domingo, 31 de julho de 2011

Aos Casais da Igreja do Senhor Jesus Cristo


ECC – MISSÃO EVANGELIZADORA NA IGREJA

A Igreja é de Deus, por isso, tudo o que acontece de santo e bom vem do céu, isto é, do Senhor (Pai, Filho e Espírito Santo):

“O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu”. (Jo 3,27 – Vulgata)

“Toda a dádiva excelente e todo dom perfeito vem do alto e descende do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem sombra de vicissitude”. (Tg 1,17 – Vulgata )

E na Igreja, “o que governa será como o que servo”(Lc 22,26)

1. Essa missão nos mostra, em primeiro lugar, a Igreja como a Grande Família de Deus. Família de simplicidade!... Como se conhece, composta de homem e mulher, ambos comprometidos com a verdade que liberta (Jo 8, 32.36), com o espírito de fé (Hb 11,6), com o espírito de esperança (Rm 5,5), com o espírito de caridade (Cl 3,14), com o espírito de humildade e mansidão (Mt 11,29) e com o Espírito de Justiça, misericórdia e fidelidade (Mt 6,33; 23,23b; Lc 6,36). É o pouco, mas necessário, que o Senhor Jesus Cristo nos pede.

É São Paulo que nos fala:

“Já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus. ( Ef 2,19-22 )”

2. Mostra-nos, ainda, que todo o casal, como Igreja doméstica, principalmente da RCC e do ECC deverá estar revestido de Cristo:

“Todos vós que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo.” (Gl 3,27)

3. É por essa razão que o Espírito Santo está eternamente em cada casal que vive sob o temor Deus - o temor de Deus se estabelece nos corações pelo amor filial e o horror ao pecado - conseqüentemente, em toda a família.

O que o Senhor Jesus garantiu aos seus apóstolos e discípulos?

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito (Advogado, Consolador), para que fique eternamente convosco. É o Espírito da Verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece, mas vós o conhecereis, porque permanecerá convosco e estará em vós.” ( Jo 14,15-17 )

4. Porque cada casal com Cristo, pelo Batismo que recebeu na Igreja, deverá estar marcado com o selo do Espírito Santo (Ef 4,30):

“Nele também vós, depois de terdes ouvido a palavra da verdade, o Evangelho de vossa salvação no qual tendes crido, fostes selados com selo do Espírito Santo que fora prometido, que é o penhor da nossa herança, enquanto esperamos a completa redenção daqueles que Deus adquiriu para o louvor da sua glória” ( Ef 1,13-14 ).

5. Porque, também, todos os casais com Cristo deverão ser conduzidos pelo Espírito de Deus: (Rm 8,14. 16.26-27)

6. Porque, dos vossos corações que crêem em Jesus, conforme diz as Escrituras, do seu interior, jorrarão rios de água viva! (Jo 7,37-38).

7. Porque os que estão com Cristo, andarão como ele andou: ( I Jo 2,6 ).

8. Porque, finalmente, na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica sereis capacitados por Deus ( II Cor 3,5 ), inclusive para realizardes as mesmas obras que o Senhor Jesus, nosso Senhor, realizou: ( Jo 14,12-14 ).

Visão Global: At 17,26-28 e Col 1,15-23.

João C. Porto

domingo, 24 de julho de 2011

O Fruto do Espírito Santo


O FRUTO DO ESPÍRITO SANTO


O fruto do Espírito Santo é fruto do amor de Deus; pois, o Espírito Santo, que nos foi dado, é o amor do Pai e do Filho que está difundido em nossos corações, a fim de que, pelo conhecimento do amor de Cristo, que excede toda a ciência, estejamos cheios da plenitude de Deus. Este fruto nasce da árvore da vida que se encontra no centro do jardim, no núcleo central da vida, no coração do homem, de onde floresce e amadurece, para que sintamos todos os aromas e experimentemos todos os sabores do fruto da vida de Cristo Jesus que, dali, se ergue como ornamento da glória de Deus, renovo do Cristo total.


Achei a tua palavra, alimentei-me com ela; a tua palavra foi para mim o prazer e a alegria do meu coração, porque o teu nome foi invocado sobre mim, Senhor Deus dos exércitos (Jr 15,16 = Vulgata).


Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! São-no mais que o mel à minha boca (Sl 118,103 = Vulgata).


Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi a vós, e vos destinei para que vades e deis fruto, e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes a meu Pai em meu nome, ele vo-lo conceda (Jo 15,16 = Vulgata).


Porque todos aqueles que invocam o meu nome, eu os criei, os formei e os fiz para minha glória (Is 43,7 = Vulgata).


Obs.: Para tal vida no Espírito, gravemos bem no coração, aguçando a visão da fé, sob a justiça, a misericórdia e a fidelidade do que nos exorta o Senhor Jesus Cristo: “Sem mim nada podeis fazer” (Jo 15,5b).


O apóstolo Paulo, na Epístola aos Gálatas, depois que anuncia as obras da carne (Gl 5,19-21; I Cor 6,9-11), expõe-nos o fruto do Espírito Santo:


Ao contrário, o fruto do Espírito é a caridade, o gozo, a paz, a paciência, a benignidade, a bondade, a longanimidade, a mansidão, a fidelidade, a modéstia, a continência, a castidade. Contra estas coisas não há lei (Gl 5,22-23).


Interessante observar que o apóstolo Paulo nos fala no singular: “o fruto do Espírito Santo é amor (caridade)”; e, então, anuncia doze sabores de vida eterna no amor do Pai e do Filho; isto é, sob a direção amorosa do Espírito Santo, como observamos acima.


O1. A caridade de Deus como fruto do Espírito Santo.


A caridade do amor de Deus é o vínculo de todas as perfeições. Assim, pois, afirmamos que aqueles que vivem e são frutuosos da caridade trazem em seus corações a própria face do Espírito Santo, esplendor da glória divina.


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Caridade, que me una intimamente contigo pelo amor.”


A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (I Cor 13,4-8).


02. A Alegria (gozo) de Deus como fruto do Espírito Santo.


Se as alegrias do dia a dia nos fazem felizes, imaginemos quão maravilhosas não serão as alegrias que brotam do interior de simplicidade, de humildade e mansidão dos corações que caminham sob a direção amorosa do Espírito Santo! Principalmente quando, vivendo num só espírito com o Senhor Jesus Cristo, assumimos essa direção, sob a luz do olhar do Senhor, na verdadeira justiça e santidade!...


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Alegria, que me encha de santa consolação.”


A alegria do Senhor será a vossa força (Ne 8,10b).


Vós me ensinareis o caminho da vida, há abundância de alegria junto de vós, e delícias eternas à vossa direita (Sl 15,11).


Porque sua indignação dura apenas um momento, enquanto sua benevolência é para toda vida. Pela tarde, vem o pranto, mas, de manhã, volta à alegria (Sl 29,6).


Eu me aproximarei do altar do Senhor, do Deus de minha alegria e exultação (Sl 42,4a)


Servi o Senhor com alegria. Vinde, entrai exultantes em sua presença (Sl 99,2).


Mesmo no sorrir, o coração pode estar triste; a alegria pode findar na aflição (Pr 14,13).


Vós tirareis com alegria água das fontes da salvação (Is 12,3).


Não temais, eis que vos anuncio uma boa nova que será alegria para todo o povo; hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor (Lc 2,10-11).


Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: alegrai-vos! (Fl 4,4).


03. A Paz de Deus como fruto do Espírito Santo.


A paz que vem de Deus é a verdadeira paz, a paz que abriga a alegria da caridade da vida do amor em nossos corações. A paz que o mundo nos oferece é passageira, pois se baseia na ausência de conflitos. No entanto, a paz que vem de Deus é a paz do Seu amor. É a paz que excede todas as vicissitudes da vida; a paz do Senhor Jesus Cristo. Por isso, São Paulo nos diz: “Ele é a nossa paz” (Ef 2,14).


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Paz, que produza em mim a tranqüilidade da alma”


Darei paz a vossa terra, e vosso sono não será perturbado. Afastarei da terra os animais nocivos, e a espada não passará pela vossa terra (Lv 26,6).


Vou fazer soar aos lábios dos aflitos a ação de graças. Paz, paz àquele que está longe e àquele que está perto (Is 57,19).


Assim, farei reinar a paz neste lugar, diz o Senhor dos exércitos (Ag 2,10)


Se aquela casa for digna, descerá sobre ela a vossa paz; se, porém, não o for, vosso voto de paz retornará a vós (Mt 10,13; Lc 10,6).


Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize! (Jo 14,27).


Se for possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens (Rm 12,18).


O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14,17).


Sede solícitos em conservar a unidade do Espírito no vínculo da paz (Ef 4,3).


Procurai a paz com todos e ao mesmo tempo a santidade, sem a qual ninguém pode ver o Senhor (Hb 12,14).


O4. A paciência de Deus como fruto do Espírito Santo.


A paciência é a espera longânime que é gerada da ciência, isto é, do conhecimento das coisas santas, através da palavra de Deus. Ela é como a esperança, alcança tudo, na oportunidade do tempo.


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Paciência, que me ajude a sofrer tudo por amor de Jesus”.


Nós que esperamos o que não vemos, é em paciência que o aguardamos (Rm 8,25).


Se, pois, somos atribulados, é para vossa consolação e salvação. Se formos consolados, é para vossa consolação, a qual se efetua em vós pela paciência em tolerar os sofrimentos que nós mesmos suportamos (II Cor 1,6).


Que mérito teria alguém se suportasse pacientemente os açoites por ter praticado o mal? Ao contrário, se é por ter feito o bem que sois maltratados, e se o suportardes pacientemente, isto é coisa agradável aos olhos de Deus (I Pd 2,20).


05. A benignidade de Deus como fruto do Espírito Santo, conforme Sua bondade e misericórdia.


A benignidade corresponde à bondade de Deus, a brandura e a generosidade. Quem é benigno é bondoso, suave, complacente e cheio de fidelidade. É verdadeiramente alguém envolvido pela misericórdia divina; cheia de todos os frutos da caridade do Espírito Santo.


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Benignidade, que me leve a socorrer de boa vontade as necessidades dos que sofrem”.


Porque sabia que sois um Deus clemente e misericordioso, de coração grande, de muita benignidade e compaixão pelos nossos males (Jn 4,2).


Porque em vós está a fonte da vida, e é na vossa luz que vemos a luz (Sl 35,10).


Rasgai vossos corações e não as vossas vestes; voltai ao Senhor vosso Deus, porque ele é bom e compassivo, longânime e indulgente, pronto a arrepender-se do castigo que inflige. (Jl 2,13).


06. A bondade de Deus como fruto do Espírito Santo.


A bondade de Deus é benigna, longânime, amorosa e profundamente misericordiosa. Deus nos ama, não pelo fato de que sejamos bons; mas, porque Ele é amor e sua bondade e misericórdias duram para sempre. Assim, apoiado na bondade de Deus, o rei Davi nos diz: “O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem temerei? O Senhor é o protetor de minha vida, de quem terei medo? Quando os malvados me atacam para me devorar vivo, são eles, meus adversários e inimigos, que resvalam e caem. Se todo um exército se acampar contra mim, não temerá o meu coração. Se se travar contra mim uma batalha, mesmo assim terei confiança (Sl 26,1-3).


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Bondade, que me torne clemente com todas as pessoas”.


Ou desprezas as riquezas da sua bondade, tolerância e longanimidade, desconhecendo que a bondade de Deus te convida ao arrependimento? (Rm 2,4).


Considera, pois, a bondade e a severidade de Deus: severidade para com aqueles que caíram, bondade para contigo, suposto que permaneças fiel a essa bondade; do contrário também tu serás cortada (Rm 11,22).


Estou pessoalmente convencido, meus irmãos, de que estais cheios de bondade, cheios de um perfeito conhecimento, capazes de vos admoestar uns aos outros (Rm 15,14).


Ele demonstrou assim pelos séculos futuros a imensidão das riquezas de sua graça, pela bondade que tem para conosco, em Cristo, Jesus (Ef 2,7).


07. A longanimidade de Deus como fruto do Espírito Santo.


Firmeza de ânimo, bondade, resignação. Ser longânime é saber com paciência, zelo e equidade suportar as demoras de Deus; é esperar pacientemente além de toda a esperança, sempre com os olhos da fé fixos nos bens da herança reservada aos santos. É ter certeza de que quem espera com fé, esperança e caridade tudo alcança, visto que todo dia é dia de salvação, dia de paz e alegria no Espírito do Senhor.


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Longanimidade, que me faça esperar com paciência em qualquer demora”.


Pela pureza, pela ciência, pela longanimidade, pela bondade, pelo Espírito Santo, por uma caridade sincera, (II Cor 6,6).


