terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Imitação de Cristo



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Imitação de Cristo e do desapego das vaidades do mundo.

1. Quem me sege não anda em trevas, diz o Senhor. São estas as palavras de Cristo pelas quais somos exortados a imitar sua vida e seus costumes, se verdadeiramente desejamos ser esclarecidos e livres de toda a esgueira de coração. Seja, pois, nosso principal empenho meditar a vida de Jesus Cristo.

2. A sua doutrina sobreleva a de todos os santos e, quem possuir o seu espírito encontrará um maná escondido.

Acontece, porém, que muitos da frequente audição do Evangelho tiram pouco proveito, por não terem o espírito de Cristo.

Quem quiser, pois, entender plenamente e com proveito as palavras de Cristo, deve conformar sua vida com a dele.

3. Que te aproveita discorrer sabiamente sobre a Trindade se, por falta de humildade, lhe desagradas?

De certo não são as palavras sublimes que tornam o homem santo e justo; mas uma vida virtuosa o faz agradável a Deus.

É preferível experimentar a compulsão a saber defini-la.

Ainda que soubessem de cor toda a Bíblia e as máximas de todos os filósofos, de que me serviria tudo isso sem caridade e a graça de Deus?

4. Vaidade das vaidades e tudo vaidade; exceto amar a Deus e só a ele servir.

A suprema sabedoria consiste em procurar o reino dos céus pelo desprezo do mundo.

Vaidade, pois, buscar riquezas perecedouras e nelas pôr sua confiança.

Vaidade também desejar honras e comprazer-se na elevação.

Vaidade seguir os apetites da carne e ambicionar o que mais tarde deve ser verdadeiramente punido.

Vaidade aspirar a longa vida, sem cuidar de que seja boa.

Vaidade atender somente a vida presente, sem prever as coisas futuras.
Vaidade amar o que tão depressa passa e não buscar, pressuroso, a felicidade que sempre dura.

Lembra-te amiúde do provérbio: Os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir.

Aplica-te, pois, em desviar de teu cora o amor das coisas visíveis e volta-te para as invisíveis; pois os que seguem os atrativos da carne, mancham a consciência e perdem a graça de Deus.


Obs.: Este estudo é do Livro “Imitação de Cristo”, de autoria de Tomas Kempis. Edições Paulinas – 1982.