sábado, 22 de janeiro de 2011

Mansidão


Mansidão

A mansidão que provém do conhecimento da verdade é sábia, por isso, humilde; porque é forjada entre o peso sobre bigorna e o cinzel que esculpe a imagem perfeita, o homem novo que se nos nasce da ciência dos santos.

“Renovai-vos, pois, no espírito do vosso entendimento, e revesti-vos do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santidade verdadeira” (Ef 4,23-24).

“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. Estas são palavras do Senhor Jesus, quando nos diz: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos pelo fardo do pecado e eu vos aliviarei”.

Somente o Senhor Jesus, pela graça do Espírito Santo, em nós, tem o poder de nos transformar em novas criaturas, pela renovação do nosso espírito, para que possamos discernir qual seja a vontade de Deus em nós, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito.

Ora, para estas coisas santas, só os mansos e humildes, os que crêem em Jesus, recebem o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes são filhos e filhas de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, (Gl 3,26), a condução amorosa do Espírito Santo (Rm 8,14) e/ou os que recebem em seu próprio coração o testemunho do Espírito Santo dado ao seu espírito, confirmando a filiação de filhos de Deus (Rm 8,16); herdeiros de Deus e co-herdeiro com Cristo Jesus. (Rm 8,17).

Aliás, o apóstolo João acrescenta: “Aquele que afirma permanecer em Cristo deve viver como ele viveu” (I Jo 2,6).

Ora, Jesus, cheio do Espírito Santo, anunciava o Reino de Deus, evangelizava os pobres, curava os corações doloridos, anunciava aos cativos a redenção e aos prisioneiros a liberdade. Além disso, curava a todos, ressuscitava os mortos e realizava sinais e prodígios na natureza, sobre a terra.

“Todo povo procurava tocá-lo, pois dele saía uma força que os curava a todos” (Lc 6,19).

Desse modo, quem crê em Jesus conforme as Escrituras, do seu interior jorrarão rios de água viva. (Jo 7,38).

Não é verdade que todo aquele que crê em Jesus fará também as obras que Jesus realizou? (Jo 14,12). E o Senhor Jesus ainda nos afirma: “e fará obras maiores que as que realizei; pois, tudo o que pedir ao Pai em meu nome lhe será concedido”. “E se pedir alguma coisa a mim, em meu nome, eu a farei” (Jo 14,14).

Por isso, “quem der testemunho de mim diante dos homens, também eu darei testemunho dele diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10,32). Mas, “aquele, porém, que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai que está nos céus” (Mt 10,13).

Prestemos bem atenção!... Todos os que, mesmo em nossos dias, caminham com o Senhor Jesus no coração, sob a condução amorosa do Espírito Santo, como filhos e filhas de Deus, trazem em si o múnus de Cristo. Por isso, se prestarmos bem ação, na grande maioria desses filhos amados do Pai, o Senhor Jesus tem realizado, através deles, muitas curas, libertações, milagres, sinais e prodígios.

Dizemos isso, porque, eu e minha esposa, durante cerca de quarenta anos que caminhamos unidos ao Senhor, juntamente com bom número de irmãos e irmãs, igualzinho a nós, sabemos, através da comunhão de filhos e filhas de Deus, como o Senhor Jesus, através de todos seus filhos e filhas, realizou e ainda realiza grandes coisas: curas, milagres e libertações, as quais não nos convêm narrar e nem o saberíamos corretamente, pois, somos apenas instrumentos pequeninos, simples, humildes e, quantas vezes desprezíveis aos olhos de quantos deveriam se juntar a nós, para que na alegria da unidade do amor, continuemos sempre juntos, sob a mesma unção divina, cantando e celebrando em nossos corações os louvores do Senhor.

Você já imaginou se na Santa Missa, que é a maior oração da Igreja Una Santa, Católica e Apostólica, logo após a comunhão do Corpo de Cristo, fosse reservado quinze minutos para uma oração de cura e libertação, através do sacerdote e, quem sabe, de leigos que possuem a unção da condução amorosa do Espírito Santo? Por que dizemos isso com tamanha convicção? Por causa do batismo que Jesus realiza no Espírito Santo e com fogo (Mt 3,11b).

