domingo, 8 de dezembro de 2013

Orar sem cessar!


Orar e/ou Rezar

Diz-nos um santo doutor: Quando lemos a palavra de Deus, é Deus que fala conosco!... Quando nos elevamos em oração a Deus, somos nós que falamos com Deus. Então, é maravilhosa essa estrada de mão dupla; isto é, uma que vem de Deus ao nosso coração, e outra que vai do nosso coração ao coração de Deus, o qual já está dentro de nós, através da condução amorosa do Espírito Santo (Sl 31,8; Rm 8,14).

Entendemos quão apertada, difícil e longa, é a estrada da porta estreita que nos leva ao coração de Deus; entretanto, o arcanjo Gabriel, em resposta, disse a Maria de Nazaré: “a Deus nenhum coisa é impossível” (Lc 1,37).

A esse respeito, também, o Senhor Jesus falou:

“Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é Possível.” (Mt 19,26).
“Olhando Jesus para eles, disse: “aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível” (Mc 10,27)”.

Respondeu Jesus: “O que é impossível aos homens é possível a Deus.” (Lc 18,27).

O Senhor Jesus e o apóstolo Paulo, sobre a vida de oração, para melhor proveito, acrescentaram:

“È necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo.” (Lc 18,1).

“Vivei sempre contentes. Orai sem cessar.” Em todas as circustâcias, dai graças, porque esta é a vosso respeito, à vontade de Deus em Jesus Cristo. Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos de toda a espécie de mal” (I Ts 5,17-22).

Nossa vida de oração é como a escada do sonho de Jacó, em Betel. Ela ligava a terra ao céu e, por ela, os anjos do Senhor subiam e desciam; isto é, levavam a Deus as preces de seu povo, e, desciam do céu, trazendo em resposta, as bênçãos do coração de Deus aos corações de seus filhos e filhas amados. Entretanto, é-nos necessário viver na unidade de um só espírito com o Senhor Jesus Cristo (I Cor 7,17), sob o influxo das virtudes teologais:

- De fé para a fé; pois, o justo vive da fé.        

“Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus, para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: O justo viverá pela fé” (Hab 2,4).

Na verdade, temos motivo para nos alegrar sempre no Senhor. Que seja testemunhada aos homens a vossa bondade, através das obras de nossa fé (Tg 2,26b). Por isso, deveremos andar sempre alegres no Senhor!...

“Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, guardará vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus” (Fl 4,6-7).

Assim, tudo o que fizermos, seja de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que receberemos a recompensa, a herança das mãos do Senhor. (Cl 3,23-24).
    
Ora, a vida de oração é um orar sem cessar (I Ts 5,17); isto é, uma oração como encontro. É uma intimidade constante com Deus, que nos amou primeiro (I Jo 4,19) e que nos ama, eternamente, desde quando é Deus e desde quando amou a si mesmo.

Diversos são os contextos da vida do coração; mas o Senhor conhece a todos. Para isso, em seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, somos salvos mediante o batismo de regeneração e renovação do Espírito Santo (Tt 3,4-7).

“Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus” (Ef 2,8).

Assim, quando lemos um texto bíblico (Intus- legere); isto é, lendo-o a partir do profundo da verdade integral, acolhendo-a como a própria face do Espírito Santo em nossos corações se vê a luz divina com os olhos do coração e, através do ciléncio íntimo e profundo do nosso ser – a alma -, ouvimos, com os ouvidos interiores, a voz do cilêncio; isto é, do Todo-poderoso, que nos fala em cognições indeléveis, as quais só poderão compreendê-las na medida em que se vive num só espírito com o Senhor Jesus Cristo. (I Cor 6,17).


João C. Porto

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Novo Nascimento!


                                            Nasci de Novo!...

