- Pois a lei foi dada por Moises, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.

- E do Espírito santo a santificação:

Tt 3,5ss:- E não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o batismo da regeneração e renovação, pelo Espírito Santo, que nos foi concedido em profusão,

03. Como Jesus Cristo veio ao mundo, e para que veio?

Gl 4,4-6:- Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei,

04. Como o Espírito Santo retornou aos nossos corações?

At 2,1-4:- Chegado o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo, que se repartiram e repousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.

05. De que modo receberam o Espírito Santo?

At 2,38-39:- Pedro lhe respondeu: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para a remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”. Pois a promessa é para vós, para os vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus.

O6. Que significa o dia de pentecostes para nós?

Para nós, que somos Igreja do Senhor, representa a festa do amor e de alegria (frutos do amor) que, por Jesus Cristo, nos veio ao coração.

07. Por que o pentecostes é chamado de festa do amor e da alegria?

Porque corresponde ao reencontro de Jesus Cristo ressuscitado, vivo e vitorioso com o Pai Eterno, pelo que os céus jubilosos derramaram sobre a terra, em forma de vida e alegria, copiosas graças, dons e ministérios, através do Espírito Santo que nos foi dado, a fim de permanecer conosco para sempre.

Jo 14,16s:- E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco. É o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.

Rm 5,5:- E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

Assim, por Jesus Cristo, Deus enxuga do nosso rosto todas as lágrimas!...
Ora, como somos pecadores, Jesus Cristo nos veio para sarar nossas feridas, aplacar nossas dores e sofrimentos; tudo que nos vem como obra do Espírito Santo pode chamar, adequadamente, de “consolações”. Ora, Isto é verdade!... Se alguém está triste e é por outro confortado, é justo dizer-se que a paz e alegria que agora sente, é o gozo do consolo, isto é, uma consolação.

Nesse sentido, o Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, é nossa consolação, até mesmo nas horas do sofrimento e das dores.

Ora, só o amor pode consolar e, como o Espírito Santo é o amor de Deus, somente ele, na vontade do Pai e na sabedoria do Filho, extrai do seio da dor a alegria do consôlo.

Dom Luís M. Martinez nos diz que a consolação é a alegria que envolve a dor e a alegria que brota das próprias entranhas da dor.

Ora, Jesus Cristo, ao salvar-nos do pecado (Mt 1,21), quitando a nossa dívida junto ao Pai Eterno, não eliminou  o pecado do mundo nem extinguiu a dor; mas, pela sua graça, perdoou-nos os pecados  e nos reconciliou com Deus Pai, conosco e com os irmãos.

Assim, Ele tornou-se vitorioso, salvação e motivo de salvação para todo o povo; por isso, comunica-nos sua vitória sobre todo o mal.

Desse modo, como a lei mosaica revelou o pecado ao homem ( por isso, é chamada de lei do pecado e da morte) – Rm 8,2), a salvação que o Senhor Jesus Cristo nos trouxe tornou o pecado mais presente, e, pela nova consciência, tornou-se mais aguda a nossa dor. Desse modo, necessitamos de muitas consolações; do contrário, não conseguiríamos viver.



João C. Porto

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Alegria da Vida


         Alegria da vida.

A alegria prologa a vida
O amor nos dá alegria
Para o viver de cada dia...
Felicidade de nossa lida

 Fruto do Espírito Santo
De viva fé e esperança
Virtude que tudo alcança
Que alivia nosso pranto...

A alegria é força na paz
Refrigério que torna capaz
A longa vida de cada dia!..

Amar é viver de alegria.
Felicidade que não se via
No tempo de nossos ais!...


João  C. Porto

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O Alcance da Fé


O Alcance da fé no Deus único
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O Deus de nossa fé revelou-se como aquele que é; deu-se a conhecer como “Aquele que É; deu-se a conhecer como cheio de amor e fidelidade”.

Ex 34,6:- O Senhor passou diante dele, exclamando: “Javé, Javé, Deus compassivo e misericordioso, lento para a cólera, rico em bondade e em fidelidade”.