É a partir dai que se cumprirá, ainda hoje, o que o Senhor Jesus disse aos apóstolos, antes de ser elevado aos céus: “mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e me sereis testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até as extremidades da terra” (At. 1,8). Ai de nós se não formos verdadeiras testemunhas do Senhor Jesus Cristo, o único Senhor de nossa Salvação e ressurreição!...

Você se lembra como a Renovação Carismática Católica começou? Foi durante o Concílio Vaticano II, no princípio dos anos sessenta, através da oração do Papa João XXIII: Envia Senhor, um novo Pentecostes sobre a tua Igreja!... Foi em resposta a essa oração de sua Igreja que Deus derramou sobre ela, mais uma vez, a plenitude de sua graça e a efusão do seu divino Espírito.

João C. Porto

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A Revelação Divina



A Revelação Divina
A revelação de Deus nos vem ao coração, através de duas vertentes:
a) A razão natural pela qual o homem pode, através das coisas criadas, perscrutando inclusive seus movimentos e o canto das belezas naturais, obras da sabedoria que as criou, encontrar-se, de alguma forma, com o Criador.
“São insensatos por natureza todos os que desconheceram Deus, e, através dos bens visíveis, não souberam conhecer aquele que é, nem reconhecer o artista, considerando suas obras. Tomaram o fogo, ou o vento, ou o ar agitável, ou a esfera estrelada, ou a água impetuosa, ou os astros dos céus, por deuses, regentes do mundo. Se tomaram essas coisas por deuses, encantados pela sua beleza, saibam, então, quanto seu Senhor prevalece sobre elas, porque é o criador da beleza que fez essas coisas. Se o que os impressionou é sua força e seu poder, que eles compreendam, por meio delas, que seu criador é mais forte, pois é a partir da grandeza e da beleza das criaturas que, por analogia, se conhece seu autor. Contudo, estes só incorrem numa ligeira censura, porque, talvez, tenham caído no erro procurando Deus e querendo encontrá-lo: vivendo entre suas obras, eles as observam com cuidado, e porque eles as consideram belas, deixam-se seduzir pelo seu aspecto. Ainda uma vez, entretanto, eles não são desculpáveis, porque, se eles possuíram luz suficiente para poder perscrutar a ordem do mundo, como não encontraram eles mais facilmente aquele que é seu Senhor?” (Sb 13,1-9).
Pôs o seu olhar nos seus corações para mostrar-lhes a majestade de suas obras, a fim de que celebrassem a santidade do seu nome, e o glorificassem por suas maravilhas, apregoando a magnificência de suas obras. Deu-lhes, além disso, a instrução; deu-lhes a posse da lei da vida; concluiu com eles um pacto eterno e revelou-lhes a justiça de seus preceitos” (Eclo 17,7-10).
“Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar” (Rm 1,20).
“Já que o mundo, com sua sabedoria, não reconheceu a Deus na sabedoria divina, aprouve a Deus salvar os que crêem pela loucura de sua mensagem” (I Cor 1,21).
“O Deus, que fez o mundo e tudo o que nele há, é o Senhor do céu e da terra, e não habita em templos feitos por mãos humanas. Nem é servido por mãos de homens, como se necessitasse de alguma coisa, porque é ele quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas. Ele fez nascer de um só homem todo o gênero humano, para que habitasse sobre toda a face da terra. Fixou aos povos a ordem dos tempos e os limites da sua habitação. Tudo isso para que procurem a Deus e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na verdade ele não está longe de cada um de nós. Porque é nele que temos a vida, o movimento e o ser, como até alguns dos vossos poetas disseram: “Nós somos também de sua raça...” Se, pois, somos da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade é semelhante ao ouro, à prata ou à pedra lavrada por arte e gênio dos homens” (At. 17,24-29).
b) Pela inspiração reveladora do Espírito de Deus, que preenche o céu, a terra e todo o universo e, de forma muito própria de si mesma, ilumina nossos corações, porque somos aqueles que, como imagens vivas e perfeitas de Deus, Ele os criou, os formou e os fez para sua glória.
“Temos esta confiança em Deus, por Cristo; não que sejamos capazes por nós mesmos de pensar alguma coisa (sobrenaturalmente boa), como vinda de nós mesmos, mas a nossa capacidade vem de Deus”, (II Cor 3,4-5).
Ora, através da razão natural, pelas coisas criadas,.conhecemos a Deus e, pela razão sobrenatural, recebemos do Senhor Jesus o entendimento, para conhecermos todas as coisas reveladas pelo Espírito Santo, conhecendo, assim, a Deus e a extensão de sua vontade em nossos corações.
“Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o verdadeiro. E estamos no verdadeiro, nós que estamos em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (I Jo 5,20)
O Senhor, nosso Deus, ensina-nos todas as coisas, através do Espírito Santo que se nos habita na alma, no espírito, no coração e em todo nosso ser. O que faz a diferença é sabermos separar as coisas que estão em nós mesmo; isto é, o que é próprio do espírito do homem, do que provém do Espírito de Deus.
“Pois quem conhece as coisas que há no homem, senão o espírito que nele reside? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus” (I Cor 2,11).
O pecado, infelizmente, criou esse abismo dentro de nós: o que o espírito do homem conhece é a ciência própria do mundo. Mas, todo homem que possui o Espírito Santo, que o recebeu através do batismo na Igreja do Senhor Jesus, é ensinado por Deus e não por homens (Jr 31,34) e, de quebra, recebe o perdão de todos os pecados; porque Deus mesmo é quem apaga todas as nossas faltas, por amor de si mesmo. (Is 43,25).
Por isso, S. Paulo nos escreve, dizendo: “Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vem de Deus, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou e que pregamos numa linguagem que nos foi ensinada não pela sabedoria humana, mas pelo Espírito, que exprime as coisas espirituais em termos espirituais” (I Cor 2,12-13).
Portanto, é importíssimo viver, por experiência de vida amoroso do Espírito Santo, em nossos corações, a fé, a viva esperança e a graça do conhecimento relativo ao tripé da revelação divino:
a) As Sagradas Escrituras.
“Toda Escritura, divinamente, inspirada por Deus, é útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, apto para toda obra boa” (II Tm 3,16-17).
b) A Sagrada Tradição.
“Permanecei, pois, constantes, irmãos, e conservai as tradições, que aprendestes, ou por nossas palavras ou por nossa carta” (II Ts 2,14 = Vulgata).
c) O Magistério da Igreja.
“Se não ouvir, dize-o à Igreja. Se não ouvir a Igreja, considera-o como um gentio e um publicano. Em verdade vos digo: Tudo o que ligares sobre a terra, será ligado no céu; e tudo o que desatardes sobre a terra, será desatado no céu” (Mt 18,17-17)
João C. Porto