No princípio, quando vim ao mundo, cheguei aqui em virtude dos desígnios de vida e de prosperidade do Criador (Jr 29,11); entretanto, nasci da carne, do sangue e da vontade do varão. (Jo 1,13).
Este primeiro nascimento, para mim, é uma bênção de vida que vem de Deus; mas, para retornar ao seio do Criador, teremos que renascer da água e do Espírito (Jo 3,5); isto é, através do batismo de regeneração e renovação pelo Espírito Santo. (Tt 3,5).
“Jesus replicou-lhe: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus.” (Jo 3,3)”.
A vida comum, aqui, na terra, tem a cara do mundo!... Embora tenhamos vindo de Deus, o jeitinho secularizado do mundo, através dos nossos sentidos, mais que de repente, estrutura nossas faculdades interiores – inteligência, vontade, memória, imaginação e afetividades – dando-nos uma consciência de virtudes e de vícios; de onde os maus hábitos (vícios) predominam, arrastando-nos a caminhos que nos afastam da presença de Deus, petrificando, pouco a pouco, nossos corações (Ez 36,26-27), visto que, facilmente, tendemos andar através da senda espaçoso da porta larga (Mt 7,13-14).
Que faremos, então, para reencontrar a verdadeira via do Reino de Deus, a senda da justiça, da paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14,17; I Cor 4,20)? Teremos que renascer da fé, para uma viva esperança (I Pe 1,3), agora, revestidos da caridade do amor de Deus, que é vinculo de perfeição (Cl 3,14); pois, foi Deus que nos amou primeiro (I Jo 4,19). E Deus nos amou primeiro, não porque somos bons; mas, porque ele é a bondade infinita. Aliais, antes de toda a eternidade e além da eternidade, já éramos amados de Deus,

“Todo aquele que está em Cristo, é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!” (II Cor 5,17).

Ora, o que o Senhor, nosso Deus, revela aos corações simples de seus filhos amados? 

“Olhe, fui eu o primeiro a amar você. Você não estava ainda no mundo. O mundo nem existia, e eu já o amava. Eu amo você desde que sou Deus. Amo você, e desde que amei a mim mesmo, amei também você!” (Do livro “A Prática do Amor a Jesus Cristo”, de Santo Afonso de Ligório).

Que faremos para ser novas criaturas? Tornarmo-nos um só espírito com o Senhor (I Cor 6,17).

Como se fará isso?

Convertermo-nos, de modo incondicional, ao Senhor Jesus Cristo; isto é, de todo o espírito, de toda a alma, de todo o coração e com todas as forças íntimas e mais profundas da totalidade do nosso ser.

Pois, “A palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).
Ora, para andarmos como o Senhor Jesus Cristo andou (I Jo 2,6) é-nos imperativo:
a) Ter a palavra de Deus gravada, profundamente, no coração e na alma (Dt 11,18) para evangelizar; como o fez o Senhor Jesus Cristo (Jo 8,31-32).
b)  Caminhar de fé para a fé (Rm 1,17), pois, o justo viverá pela fé (Hab 2,4).
c)   Alimentar-se do pão vivo que desceu do céu (Jo 6,51)
d)   Dessedentar-se da água viva da fonte perene e eterna (Jo 7,37; Ap 22,17);
e) Caminharmos sob o influxo do batismo de regeneração e renovação pelo Espírito Santo (Tt 3,5b);
f) Andarmos sob o influxo da luz da fé que opera pela caridade (Gl 5,6b);
g) Esforçar-se em realizar as obras que o Senhor Jesus Cristo realizou (Jo 14,12-14);
h) Dessedentar-se da água viva da fonte perene e eterna (Jo 7,37; Ap 22,17);
i) Vencer, finalmente, para sentar-se a sua direita, em seu trono (Ap 3,21).

Essa converção será sentida, a partir do batismo do Espírito Santo (At 19,1-7); pois, pelos Dons de santificação (Is 11,2) é o Espírito Santo que nos santifica; e pelos Dons carismáticos, através das obras, somos nós que nos santificamos a nós mesmos através dos serviços, revestidos da fé que opera pela caridade, para uma viva esperança (I Pe 1,3) em nosso Senhor Jesus Cristo.


João C. Porto

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fé Natural e fé Sobrenatural

Fé Natural e Sobrenatural

A fé natural é própria da natureza humana. Nós viemos do Eterno e, indubitavelmente, retornaremos ao Eterno!

Assim, sem exceção, todos nascem com o caráter voltado à religiosidade, isto é, sentimos saudade intuitiva da fonte de onde viemos. Esse é um sentimento comum a todos os seres humanos.

Todos os homens e, bem assim, todas as mulheres, naturalmente, ainda que não se apercebam, cultuam um deus ou a vários deuses, ainda que seja a si próprio.