Crer em Deus, que é único, e amá-lo de todo o coração, significa assumir todas as consequências df nossos atos de fé.

Aliás, crer em Deus significa conhecer a sua grandeza e majestade.

Jó 36,26:- Deus é grande demais para que possamos conhecer; o número de seus anos é incalculável.

Joana D`Arc disse que Deus deve ser o primeiro a ser servido.

Assim, crer em Deus significa viver em ação de graça. Tudo o que possuímos vem dele.
I Cor 4,7:- Porque, quem é que te distingue? E que tens tu, que não recebestes? E, se recebeste por que te glorias, como se o não tivesse recebido?

Por tudo devemos retribuir ao Senhor:

Sl 115,12:- Que darei em retribuição ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?

Crer em Deus significa conhecer a unidade e a verdadeira dignidade de todos os homens; porque somos a imagem e a semelhança de Deus.
(Gn 1,26-27): Deus nos criou segundo sua imagem e semelhança.

Sab 2,23-24:- Ora, Deus criou o homem para a imortalidade. Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão.

Assim, crer em Deus significa usar corretamente as coisas criadas, que se encontram ao nosso dispor, com moderação, humildade e desapego as coisas criadas.

Tomemos, como exemplo as duas orações citadas a baixo:
a) Oração de São Nicolau de Flue:

“Meu Senhor e meu Deus, tirai-me tudo o que me afasta de vós. Meu Senhor e meu Deus dai-me tudo o que me aproxima de vós. Meu Senhor e meu Deus, livrai-me de mim mesmo, para doar-me por inteiro a vós”.

Ora, crer em Deus significa, finalmente, ficar com Deus e em Deus em quaisquer circunstâncias.

Oração de Sta. Teresa de Jesus:

“Nada te perturbe / Nada te assuste. Tudo passa / Deus não muda. A paciência tudo alcança / Quem a Deus tem nada lhe falta / Só Deus Basta”.

João C. Porto.











sábado, 14 de novembro de 2015

Recebemos tudo de Deus


Recebemos Tudo de Deus!...


136-22520Jesus-Sacred-Heart-Posters.jpgJo 3,27:- Respondeu João e disse: O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do Céu.

Em Deus não há mudança nem variação alguma!...

Tg 1,17:- Toda dádiva excelente e todo o dom perfeito vêm do alto e descende do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem sombra de vicissitude.

A Igreja define Deus como a plenitude do Ser e toda a perfeição, sem origem e sem fim.

Deus, “Aquele que é” é Verdade e Amor.

Ao revelar-se, Deus permanece Mistério inefável. Santo Agostinho dizia: Se o compreendesse, Ele não seria Deus.

Deus é Verdade.

I Jo 5,20:- Mas sabemos que veio o Filho de Deus e que nos deu o entendimento para que conheçamos o verdadeiro Deus e estejamos no seu verdadeiro Filho. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.

Nessa verdade, podemos observar que Maria de Nazaré é, sem dúvidas, a Mãe do Verdadeiro Deus e da vida eterna.

Assim, pois, cremos no Senhor nosso Deus que é Amor Eterno.

Ex 15,18:- O Senhor reinará eternamente, e além da eternidade.
Deus sempre deu declarações de amor ao seu povo:

Is 43,1:- E agora, eis o que diz o Senhor, o que te criou Jacó, o que te formou, Israel: Nada temas, porque eu te resgatei, e te chamei pelo teu nome; tu ´s meu.

Is 49,15-16:- Acaso pode uma  mulher esquecer-se do menino que amamenta, não ter carinho pelo fruto de suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, eu nunca te esqueceria. Eis que estás gravada na palma de minhas mãos; tenho sempre sob os olhos as tuas muralhas.

Jr 31,3:- De longe aparecia o Senhor: Amo-te com eterno amor; e por isso a ti estendi o meu favor.


João C. Porto.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Mediação Universal de Maria





                                  Mediação Universal de Maria   



maria_640_4801.gifA mediação universal de Maria é o fato de que todas as graças e favores que Deus nos concede vêm por meio de Maria.