sábado, 8 de janeiro de 2011

Mistério da Redenção


Mistério da Redenção

Este é o texto mais importante do Novo Testamento:

“Deus o destinou para ser, pelo seu sangue, vítima de propiciação mediante a fé. Assim ele manifesta sua justiça; porque no tempo de sua paciência, ele havia deixado sem castigo os pecadores anteriores” (Rm 3,25)

Ora, morrendo na cruz, Cristo obteve para nós:

1) Reparação digna e perfeita de todos os pecados: passados, presentes e futuros:

“Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliado com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida” (Rm 5,10).

“Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude e, por seu intermédio, reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo o que há na terra e no céu” (Cl 1,19-20).

2) Restauração da vida sobrenatural dando aos homens o direito de se tornarem filhos de Deus, e herdeiros de Deus, nos céus, pela visão beatífica:

“Mas, a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus” (Jo 1,12-13).

“E, se filhos, também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, contanto que soframos com ele, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8,17).

“Oferecei vossos sacrifícios com sinceridade e esperai no Senhor. Dizem muitos: “Quem nos fará ver a felicidade?”“ Fazei brilhar “sobre nós, Senhor, a luz de vossa face” (Sl 4,6-7).

3) Merecimentos das graças necessárias para a salvação. Toda a graça procede da morte redentora de Cristo:

“e do qual temos recebido a graça e o apostolado, a fim de levar, em seu nome, todas as nações pagãs à obediência da fé” (Rm 1,5).

“e são justificados gratuitamente por sua graça; tal é a obra da redenção, realizada em Jesus Cristo”. (Rm 3,24).

“Assim como o pecado reinou para a morte, assim também a graça reinaria pela a justiça para a vida eterna, por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 5,21).

“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós (armou a sua tenda no meio de nós), e vimos a sua glória, a glória que um Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1,14).

“Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1,16-17).