Desse modo, quando buscamos a Deus, sem o conhecimento de si mesmo, para conhecermos Aquele que nos criou, nos formou e nos fez para a sua glória (Is 43,7 = Edição Vulgata), continuamos na estrutura própria do mundo. Por isso, tendemos até mesmo viver sob o efeito do sincretismo religioso, através do qual há tendência, por falta de conhecimento da Verdade Integral (Jo 16,13), ao fanatismo religioso.

O que o Senhor Jesus dizia aos judeus convertidos? “Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8,31-32).  “Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres” (Jo 8,36). “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será concedido” (Jo 15,7).

Neste instante, não desejamos apresentar a fé em suas múltiplas definições, como o fazem os doutos: “fé viva, fé virtude, fé dom, fé amorosa, fé salvífica, fé que opera pela caridade, fé expectante, etc.” Não!... Apenas em dois sentidos, como iniciamos este momento: fé natural e fé sobrenatural.

Fé natural é a fé de quem crer por crê, simplesmente, em alguém, em alguma coisa, ou até mesmo em si próprio!... Por isso, a fé natural é a fé dos sentidos; isto é, como quem crê, extrinsecamente, na fé própria de quem  assimila tudo a partir do meio sensível da matéria onde vive. É, portanto, uma tendência natural do mundo secularizado (Rm 12,2).

Vejamos o que o apóstolo são João nos fala em sua carta:
Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida – não procedem do Pai, mas do mundo. O mundo passa com suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente” (I Jo 2,15-17). Mas, mesmo assim, quem diz, ainda que naturalmente, eu creio em Jesus Cristo, o autor da vida, sem a fé sobrenatural, pela misericórdia divina, confessa que crê no Senhor (Jl 3,5; Rm 10,12-13).

São Paulo e Silas: “Então o carcereiro pediu luz, entrou e lançou-se trémulo aos pés de Paulo e Silas; depois os conduziu para fora e perguntou-lhes: “Senhores, que devo fazer para ser salvo”“? Disseram-lhe: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família” (At 16,29-31).

A fé sobrenatural, unção e condução amorosa do amor do Pai e do Filho (Rm 8,14); é uma fé intrínseca, isto é, que nasce e cresce, interiormente, a partir de um novo coração (Ez 36,25-27), pelo que  liberta e renova todas as coisas, a partir do Espírito Santo que nos foi dado. (I Cor 2,12-13). Por isso é que se diz: “A fé que opera pela caridade” (Gl 5,6).

Daí é que, através da sabedoria da verdade eterna, a fé natural é restaurada e renovada em fé sobrenatural; isto é, em fé viva, de fé para a fé (Rm 1,16-17).  Ela nasce e cresce nos corações, em virtude de nossa entrega incondicional ao Senhor Jesus Cristo e, bem assim, sob a direção e moções do Espírito Santo, pelo que une nossos corações ao coração do Senhor Jesus Cristo, através de sua direção amorosa (Rm 8,14).

- Que nos diz são Tomás de Aquino?

“Ninguém pode chegar à herança daquela terra dos bem-aventurados, se não for movido e guiado pelo Espírito Santo”.

Assim, se vivermos da fé dos sentidos, isto é, do aprendizado das coisas próprias que existem sobre a terra, de onde flui a fé comum aos corações que não conhecem a Verdade Integral (Jo 16,13), tenderemos ao fanatismo, porque não cremos em Deus, e tampouco conhecemos o Senhor único de nossas vidas. Porque, o Senhor Jesus, nossa única salvação, nos diz que veio ao mundo, não para condená-lo; mas, para salvá-lo. Continuando, o Senhor Jesus Cristo acrescenta: “quem nele crê não será condenado; mas, quem não crê, já está condenado; porque não crê no nome do Filho único de Deus” (Jo 3,17-18).

O Senhor Jesus nos apresenta dois caminhos, a senda apertada da porta estreita e a via espaçosa da porta larga (Mt 7,13-14). Qual que é o caminho da fé sobrenatural?: O caminho da porta estreita!... Qualquer outra via que não seja esta, é via da ‘fé natural’ que conduzirá à morte eterna.
Ora, o Senhor Jesus é o único caminho que nos leva ao Pai (Jo 14,6). Por isso, a fé sobrenatural é a única luz que nos faz viver num só Espírito com o Senhor (II Cor 3,27).