O magistério ordinário da Igreja exprimiu-se de modo claro e inequívoco sobre essa afirmação. Diz a Encíclica OCTOBRI MEENSE (de 22.09.1891) do Papa Pio XIII: “Absolutamente nada nos é comunicado, Deus assim o tendo estabelecido, senão por meio de Maria”.

01. Como provar pela Sagrada Escritura a mediação universal de Maria?

a) Por meio de Maria, OS PASTORES (Lc 2,8-14) e OS REIS MAGOS (Mt 2,11) encontraram Jesus.

Lc 2,16:- Foram a toda pressa, e encontraram Maria, José e o menino deitado na manjedoura.

Mt 2,11:- E entrando na casa, viram o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhe ofereceram  presentes (de) ouro, incenso e mirra.

b) Por meio de Maria, São Simeão e Santa Ana profetizaram:

Lc 2,29-32:- Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz, segundo a tua palavra. Porque os meus olhos viram a tua salvação, que preparaste em favor de todos os povos: Luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo.

Lc 2,38:-Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém.

c) Por meio de Maria, santificou-se S. João Batista.

Lc 1,44:- “Porque, logo que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, o menino saltou de alegria no meu ventre”.

b) Por meio de Maria creram os apóstolos.

Jo 2,11:- Este primeiro milagre, fê-lo Jesus em Caná da Galileia, e manifestou sua glória, e seus discípulos creram nele.

e) Por meio de Maria, os Apóstolos ficaram cheios do Espírito Santo.

At 1,14:- E todos unidos pelo mesmo sentimento, entregavam-se assiduamente à oração, em companhia de algumas mulheres, entre as quais Maria, mãe de Jesus e de seus irmãos.

02. Nenhuma linha pode sair do centro de um circulo sem passar primeiro pela circunferência. Assim, de Jesus, que é o centro, graça alguma chega até nós sem antes passar por Maria que o encerra, desde que o recebeu em seu puríssimo seio.

Jr 31,22:- “Até quando te debilitarão as delícias, filha vagabunda? Porque, eis que o Senhor criou uma coisa nova sobre a terra: Uma mulher cercará um homem”.

03. Todo aquele que desejar obter a graça do Espírito Santo, busque a flor em sua hoste, isto é, Jesus em Maria.

a) Is 11,1:- Brotará uma vara do tronco de Jessé, e um rebento brotará das suas raízes.

b) Cântico dos cânticos – Cap. 2,1: “Eu sou a flor do campo e a açucena dos vales.

04. Quem quer o fruto deve também querer a árvore. Quem, portanto, quer a Jesus, deve procurar Maria.

Lc 1,42:- Erguendo a voz, exclamou: “Bendito és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”.

05. É bom notar que Jesus, proclamando explicitamente a Virgem Santíssima MÃE ESPIRITUAL DOS HOMENS, esteve promulgando implicitamente a universal mediação de Maria na distribuição de todas as graças sobrenaturais.

Jo 19,26-27:- “Jesus vendo sua Mãe e junto dela o discípulo que ele amava, disse a sua Mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua Mãe. E, desta hora por diante, a levou o discípulo para sua casa”.

06. A Graça Incriada (O Senhor, que é a fonte das graças) é maior que as graças criadas (favores do Senhor, as graças da “fonte”.) Ora, quem concede o maior, concede também o menor. Maria é a Mãe da Graça, MÃE DA DIVINA GRAÇA.

a) Eclesiástico – Cap. 24, Versículo 25: “Em mim há toda graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude”.

b) Hebreus – Cap. 4, Vers. 16: “Aproximemos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e de encontrar graça, para sermos socorridos em tempo oportuno”.

07. A presteza com que Maria, vencendo a velocidade dos serafins, socorre sempre a seus filhos, é comparável com AS ASAS DE ÁGUIA da Escritura.

(Livro do Apocalipse – Cap. 12, Vers. 14): “mas foram dadas à mulher duas asas de uma grande águia, a fim de voar para o deserto, ao lugar do seu retiro, onde é sustentada por um tempo, por dois tempos e por metade de um tempo, fora do alcance da serpente”.