Para que, suportados em tudo pelo seu glorioso poder, tenhais a paciência de tudo suportar com longanimidade (Cl 1,11).


Com toda a humildade e amabilidade, com grandeza de alma (longanimidade), suportando-vos mutuamente com caridade (Ef 4,2).


Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência (longanimidade) Cl 3,12).


Obs.: Longânime: paciente nas demoras de Deus e, conseguintemente, em tudo.


08. A mansidão de Deus como fruto do Espírito Santo.


A mansidão é própria do amor de Deus. Por isso, o Senhor Jesus, Filho amado do Pai, assim, nos falou: “Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração, e alcançareis repouso para vossas almas”. (Mt 11,29). “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Mansidão, que me faça suportar com toda brandura o que o próximo tem de incômodo”.


Irmãos, se alguém for surpreendido numa falta, vós, que sois animados pelo Espírito, admoestai-o em espírito de mansidão. E tem cuidado de ti mesmo, para que não caias também em tentação! Ajudai-vos uns aos outros a carregar os vossos fardos, e deste modo cumprireis a lei de Cristo (Gl 6,1-2)


Que preferis? Que eu vá visitar-vos com a vara, ou com caridade e espírito de mansidão? (I Cor 4,21).


Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência ( Cl 3,12)


Mas tu, ó homem de Deus, foge desses vícios e procura com todo empenho a piedade, a fé, a caridade, a paciência, a mansidão (I Tm 6,11).


09. A fidelidade de Deus como fruto do Espírito Santo.


A fidelidade, a justiça e a misericórdia formam o conjunto dos três maiores preceitos da lei (Mt 23,23). O Senhor, nosso Deus, Deus de Abraão, de Isaac e Jacó, é fidelíssimo!... Por isso, é que dizemos constantemente: “Esperamos somente em vós, Senhor, que sois a fidelidade suprema; porque vos amamos a vós, que sois a bondade infinita”. E vós, Senhor, dizeis, como que uma resposta às nossas súplicas: “Se fiel até a morte e te darei a coroa da vida” (Ap 2,10b).


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Fidelidade, que me faça perseverante até o fim da minha vida terrena.”


Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança (Rm 5,3).


Eu sou indigno de todos os favores e de toda a fidelidade que tendes testemunhado ao vosso servo. Só tinha o meu bastão quando atravessei este Jordão, e eis que possuo agora dois acampamentos (Gn 32,10).


Agora, pois, temei o Senhor e servi-o com toda a retidão e fidelidade. Tirai os deuses que serviram vossos pais além do rio e no Egito, e servi o Senhor. Porém se vos desagrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se aos deuses a quem serviram os vossos pais além do rio, se aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porque, quanto a mim, eu e minha casa serviremos ao Senhor. (Js 24,14-15).


Oxalá a bondade e a fidelidade não se apartem de ti! Ata-as ao teu pescoço, grava-as em teu coração! (Pr 3,3).


A justiça será como o cinto de seus rins, e a lealdade circundará seus flancos (Is 11,5).


Mostrai a vossa fidelidade para com Jacó, e vossa piedade para com Abraão, como jurastes a nossos pais desde os tempos antigos! (Mq 7,20)


Mas então! Se alguns deles não foram fiéis, acaso a sua infidelidade destruirá a fidelidade de Deus? (Rm 3,3).


Fiel é Deus, por quem fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor (I Cor 1,9).


10. A modéstia de Deus como fruto do Espírito Santo.


As pessoas modestas são humildes filhos e filhas de Deus. São irmãos e irmãs simples do amor do Pai e do Filho, bondosos e desapegados, que trazem em seus corações o deseja da graça da expressão de João Batista: “Importa que ele cresça e eu diminua” (Jo 3,30).


Oração: “Senhor, concede-me o fruto da Modéstia, que regule todo o meu exterior”.


Do mesmo modo orem também as mulheres em traje honesto, ataviando-se com modéstia e sobriedade, e não com cabelos frisados, nem com ouro, nem pérolas nem vestidos custosos, mas sim como convém a mulheres que fazem profissão de piedade (I Tm 2,0-10 = Vulgata).


Não te separes da mulher sensata e virtuosa, que recebeste no temor do Senhor, porque a graça de sua modéstia é mais preciosa que o ouro (Eclo 7,21 = Vulgata).