Ora, por que alguém não vive, sobrenaturalmente, da fé que opera pela caridade? Porque não conhece o Senhor Jesus Cristo! Imagina que o conhece, mas, na realidade, ainda não conhece, se quer, a si próprio.
E os ignorantes, que vivem exclusivamente da fé? Eles acreditam em Deus, em Jesus Cisto, na Virgem Maria, mãe do Senhor e nossa mãe, nos anjos e nos santos!... Por isso, os que vivem a fé sob o temor de Deus, são, interiormente, santificados pelo Espírito Santo e, por isso, bem-aventurados de Deus, Pai de todos, incluídos, sobrenaturalmente, no corpo do Cristo total.

Que nos diz são Boaventura?: Um monge de sua congregação, certo dia, ao vê-lo, disse-lhe: “Bem-aventurados sois vós, os doutos, porque amais mais a Deus do que nós, os ignorantes!” São Boaventura, então, lhe respondeu: Engana-te! ‘Uma velha ignorante pode amar mais a Deus do que o maior de todos os teólogos’.


João C. Porto

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Crer para ver o Invisível

Crer para ver o Invisível!...

Crer é comprazer-se em meditar, dia e noite, a palavra de Deus (Sl 1,2); pois, a fé provém da pregação e a pregação se exerce através da palavra de Cristo (Rm 10,17).

Ora, para crer e ter a fé que opere pela caridade (Gl 5,6b), é-nos necessário que nos acheguemos a Deus e acreditemos que ele existe, e que é o remunerador dos que o procuram (Hb 11,6b). 
 
Na verdade, “Sem fé é impossível agradar a Deus”. Assim, pois, “sem a paz e a santidade, ninguém pode ver o Senhor”. (Hb 12,14).

O Senhor Jesus Cristo, no sermão da montanha, fala-nos claramente: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8).

Às vezes, aqui ou alhures, ouvimos algumas pessoas dizerem: Ninguém pode ser puro ou perfeito, porque só Deus é puro e perfeito.

Sabemos, certamente, que fomos chamados a sermos puros, santos e perfeitos, e, em Jesus Cristo, pela graça e as moções do Espírito Santo, andaremos como ele mesmo andou. (I Jo 2,6)

Só Deus é puríssimo, perfeitíssimo, santo, misericordioso e eterno. Aliás, Deus, que criou céus e terra e tudo quanto neles há, “reina eternamente e além da eternidade” (Ex 15,18 = Vulgata).

Afirmamos, conforme a Bíblia Sagrada e experiência de vida, que somente Deus é puro e perfeito, pois o Senhor, nosso Deus, é o único Deus incriado; Deus de Abraão, de Isaac e Jacó, Deus de Israel, sempre existiu desde antes da eternamente, e sem fim!...

Sobre o sermos puros e perfeitos, que nos diz a palavra de Deus?

“O homem será mais raro que o ouro e mais precioso que o ouro mais puro” (Is 13,12 = Vulgata).

“Para os puros todas as coisas são puras; para os impuros e infiéis nada é puro, mas estão contaminados o seu espírito e a sua consciência” (Tt 1,15 = Vulgata).

“Ora, quando Abraão chegou à idade de noventa e nove anos, o Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: Eu sou Deus onipotente; anda em minha presença, e sê perfeito” (Gn 17,1 = Vulgata).

Que nos diz o Senhor Jesus Cristo?

“Sede, pois, perfeitos como também vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48 = Vulgata).

Nos dias de Moisés, amigo do Senhor, o Espírito de Deus estava na arca da aliança. Deus falava, com Moisés, do propiciatório que ficava sobre a arca, entre os dois querubins.

Quando a Imaculada e sempre Virgem Maria concebeu do Espírito Santo, o Senhor, nosso Deus, passou a habitar, também, no coração da Virgem Santíssima, uma arca viva, de onde Deus falava ao seu povo; por isso nossa Senhora é aclamada como a “Arca da Aliança”, porque guardou e conserva dentro do seu coração, a Trindade Santíssima.

Hoje, finalmente, depois que o Senhor Jesus completou a obra da salvação, subiu ao céu e nos enviou o Espírito Santo (Lc 24,49; At 2,1-13), todos, os que formam, conjuntamente pelo Espírito, o Cristo total, que creem e são batizados em o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, são “arca viva” que, harmonicamente, formam a Igreja do Senhor Jesus Cristo, a Igreja Una Santa, Católica e Apostólica. (Calcedônia - 452).

