quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Serás Salvo

‘Tu e tua Família’

Pensei, meditei e chegou-me ao coração a conclusão, por graça de Deus e cognições do batismo de regeneração e renovação do Espírito Santo (Tt 3,5), o quanto é íntima, profunda e abrangente a salvação no sangue do Senhor Jesus Cristo.

Quem já pensou na largura, na altura e na profundidade do Reino de Deus, Reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo? (Rm 14,17), Na verdade, o reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtudes. (I Cor 4,20).

Assim, quem se une ao Senhor, torna-se com ele um só espírito (I Cor 6,17).

Ora, não é verdade que o homem espiritual julga todas as coisas e não é julgado por ninguém? Ele tem o pensamento de Cristo!...  Desse modo, o seu julgamento é perfeito, porque é segundo Deus. (I Cor 2,15).
  
Se alguém está em Cristo e Cristo nele (II Cor´5,17) na unidade dos corações no coração do Pai Eterno, conseguirá tudo o que pedir; porque pede segundo Deus quer (1 Jo 5,14s). Prestemos bem atenção, estamos afirmando, segundo a palavra, do Senhor, que nos exorta: “Eu te amei com amor eterno, por isso sou constante na minha afeição por ti (Jr 31,3)”.

Não julgueis pela aparência, mas sim pelo reto juízo, segundo Deus. (Jo 7,24).

A que o meu coração, no Senhor Jesus Cristo, me conduz a falar, sobre o verdadeiro Deus, através dos Dons de santificação do Espírito Santo?

Sinto, interiormente, que numa família onde, pelo menos um, a esposa ou o esposo tenha o coração puro para ver o Senhor,  todos os demais membros do  núcleo familiar serão salvos, através da misericórdia divina.

Por amor a ti, ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas, jamais retirarei de ti a minha misericórdia (Is 54,10).

Não é verdade que por um só homem, Jesus Cristo, o Senhor nosso Deus, salva todo o seu povo? (Mt 1,21).

Quando são Paulo e Silas, por vontade de Deus, foram conduzidos para fora da prisão, o carcereiro perguntou-lhes: Senhores, que devo fazer para ser salvo? Disseram-lhe: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família,” (At 16,31).

Hoje, conduzimos, no profundo do coração, a certeza de que, na unidade da família, se o esposo ou a esposa for temente a Deus, em atenção a esse ou a essa, pela Sua infinita misericórdia, conduzirá ao céu toda a família. Este é, certamente, um dos mistérios mais profundo do amor daquele que é puro amor e que, na terra, foi concebido do Espírita Santo, através da Mãe do puro amor, conforme está escrito na santa Bíblia Sagrada, sobre o autor da vida e luz dos corações.

  “Sou a Mãe do puro amor, do temor (a Deus), da ciência e da santa esperança” (Eclo 24,24).

“Quem é essa que se levanta como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como um exército  em ordem de batalha? Ct 6,10).

O senhor, nosso Deus, tem gravado na palma de suas mãos, o nome de cada um de seus filhos e filhas (Is 49,16). Ele nos diz: Por amor a ti troco reinos e nações; porque te amo e te apreio, dou tudo, em troca de ti; as nações por herança, até os confins da terra. (Is 43,4).

Lembremo-nos de que, quando da destruição de Sodoma, na noite do cataclismo, o anjo do Senhor instava, veementemente, junto a Lot, sua mulher, as duas filhas e seus namorados, que se retirassem, imediatamente, da cidade, para não serem consumidos pelo fogo! Na verdade, só não se salvaram os namorados de suas filhas, porque não quiseram deixar a cidade!

Ora, Abraão intercedera diante do Senhor para não destruir a cidade de Sodoma, considerando que, talvez houvesse ali, pelo menos, dez justos. Entretanto existia apenas Lot, seu sobrinho! É verossímil, alguns estudiosos afirmam que Deus salvou Lot e sua família, da destruição, só pelo fato de ser sobrinho de Abraão. Assim, pois volto a afirmar: Na família, se houver pelo menos uma pessoa do casal, que tenha temor de Deus, o Senhor, nosso Deus, através do nome glorioso do seu Filho Jesus Cristo, salvará toda a família.

O que o Senhor falou sobre Davi, seu servo amado? “Achei Davi, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades”. Da família do rei Davi, só não se salvaram aqueles que se afastaram do núcleo da família!...

É imenso o amor que Deus tem por todos os Seus filho e filhas, aqui sobre a terra; mas, embora seja incomensurável, cabe perfeitamente, por inteiro, sem falta nem sobra, no coração daqueles ou daquelas que o amam.

João C. Porto e Maria Zuleica 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A Perfeição da Alma

A Alma Perfeita

No princípio, Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom (gn 1,31). Quer dizer, Aquele que é perfeitíssimo criou perfeitas todas as suas obras. Por isso, o Senhor Jesus Cristo, nossa salvação, nos ordena: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).

No paraíso, em virtude do pecado original, o que o homem em si mesmo perdeu? Ele não deixou de ser a imagem viva e perfeita do Criador, mas, revestiu-se de uma alma terrena; isto é, revestiu-se de uma vestimenta própria do meio sensível da matéria; onde vive.