11. A continência como fruto do Amor de Deus, sob a condução amorosa do Espírito Santo.


A continência é o fruto vivido e praticado pelos que se conduzem humildemente, com mansidão e simplicidade de coração, sob a moderação do Espírito Santo que os seguem, fitando-os com seu olhar divino.


Oração: “Senhor concede-me o fruto da Continência, que conserve o meu coração limpo e inocente.”


A mulher não tem poder sobre o seu corpo, mas sim o marido. E, da mesma sorte, o marido não tem poder sobre seu corpo, mas sim a mulher. Não vos defraudeis um ao outro, senão de comum acordo, durante algum tempo, para vos aplicardes à oração, e de novo tornai a coabitar, para que não vos tente satanás por vossa incontinência (I Cor 7,4-5).


12. A castidade como fruto do amor de Deus, vivido e praticado, sob a direção amorosa do Espírito Santo.


A castidade do amor é a pureza de espírito e de coração. O homem e a mulher castos assim serão sempre sob o temor de Deus. Ora, o temor de Deus é amar a Deus sobre todas as coisas e ter horror ao pecado. Aquele que peca não ama a Deus, porque em Deus não há pecado.


Oração: “Senhor concede-me o fruto da Castidade, que conserve minha mente e o meu corpo puros.”


Ninguém te despreze por ser jovem. Ao contrário, torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade (I Tm 4,12).

João C. Porto

domingo, 3 de julho de 2011

Experiência de Cura e Libertação



Grupo de Oração de Experiência de Cura e Libertação – “Poço de Jacó”
Todos os que servem ao Senhor Deus de Abraão, de Isaac e Jacó, de alguma forma, são chamados de Deus, escolhidos e enviados a servir na vinha do Senhor: a Igreja Uma, Santa, Católica e Apostólica.
“Não basta que sejas meu servo para restaurar as tribos de Jacó e reconduzir os fugitivos de Israel; para propagar minha salvação até os confins do mundo” (I 49,6).
Eis como nasceu o Grupo de Oração de Experiência de Cura e Libertação – “Poço de Jacó”: No princípio do terceiro milênio havia uma efervescência espiritual de profecias, visões, curas, libertações, milagre e prodígios; de modo que a Igreja através da Renovação Carismática Católica vivia em constantes expectativas; porque tudo isso se voltava como uma resposta de Deus as orações do Papa João XXIII, através do Concílio Vaticano II (1962/65): Dizia o Papa em suas orações: “Senhor, envia um novo Pentecostes para tua Igreja!...”
Então, através da vida de oração da serva do Senhor, Maria Zuleica, o Senhor Jesus Cristo, do seio dessa efervescência espiritual, falou-lhe ao coração muitas coisas. Entre elas, Zuleica começou a ouvir em seu coração o chamado do Senhor Jesus Cristo: “Filha, tenho uma obra nova para vocês”.
Em cada momento que o Senhor Jesus lhe repetia estas palavras ao seu coração, Zuleica me comunicava (João Porto, seu esposo) o ocorrido. Mas, quando o Senhor Jesus lhe falou pela terceira e última vez, confessamos que ficamos bastante preocupados. Entretanto, sabíamos que é próprio do Senhor Jesus, chamar e conceder a missão, conforme sua graça e vontade, através do Espírito Santo. (I Cor 12,4-6).
“Eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, pois, prudentes como as serpentes, mas simples com as pombas. Cuidai-vos dos homens. Eles vos levarão aos seus tribunais e açoitar-vos-ão com varas nas suas sinagogas” (Mt 10,16-17).
“Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36)
“Anunciar o Evangelho não é glória para mim; é uma obrigação que se me impõe. Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho” (I Cor 9,16),
As coisas de Deus são assim!... Por três vezes o Senhor chamou: Samuel! Samuel! Por três vezes o Senhor disse a sua serva Zuleica: “Tenho uma obra nova para vocês”!
Dentro do contexto desse chamado, buscamos orar, meditar e compreender, por discernimento, qual seria a vontade do Senhor. Assim, chegamos ao conhecimento da vontade do Senhor: um “Grupo de Oração de Experiência de Cura e Libertação”. Posteriormente, o Senhor lhe falou: “Coloquem o nome de “Poço de Jacó”.
No interregno de mais ou menos sete meses, entre o chamado do Senhor e o discernimento em busca de conhecer qual seria a sua vontade sobre o que deveríamos viver como obra de sua vontade, o Senhor continuava a falar muitas coisas, inclusive através de visões, profecias etc.
No entanto, registramos, abaixo, do seio de muitas manifestações e revelações do Senhor Jesus, apenas uma pequena amostra:
Certa vez, quando participávamos da Santa Missa da Comunidade “Deus Conosco”, no momento da comunhão do pão Eucarístico, o Senhor Jesus mostrou-lhe sobre o altar o seu Coração, que sangrava muito!... Zuleica, então, disse-lhe: o que significa, Senhor? O Senhor Jesus lhe respondeu: “Meu coração sangra de dor pela ingratidão dos homens!... Evangelizem o meu povo.... Tenho sede de almas... evangelizem o meu povo!... Eis que o tempo de minha vinda é breve... já se dá para ouvir os ruídos dos meus passos!... Tenho pressa!!!
Diante dessa realidade de vida do povo de Deus, manifestada pelo Senhor Jesus Cristo, sem falar sobre o assunto, procuramos o nosso Coordenador e da Comunidade, o Sr. Marcos Rômulo, e, então, lhe pedimos os espaço da segunda-feira à noite para a obra que o Senhor nos ordenara.
Mediante o consentimento da Comunidade (Associação Católica Deus Conosco) e convidando todas as maravilhosas conselheiras do Senhor, iniciamos o movimento da vontade do Senhor, com cerca de aproximadamente treze (13) pessoas. Já naquela primeira noite o Senhor fez curas maravilhosas.
Assim, dentro de pouco tempo, as noites de segunda-feira da Comunidade eram freqüentadas por mais de cento e vinte pessoas, momentos em que o Senhor Jesus operava maravilhas, conforme sua ordem e promessa: “Evangelizai o meu povo!”
João C. Porto