É, certamente, por tudo, que corresponde à obra salvífica, que são Paulo escreveu a Timóteo, sobre a obra que ele tinha a cumprir, como que a nós, principalmente, que já vivemos sob as angústias da escatologia final.

“Conjuro-te diante de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino: prega a palavra , insiste a tempo e fora de tempo, repreende, suplica, admoesta com toda a paciência e doutrina, porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas multiplicarão para si mestres conforme os seus desejos, levados pelo prurido de ouvir. Afastarão os ouvidos da verdade e os aplicarão às fábulas” (II Tm 4,1-4 = Vulgata).

A Igreja, que é a unidade de todos os filhos e filhas de Deus, conduzida, amorosamente, pelo Espírito Santo, é como que uma arca viva, a arca da nova e eterna aliança, de cujo seio sobre o altar alimenta todo o povo de Deus com o pão vivo decido do céu.

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão viverá eternamente; e o pão que eu hei de dar é a minha carne pela vida do mundo” (Jo 6,51).

Assim, na Igreja do Senhor Jesus Cristo, todos são enviados a evangelizar e, como nos ensina são Paulo, “Ai de mim se eu não evangelizar”.

Crer é viver da fé para a fé que opera pela caridade, sob a luz da viva esperança que não nos engana, a esperança pela qual já se vislumbra, na terra dos bem-aventurados, a herança dos santos.


João C. Porto

sábado, 12 de outubro de 2013

O Envolvimento

O Envolvimento!

A infestação apresenta ainda uma categoria que é o envolvimento. Como indica o termo, a pessoa encontra-se com o corpo e o espírito envolvidos numa fina rede de força, que tende a dificultar-lhe a ação e o pensamento e a arrastá-la para a inatividade ou para o mal. A grande vidente Ana Catarina Emmerich da uma descrição do ponto onde opera a rede de forças diabólicas, declarando que ela age sobre um “fluido infinitamente sutil, a que se chamam forças vitais, que na realidade pertencem ao corpo, mas que são tão semelhantes à natureza da alma, que formam o primeiro e o principal instrumento da sua atividade vital”. Ao chegarem à penetração e eventual controle destas forças vitais, as entidades malignas passam a possuir canais de ações para a alma e para as funções superiores da mente.
Grande parte dos envolvimentos, que podem causar grande dano às pessoas com sensações de doença, cansaço, irritação, desânimo, perturbação mental ou inquietação, são originadas pelo envio propositado de forças maléficas por homens dados à bruxaria ou organizações apostadas na destruição das almas. Os bruxedos, os sortilégios, as más vontades, as cultuações do Diabo em Missas Negras e outras cerimônias, catapultam sobre pessoas, famílias, cidades e países, as hordas saídas do Inferno, que se encarniçam contra a alma e o corpo daqueles que tiveram fortuna ou o infortúnio de estar nas listas das seitas  como inimigo ou de chamar a atenção por algum dom invejável.
Por outro lado, não é raro que movidas pela curiosidade ou pelo desespero, as pessoas se tenham entregado a práticas maléficas, ao espiritismo, à magia, ao esoterismo, e até ido consultar bruxos e feiticeiros. Ações deste gênero só podem levar a fortes infestações das pessoas e famílias, agravar os males em vez de curá-los, podendo muitas vezes dar origem a verdadeiras possessões em que o Diabo requer os seus direitos.

Obs.: Do Livro “Defendei-nos do inimigo” da ASSOCIAÇÃO CULTURAL TUDO EM CRISTO.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

Mãe de Todos

Mãe de Todos e de Tudo

Maria de Nazaré é Mãe de Jesus (Lc 1,31), Mãe do Filho de Deus (Lc 1,35),  Mãe de Deus e nossa também (Lc 1,43 = “Sabei que o Senhor é Deus; ele nos fez e a ele pertencemos, Somos o seu povo e as ovelhas do seu rebanho. Sl 99,3)”.

Na verdade, ela é Mãe de tudo, porque o Senhor, nosso Deus de Abraão, de Isaac e Jacó é tudo! Tudo de bom e eterno. (Gn 1,31), tudo de eternidade e além da eternidade e tudo de misericordioso para com tudo e para com todos, na terra e no céu (Sl 117,1).