08. Segundo Sto. Anselmo (+ 1109), a Virgem Maria se antecipa com seu auxílio aos desejos de sua proteção. Que texto bíblico Sto. Anselmo aplicou a Maria para fundamentar sua proposição?

(Sabedoria – Cap. 6, Vers. 13/Vulgata 14): “Ela antecipa-as aos que a desejam, de tal sorte que se lhes patenteia primeiro”.

09. Maria é verdadeiramente a nossa medianeira, e isto em dois sentidos:

a) Primeiro, uma MEDIAÇÃO GERAL, ao lado do Mediador, que é Jesus, na obra de nossa reconciliação com Deus, de nossa santificação e de nossa salvação.

(Apocalipse – Cap. 12, Vers. 2): “Estava grávida, e clamava com Dores de parto e sofria fortemente para dar a luz”.

b) Segundo, uma MEDIAÇÃO PARTICULAR, entre Jesus e os homens, para dar-nos Jesus, e com Jesus dar-nos todas as graças da Redenção.

(Evangelho de João – Cap. 2, Vers. 3): “Faltando o vinho, a Mãe de Jesus disse-lhe: não têm vinho”.

Finalmente, conclua com suas palavras o que pensa sobre Maria, Medianeira de todas as graças!...

Pe. Pedro Maria.





Santificação da Alma


       Dons de Santificação da Alma


espirito-santo.jpg Espírito Santo possa, por eles, desenvolver nossas faculdades espirituais, transformando e santificando-as no amor de Deus.

01. Quantos são os dons de santificação do Espírito Santo são meios ou instrumentos concedidos aos batizados, a fim de que o próprio 

São sete:

Espírito de Sabedoria e de Entendimento, Espírito de Conselho e de Fortaleza, Espírito de Ciência e de Piedade, Espírito de Temor do Senhor.                                          

Obs.: O que Isais chama “Espíritos” é o que na técnica teológica se chama “Dons”.

Através dos Dons de santificação o Espírito Santo pode influir em nossas faculdades espirituais. Pela fé que temos no Senhor Jesus Cristo, somos movidos no caminho da graça; na medida em que o nosso coração amar mais e mais.

O entendimento e/ou inteligência é a faculdade mais sublime que o Senhor Deus nos deu. Por isso o Espírito Santo coloca em nosso interior quatro centelhas de luz, para ilumina-la ainda mais:

 “Sabedoria, Entendimento, Ciência e Conselho”.

Assim, pelo Dom do Entendimento alcançamos as verdades Divinas (Intus-Legere); e, para avaliar tais verdades dispomos de mais três Dons:


a) O Dom da Sabedoria, para julgar das coisas divinas;

b) O Dom da Ciência, para julgar das criaturas;

c) O Dom do Conselho, para regular e dispor os nossos atos.

Depois da Inteligência, a faculdade de maior nobreza da qual dispomos é à da vontade.

Assim, pois, ligado à faculdade da vontade, dispomos apenas de um Dom: O Dom da Piedade, que regula e dispõe nossas relações com os demais.

Então, finalmente, para desenvolver a área afetiva, dispomos de dois Dons, o de Fortaleza e do Temor de Deus.

Fortaleza, para tirar-nos o temor dos perigos, e o do temor de Deus, que modera os ímpetos desordenados das concupiscências da carne. (I Jo 2,15-17).

Desse modo, nas áreas das duas maiores faculdades de nosso espírito, a inteligência e a vontade, o Espírito Santo opera com tais dons de santificação, para inspirar-nos e mover-nos em todos os nossos atos da vida terrena.

Além disso, na nossa vontade, para melhor regular nosso comportamento moral, desfrutamos de duas grandes virtudes: a Esperança e a Caridade.

Segundo os estudiosos, estas duas virtudes chegam a serem superiores aos Dons, porquanto têm funções de virtudes e dons.

Na verdade, enquanto nossa razão se utiliza das virtudes para melhor regular nosso comportamento moral, o Espírito Santo, através dos Dons, regula sua direção maior de nossa vida.