sábado, 2 de julho de 2011

Esperança


ESPERANÇA

A Esperança é a segunda, entre as virtudes teologais. (I Cor 13,13)

É impossível se ter esperança sem fé, e, fé e esperança sem a caridade do amor do Pai e do Filho (I Cor 13,7).

Ora, a fé nos vem da pregação da palavra de Cristo (Rm 10,17); a caridade, da vida em um só espírito com o Senhor Jesus (I Cor 6,17); e, finalmente, a esperança, do amor de Cristo que está largamente difundido em nossos corações (Rm 5,5); pelo qual conhecemos os bens da herança reservada aos santos, através do Espírito Santo que nos foi dado (I Cor 2,12; t 3,7).

Sempre costumo dizer que “esperança” é a “espera da herança” reservada aos santos.

São Paulo nos diz: “Rogo ao Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê um espírito de sabedoria que vos revele o conhecimento dele; que ilumine os olhos do vosso coração, para que compreendais a que esperança fostes chamados, quão rica e gloriosa é a herança que ele reserva aos santos, e qual a suprema grandeza de seu poder para conosco, que abraçamos a fé” (Ef 1,17-19).

O Salmista nos afirma: “Põe tuas delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele atenderá. Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele, e ele agirá. Como a luz, fará brilhar a tua justiça; e como o sol do meio dia o teu direito” (Sl 36,4-6). O profeta Jeremias confirma nossa esperança: “Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor” (Jr 17,7).


1. São quatro os bens da esperança.


a) A ressurreição:


“Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais, como o os outros homens que não têm esperança” (I Ts 4,13).

“Mas Deus o ressuscitou, rompendo os grilhões da morte, porque não era possível que ela o retivesse em seu poder. Pois dele diz Davi: Eu via sempre o Senhor perto de mim, pois ele está à minha direita, para que eu não seja abalado. Alegrou-se por isso o meu coração e a minha língua exultou. Sim, também a minha carne repousará na esperança” (At 2,24-25).


b) A vida eterna:


“na esperança da vida eterna prometida em tempos longínquos por Deus veraz e fiel, que na ocasião escolhida manifestou a sua palavra mediante a pregação que me foi confiada por ordem de Deus, nosso Salvador” (Tt 1,2-3).

“para que a justificação obtida por sua graça nos torne, em esperança, herdeiros da vida eterna” (Tr 3,7).


c) A glória de Deus:


“Por ele é que tivemos acesso a essa graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança de possuir um dia a glória de Deus” (Rm 5,2).