“Esse é o dia que o Senhor fez: seja para nós dia de alegria e de felicidade” (Sl 117,24). Certamente é um dia eterno; isto é, sem ocaso, visto que o Senhor Jesus Cristo, eternamente, é nossa luz.

“Falou-nos outra vez Jesus: “Eu sou a luz do mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8.12)”.

“Eu vim como uma luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas” (Jo 12,46).

É possível a escrava ou o escravo esmagar a cabeça do seu Senhor (Gn 3,15)? Claro que não!... Então, Maria de Nazaré não tem mancha do pecado de nossos primeiros pais; é, por isso, Virgem, Imaculada e Santa. (Ct 4,7; 6,10).

Vejamos!... No princípio, quando nossos primeiros pais pecaram, perdemos, em nossos corações, a presença constante da graça de Deus e do seu  Espírito. E isso significa dizer que embora Deus nos amasse, ficamos todos escravizados ao Demônio. Ora, se a Virgem Maria, Mãe de Deus (Lc 1,43), esmagou a cabeça da serpente (Gn 3,15), então, ela sempre é livre, imaculada, Virgem pura e Santa; aquela que, no ventre de sua mãe, passou pela redenção preservativa; por isso o Arcanjo Gabriel lhe disse: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1,28). Ora, se está cheia de graça, onde está o Pecado? Certamente, “tomou doril!”, não existe, nem nunca existiu!

                João C. Porto

domingo, 6 de outubro de 2013

Ministérios

Aprofundamento sobre Ministérios


Qual o conceito de ministério na vida espiritual dos  filhos e filhas de Deus?

Os fariseus perguntaram um dia a Jesus quando viria o Reino de Deus. Jesus respondeu-lhes: “O Reino de Deus não virá de um modo ostensivo. Nem se dirá: Ei-lo aqui; ou: Ei-lo ali. Pois o Reino de Deus já está dentro de vós” (Lc 17,20-21).

Ora, para vida ministerial do Reino de Deus, o Senhor Jesus nos diz:

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim”. (Jo 14,6).

“Eu sou o bom Pastor. O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas” (Jo 10,11)

“Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim” (Jo 10,14)

“Dou a minha vida pelas ovelhas” (Jo 10,15).

“Eu vim para que as minhas ovelhas tenham vida e a tenham em abundância” (Jo 10,10b).

“Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30).

“Eu vim como luz ao mundo; assim, todo aquele que crer em mim não ficará nas trevas” (Jo 12,46).

“Eu sou a luz do Mundo; aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8,12).

E o Senhor Jesus Cristo diz hoje para nós: “Todos os meus ministros, principalmente, os que exercem ministério na vida do Poço de Jacó, devem ser luz do mundo, para iluminar os que o ouvem e caminham com ele”...

Examinai-vos a vós mesmos, vede se estais firmes na fé. Provai-vos a vós mesmos, acaso não vos reconheceis, vós mesmos, que Cristo está em vós? (II Cor 13,5)

Nós atenderemos sem cessar à oração e ao ministério da palavra. (At. 6,4).

Mas nada disso temo, nem faço caso da minha vida, contanto que termine a minha carreira e o ministério da palavra que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho ao Evangelho da graça de Deus. (At. 20,24)

Tendo-os sondado, contou-lhe uma por uma todas as coisas que Deus fizera entre os pagãos por seu ministério. (At. 21,19)

Declaro a vós, homens de origem pagã: como apóstolo dos pagãos, eu procuro honrar o meu ministério. (Rm 11,13).

Aquele que é chamado ao ministério, dedique-se ao ministério. Se tiver o dom de ensinar, que ensine; o dom de exortar, que exorte; aquele que distribui as esmolas faça-o com simplicidade; aquele que preside, presida com zelo; aquele que exerce a misericórdia, que o faça com afabilidade. (Rm 12,7).

Ora, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de tal glória que os filhos de Israel não podiam fitar os olhos no rosto de Moisés, por causa do resplendor de sua face (embora transitório) (II Cor 3,7) * Quanto mais glorioso não será o ministério do Espírito! (II Cor 3,8) **

* O mistério da morte: a transmissão da aliança por Moisés.

** O ministério do Espírito: O Novo Testamento.

De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo. A lei do Espírito de vida, em Jesus Cristo, me libertou da lei do pecado e da morte (Rm 8,1-2).