Observemos que o profeta Isaías (Is 11,2-3) relaciona os Dons de santificação em pares:

- Espírito de Sabedoria e de entendimento.
- Espírito de Conselho e de Fortaleza;
- Espírito de Ciência e de Piedade;
- Espírito de Temor de Deus.

Ora, D. Luís M. Martinez nos diz que o primeiro de cada par é diretor do outro; e o Temor de Deus é dirigido diretamente pela Sabedoria, que é a diretora de todo os Dons.

Assim, a ordem por importância de cada Dom é a seguinte:

1- Sabedoria;
2- Entendimento;
3- Ciência;
4- Conselho;
5- Piedade;
6- Fortaleza e
7- Temor de Deus.

Ora, o Espírito Santo é a alma de nossa alma e a vida de nossa vida.
Por isso, Jesus Cristo disse a Samaritana: “Se tu conheceras o Dom de Deus, e quem é que te Diz: dá-me de beber, tu certamente lhe pedirias, e ele te daria uma água viva” (Jo 4,10).

Comecemos pelo Dom do temor de Deus, que é o menor de todos. Na verdade ele é o menor, enquanto relacionados com nossas fraquezas e limitações. Mas, como Dom do Espírito Santo é tão importante quanto os demais, pois a base de todos os Dons é o amor e o que vem do amor é perfeito (Col. 3,14).

Ora, no amor não há temor; o amor perfeito lança fora o temor, porque o temor supõe pena; e aquele que teme não é perfeito no amor. (I Jo 4,18).

Como é possível que da caridade nasça o temor de Deus?

O Temor servil ou temor de castigo é imperfeito, e, por isso, não procede do Espírito de Deus.

O temor filial corresponde ao Temor de Deus, porque é zelo do amor de Deus, é responsabilidade, é fidelidade e obediente; é temor que as pessoas que amam a Deus têm, de afastar-se dele, de ser-lhe desobediente, de ofendê-lo, de perdê-lo etc. É um temor que se encontra na base do amor. Por isso, exclui a imperfeição. O temor de Deus corresponde, igualmente, a uma ação do Espírito Santo, pelo que a alma teme a separação do amado; é zelo: “Se zeloso e arrepende-te”. (Ap 3,19b). “Esse temor filial, perfeito e amoroso, é o que se constitui o Dom do Temor de Deus”.

Pr: 1,7:- O Temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Os insensatos desprezam a sabedoria e a doutrina.

Assim como acontece na ordem natural, na ordem sobrenatural, as virtudes e os Dons têm seus graus.

O Dom do Temor de Deus, no primeiro grau, produz horror ao pecado e força para vencer as tentações.

É um sofrimento!... Até que somos vitoriosos pela nossa fé em Jesus Cristo (I Jo 5,4-5).

No segundo grau do Temor de Deus, a alma não apenas se afasta do pecado, mas adere a Deus com profunda reverência.
No terceiro grau, do Dom do Temor de Deus, temos um efeito maravilhoso, porque alcançamos a primeira das bem-aventuranças:

Mt 5,3:- Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus.

Assim, a Bem-aventurança da pobreza e do desprendimento é o fruto do Temor de Deus.
                              
Desse modo, contemplar o amor inefável, que é o Espírito Santo, é estar em união com Jesus Cristo. Devemos, pois, convidar o Espírito Santo, deseja-lo em nossos corações. Peçamos que viva em nosso interior e que não nos abandone jamais; que ilumine totalmente todo o nosso ser e que por seus Dons, verdadeiros instrumentos do amor de Deus, mova-nos para a vida eterna, vitória de plenitude em nosso Senhor Jesus 
Cristo.

João C. Porto.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Sem Fé não dá! ...


Sem Fé não Dar!...

Sem fé não se agrada a Deus,
Sem esperança, quem o verá?
Se sem orar não se achega lá...
Sem amar, quem irá aos céus?

Na fé, cura pela caridade.
Vivamos a viva esperança
Visão da grande herança
       Via plena de eternidade!...

Vivamos da justiça divina
A fé que tudo nos ensina...
 Caminho vivo de salvação!...

Ao lado do Senhor Jesus
Sob o peso da leve cruz...
Curando o novo coração!

João C. Porto