“A estes quis Deus dar a conhecer a riqueza e glória deste mistério entre os gentios: Cristo em vós, esperança da glória!” (Cl 1,27).


d) Herança dos santos:


“que ilumine os olhos do vosso coração, para que compreendais a que esperança fostes chamados, quão rica e gloriosa é a herança que ele reserva aos santos” (Ef 1,18).

“Desejamos apenas que ponhais todo o empenho em guardar intacta a vossa esperança até o fim, e que, longe de vos tornardes negligentes, sejais imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornam herdeiros das promessas” (Hb 6,11-12).


2. A esperança se fundamenta


a) Na fé em Deus:


“Exorta os ricos deste mundo a que não sejam orgulhosos nem ponham sua esperança nas riquezas volúveis, mas em Deus, que nos dá abundantemente todas as coisas para delas fruirmos” (I Tm 6,17).


b) No amor de Deus:


“Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu consolação eterna e boa esperança pela sua graça, consolem os vossos corações e os confirmem para toda boa obra e palavra!” (II Ts 2,16).


c) No apelo de Deus:


“Cingi, portanto, os rins do vosso espírito, sede sóbrios e colocai toda vossa esperança na graça que vos será dada no dia em que Jesus Cristo aparecer” (I Pd 1,13).


d) No poder de Deus:


“Esperando, contra toda esperança, Abraão teve fé e se tornou pai de muitas nações, segundo o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência” (Rm 4,18; Gn 15,5).

“Porque a Deus nenhuma coisa é impossível” (Lc 1,37).

Respondeu Jesus: “O que é impossível aos homens é possível a Deus” (Lc 18,27).

Olhando Jesus para eles, disse: “Aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível” (Mc 10,27).

Jesus olhou para eles e disse: “Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é possível” (Mt 19,26).


e) Na veracidade de Deus:


“Por este ato duplamente irrevogável, pelo qual o próprio Deus se proibia de desdizer-se, encontramos motivo de profunda consolação, nós que pusemos nossa perspectiva em alcançar a esperança proposta” (Hb 6,18).


f) Na fidelidade de Deus:


“Conservemo-nos firmemente apegados a nossa esperança, porque é fiel aquele cuja promessa aguardamos” (Hb 10,23).


3. Os frutos da esperança.


a) Atrai a misericórdia:


“São muitos os sofrimentos do ímpio. Mas quem espera no Senhor, sua misericórdia o envolve” (Sl 31,10).

“Seja-nos manifestada, Senhor, a vossa misericórdia, como a esperamos de vós” (Sl 32,22).


b) Dá-nos alegria:


“O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e de toda a paz na vossa fé, para que pela virtude do Espírito Santo transbordeis de esperança!” (Rm 15,13).


c) Dá-nos consolação:


“Nosso Senhor Jesus Cristo e Deus, nosso Pai, que nos amou e nos deu consolação eterna e boa esperança pela sua graça, consolem os vossos corações e os confirme para toda boa obra e palavra!” (II Ts 2,16).


d) Dá-nos segurança:


“Em posse de tal esperança procedemos com tal desassombro” (II Cor 3,12).


e) Livra-nos dos perigos:


“Logo a assembléia se pôs a clamar ruidosamente e a bendizer a Deus por salvar aqueles que nele põem sua esperança” (Dn 13,60).


f) Conduz-nos as alegrias eternas:


“Porque pela esperança é que fomos salvos. Ora, ver o objeto da esperança já não é esperança; porque o que alguém vê, como é que ainda espera?”

Assim, se alguém vive aqui, neste mundo, sem esperança, por que mais viver, se sua esperança está em si mesmo naquilo que vê? Na verdade, já está sepultado e não o sabe, infelizmente!

A esperança do homem está em Deus, e não há outra!...

Eis o que diz o Senhor: Maldito o homem que confia em outro homem, que da carne faz o seu apoio e cujo coração vive distante do Senhor! (Jr 17,5).

Bendito o homem que deposita a confiança no Senhor, e cuja esperança é o Senhor. (Jr 17,7)

Curai-me, Senhor, e ficarei curado; salvai-me, e serei salvo, porque sois a minha glória. (Jr 17,14).

João C. Porto