Por isso não desanimamos deste ministério que nos foi conferido por misericórdia (II Cor 4,1).

Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação (II Cor 5,18)

A ninguém damos qualquer motivo de escândalo, para que nosso ministério não seja criticado (II Cor 6,3).

Dou graças aquele que me deu forças, Jesus Cristo, nosso Senhor, porque me julgou digno de confiança e me chamou ao ministério (I Tm 1,12).

Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagrado ao teu ministério (II Tm 4,5).

Só Lucas está comigo. Toma contigo Marcos e traze-o, porque me é bem útil para o ministério (II Tm 4,11)

Ao nosso Sumo-Sacerdote, entretanto, compete ministério tanto mais excelente quanto ele é mediador de uma aliança mais perfeita, selada por maiores promessas (Hb 8,6).

Conseguintemente, já não sois hóspedes nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus, * edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. ** É nele que todo o edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do Edifício que se torna habitação de Deus (Ef 2,19-22).

* Concidadãos: com o mesmo título que os judeus convertidos.

** Profetas: cristãos que gozavam do dom da profecia. (Ver I Cor 2,10).

De dia, o sol não te fará mal; nem a lua durante a noite (Sl 120,6).

Então aquele discípulo, que Jesus amava, disse a Pedro: “É o Senhor” (Jo 21,7).

Meu filho, guarda as minhas palavras, e conserva dentro de ti os meus mandamentos (Pr 7,1).

Eis que venho sem demora, guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa (Ap 3,11)

“Ao vencedor concederei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono” (Ap 3,21).

João C. Porto

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Dons Preternaturais


DONS PRETERNATURAIS
Dons preternaturais são dons que nossos primeiros pais – Adão e Eva – possuíram antes do pecado original.  A finalidade destes dons era preservar o homem e a mulher da queda do pecado.
Quais são os dons preternaturais que se conhecem? 
1)    Imortalidade;
2)    Impassibilidade;
3)    Integridade;
4)    Imunidade  da ignorância.
 Pelo Dom da Imortalidade o homem não estava sujeito à morte corporal. Certamente, ele retornaria a presença do Criador, de onde veio; mas, por arrebatamento ou como um sono, isto é, sem dor, como a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa também.
“Ora, Deus criou o homem para a imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão” (Sb 2,23-24).
“Pela fé foi arrebatado Henoc deste mundo, para que não visse a morte, e não foi encontrado, visto que Deus o tinha arrebatado, porque antes desta transladação, teve o testemunho de ter agradado a Deus” (Hb 11,5).
Desse modo, tendo Deus arrebatado Henoc, sem que conhecesse a morte, por que não a Virgem Imaculada Mãe do Senhor e nossa Mãe?
Concordâncias bíblicas:
“O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2,7).
“Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: Vós não comereis dele, nem o tocareis, para que não morrais” (Gn 3,3).
“Sua existência é uma censura às nossas ideias; basta sua vista para nos importunar” (Sb 2,14).
“Por isso, como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim a morte passou a todo o gênero humano, porque todos pecaram” (Rm 5,12).
“Porque o salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6,23).
O Dom da impassibilidade, antes do pecado original, nos isentava da dor e do sofrimento; quer dizer, fomos criados no amor e para o amor, fonte de  justiça, misericórdia e fidelidade, onde não há fronteiras, nem dor e nem morte, mas vida plena em Deus.
Pelo Dom preternatural da integridade nos defendia de forma intrínseca e extrínseca, sufocando e, por isso, defendendo-nos dos ímpetos desordenados das concupiscências da carne, dos olhos e da soberba da vida. (I Jo 2,15-17).
Finalmente, pelo Dom preternatural da imunidade da ignorância, correspondia vivermos na presença de Deus, que, a partir do Éden interior, nos ensinaria tudo quanto nos seria necessário conhecer; pois, Ele vinha sempre ao nosso encontro, sob o frescor da brisa, depois do meio dia, para nos ensinar de tudo quanto nos era necessário.
 “Eis que ouviram o barulho dos passos do Senhor Deus que passeava no jardim, à hora da brisa da tarde” (Gn 3,8a).
Pelos Dons Preternaturais estaríamos sempre na presença do Senhor, nosso Deus, e dele aprenderíamos tudo, e receberíamos o quando nos seria necessário para aprender e viver, eternamente, diante do seu divino olhar.
“Vou te ensinar, dizeis, vou te mostrar o caminho que deves seguir, fitando em ti os meus olhos”      (Sl 31,8).
“Ora, nós não rebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vem de Deus, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou” (I Cor 2.12).
       João C. Porto

domingo, 8 de setembro de 2013

Deus nos Ensina e Capacita

Só Deus Ensina e Capacita


    Todo aquele que ama a Deus e permanece no seu amor, Deus permanece nele e ele em Deus.