“O rei entrou para vê-los e vil um homem que não trazia a veste nupcial. Perguntou-lhe: Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial? O homem não proferiu palavra alguma. Disse então o rei aos servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 22,11-13).

Como poderemos observar pela citação acima, a veste nupcial é a alma de santidade que nos reveste o espírito e o corpo, da plenitude da graça sobre graça que recebemos através do batismo de regeneração e renovação, pelo Espírito Santo, que nos foi concedido em profusão, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador (Tt 3,5-6)

Com o advento do pecado original, toda a criação, no céu, na terra, no universo e em tudo quanto neles há, perdeu a graça e a íntima presença do sobrenatural; isto é, o selo das perfeições divinas de que eram revestidos. Entretanto, o espírito, que foi infundido no homem, através do sopro divino, permaneceu vivo e perfeito,      segundo a imagem da natureza de divina (Sb 23), isto é, continuou como imagem viva e perfeita do todo Poderoso, Senhor Javé.

Por que o espírito do homem, apesar do pecado de nossos primeiros pais, continuou vivo e perfeito? Porque é a imagem do Deus vivo, eterno e perfeitíssimo!

Como explicar? Se um homem e ou uma mulher está totalmente enlameado(a), encontra-se com sua compleição física e aparência inaceitáveis. Mas, tomando um banho, eis que ele ou ela se torna plenamente conhecido(a), conforme a natureza e aparência viva e perfeita, como, realmente, é conhecido(a).

Em virtude do pecado de nossos primeiros pais, o que o homem perdeu no paraíso? A alma de santidade, sem a qual ninguém verá a Deus (Hb 12,14), consequentemente, todos os dons preternaturais, tais como a imortalidade, a impassibilidade, a integridade, o paraíso etc.

Assim, como já dissemos, ficou sem a perfeição integral; isto é, da santidade que deve revestir o homem, no espírito e no corpo material, com o selo do Espírito Santo, selo de santidade e perfeição (Ef 1,13; 4,30).                                     

“E o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal. Agora, pois, cuidemos que ele não estenda a sua mão e tome também do fruto da árvore da vida, e o coma, e viva eternamente.” O senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, para que ele cultivasse a terra donde tinha sido tirado. Ele expulsou-o e colocou, ao oriente do jardim do Éden, querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da  vida” (Gn 3,22-24).

Que isto significa? Que ao homem, pelas suas próprias forças e disposições, é impossível retornar à graça e a vida amorosa dos Dons do Espírito Santo, senão pela entrega incondicional ao Senhor Jesus Cristo, através do perdão, da reconciliação e da misericórdia divina.

“Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).

Ora, onde queremos chegar ao pleno discernimento? Há em Deus dois princípios eternos: Deus é amor; por isso justo e misericordioso!

Então, pela bondade infinita de Deus, exclusivamente em virtude da misericórdia divina, o Senhor, nosso Deus, enviou o seu Filho ao mundo (Jo 3,16) – o segundo Adão – para salvar o seu povo de seus pecados (Mt 1,21), a fim de que todos renascessem da água e do espírito (Jo 3,5), como novas criaturas em Cristo Jesus (II Cor 5,17; Ef 4,23-24).

Isto posto, poderemos entender o porquê de o Senhor Javé, após o pecado de Adão,  colocou ao oriente do jardim do Éden querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida (Gn 3,23-24),

Isto significa dizer que ao homem era impossível, pôr si próprio, conquistar a alma de santidade que perdera no paraíso, em virtude de sua infidelidade ao Criador.

Não é verdade que Lúcifer, querubim de perfeição, tornou-se, por isso, inimigo de Deus?

“Eras um querubim protetor colocado sobre a montanha santa de Deus; passeavas entre as pedras de fogo. Foste irrepreensível em teu proceder desde o dia em que foste criado, até que a iniquidade apareceu em ti.” (Ez 28,14-15).

Assim, sem um coração puro (Mt 5,8), a paz e a santidade da alma, que corresponde  a entrega incondicional ao Senhor Jesus Cristo, ninguém verá a Deus!

Ora, para alcançarmos do Espírito Santo tamanha graça, além das três virtudes teologais (Fé Esperança e a Caridade), precisamos da entrega incondicional ao Senhor Jesus Cristo (Mt 11,28-30), ânimo e coragem para vencer o mundo (Jo16,33),  ser templo do Deus vivo, para vivermos num só espírito com o Senhor (I Cor 6,17), meditar dia e noite a lei do Senhor (Sl 1,2), ter a palavra de Deus dentro do coração e da alma (Dt 11,18), orar constantemente e sem nunca cessar (Lc 18,1 e sermos conduzidos pelo Espírito Santo, como Filhos de Deus (Rm 8.14) etc.

Somente assim estaremos inseridos da veste de santidade, conforme o ancião deu conhecimento ao apóstolo João: “Então um dos anciãos falou comigo e perguntou-me: “Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm”?  Respondi-lhe: “Meu Senhor: Tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes  e as alvejaram no sangue do Cordeiro”


João C. Porto