   “Todo aquele que proclama que Jesus Cisto é o filho de Deus, Deus permanece  nele e ele  em Deus” (I Jo 4,15).

   Aqueles que se aproximam de Deus serão ensinados pelo Espírito de Deus, grandes e pequenos; o Senhor apagará suas faltas e se esquecerá de seus pecados.

   “Sempre sou eu quem deve apagar tuas faltas, e não mais me lembrar de teus pecados” (Is 43,25)

   Ora, Deus parece que tem a memória   curta, mas não é verdade!... Na realidade, Ele vê tudo de todas as coisas, conhece tudo e nada lhes é despercebido. Deus conhece e alcança tudo, do Alfa ao Ómega de sua eternidade e além da eternidade!...

   “O Senhor reinará eternamente, e além da eternidade” (Ex 15,18 = Vulgata).


   Aos seres inteligentes – anjos, homens e mulheres –, o Senhor, nosso Deus, ensina toda a sabedoria da verdade integral (Jo 16´13); aquela que corresponde ao clarão da luz eterna, ao esplendor da sua glória; isto é, ao espelho sem mácula da majestade divina. (Sb 7,26 = Vulgata).

   “Mas eis a aliança que farei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Imprimirei a minha lei nas suas entranhas, escrevê-la-ei nos seus corações, serei o seu Deus e eles serão o meu povo. Ninguém ensinará mais o seu próximo, nem o seu irmão, dizendo: Conhece o Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor até ao maior, diz o Senhor; porque perdoarei as suas faltas, e não mais me lembrarei de seus pecados.” (Jr 31,33-34; Is 43,25).

   Hoje, sob a nova economia dos tempos messiânicos, não é diferente!... Deus nos ensina por múltiplas maneiras, do jeitinho que só ele sabe ensinar:

- Pelo Espírito do seu entendimento, para que possamos compreender – “Intus-Legere” – o que o Senhor nos fala através do profundo das verdades reveladas.

- Pelo Espírito de sua sabedoria para que possamos, pela ciência, julgarmos das coisas divinas.

- Pelo Espírito de seu conselho para que possamos, prudentemente, regular e dispor os nossos atos.

- Pelo Espírito de sua fortaleza para que possamos vencer todo e qualquer perigo.

- Pelo Espírito de sua ciência para que possamos jugar das criaturas, segundo o aconselhamento, à luz da prudência, que se faz necessário.

- Pelo o Espírito de sua piedade para que possamos regular e dispor nosso relacionamento com os demais.

- Pelo Espírito de temor de Deus para que sejam moderados em nós os ímpetos desordenados de nossas concupiscências (sentidos).

   Tudo isso porque somos templos de Deus, onde habita o seu Espírito!...

   “Não sabeis que sois templos de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá. Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós”. (I Cor 3,16-17).

   Por esta citação de são Paulo, podemos imaginar que se trata do íntimo mais  profundo de nossos corações; mas, na verdade, até o nosso corpo é templo do Espírito Santo. Assim, não há nada de nós mesmos que nos pertença, pois somos inteiramente do Senhor, nosso Deus. (Dt 18,13).

“Ou não sabeis que vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus, e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (I Cor 6,19-20).

   Assim, somos ensinados por Deus, através do seu Espírito de graça e de plenitude, diante do trono da graça, Jesus Cristo, onde encontramos misericórdia e graças para o momento oportuno.

   Ora, não nos esqueçamos, jamais, de que o Senhor Jesus Cristo é o protótipo de nossa perfeição e que, por isso, devemos andar como ele andou. (I Jo 2,6).

   “Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso sangue de Cristo” (I Pe 1,18).

   Assim, “A exemplo da santidade daquele que vos chamou sede, também, vós santos em todas as vossas ações, pois está escrito: Sede santos porque, eu, o Senhor vosso Deus, sou santo (Lv 11,44)”.


           João C. Porto