Assim, a paixão de Cristo tornou possível a todos:

a) Ação de graça

“Principalmente, dou graças a meu Deus, por meio de Jesus Cristo, por todos vós, porque em todo o mundo é preconizada a vossa fé” (Rm 1,8).

b) A paz

“Justificados, pois, pela fé, temos a paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 1,5).

“Ele é nossa Paz” (Ef 2,14b).

c) O verdadeiro culto a Deus

“Àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu Evangelho, na pregação de Jesus Cristo – conforme a revelação do mistério, guardado em segredo durante séculos, mas agora manifestado por ordem do eterno Deus e, por meio das Escrituras proféticas, dado a conhecer a todas as nações, a fim de levá-las à obediência da fé –, a Deus, único, sábio, por Jesus Cristo, glória por toda a eternidade! Amém”. (Rm 16,25-27).

Pequeno ensino do Pe. Pedro Maria.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

B A T I S M O


Batismo

A palavra batismo vem do grego baptizein, e, etimologicamente, quer dizer imersão, isto é, ato de mergulhar na água, ato de banhar. O batismo obedece a uma ordem do Senhor Jesus Cristo (MT 28,19).

O Senhor Jesus, depois da ressurreição e antes de subir ao céu, assim falou aos seus apóstolos: “João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias” (At. 1,5). Então os apóstolos fizeram-lhe uma pergunta: “Senhor, é porventura agora que ides restaurar o reino de Israel?” Jesus respondeu-lhes: “Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder; mas, recebereis a virtude do Espírito Santo que descerá sobre vós, e me sereis testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia, na Samaria e até as extremidades da terra” (At 1,6-8).

Não nos esqueçamos: qual o testemunho que, como batizados que somos, deveremos dar sobre a pessoa de Jesus como nosso único e suficiente Salvador (Mt 10,32-33)?

Ora, conforme o anúncio de João Batista, Jesus é quem nos batiza no Espírito Santo e em fogo. (Mt 3,11b). Este batismo, no princípio da Igreja, corresponde à descida do Espírito Santo no Cenáculo, que veio sobre os apóstolos e a Virgem Maria, todos reunidos em oração sob a expectativa do Pentecostes.

O Pentecostes, retorno do Espírito Santo ao coração da comunidade cristã, e, de modo especial, aos corações dos filhos e filhas de Deus, a partir do novo nascimento (Jo 1,11-13; 3,1-18), à filiação adotiva conforme fora prometida.

Hoje, na Igreja, embora o batismo seja um só (Ef 4,5), corresponde aos momentos da efusão do Santo Espírito de Deus.

1. Através do batismo das criancinhas, os recém-nascidos.

2. Nos momentos em que recebemos a efusão dos carismas; Isto é, a unção e o derramamento de dons e virtudes.

3. Por ocasião do batismo nos Seminários de Vida no Espírito Santo.

Estas três fases ou momentos de efusão do Espírito de Deus correspondem às maravilhosas manifestações do crescimento da vida espiritual dos que nascem da água e do Espírito (Jo 3,5)

Vejamos este maravilhoso testemunho através da imposição das mãos do apóstolo Paulo: São Paulo chegou a Éfeso, onde encontrou alguns discípulos e indagou deles: “Recebestes o Espírito Santo, quando abraçaste a fé? Eles responderam-lhe: “Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo! “Então em que batismo fostes batizados? Disseram: “No batismo de João”. Paulo, então, replicou: “João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse naquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus. E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam. Eram ao todos doze homens” (At. 19,1-7).

Hoje, é semelhante ao que acontece a partir dos Seminários de Vida no Espírito Santo, e até mesmo em grupos de oração. Quanto mais invocamos o Espírito Santo: vinde Espírito Santo, vinde aquecer-me no fogo do vosso amor, Vinde Espírito criador, vinde renovar todo o meu ser, vinde Espírito consolador, vinde consolar os corações embriagados do vosso amor, vinde Pai dos pobres, vinde luz dos corações: “o que é fragilidade em nosso corpo, revigora com teu vigor!” Vinde... vinde... Santifica minha alma, meu espírito, meu coração e todo o meu ser... Assim, sob a ascese da devoção ao Espírito Santo, vamos crescendo na fé, na esperança, na caridade do amor do Pai e do Filho e nas virtudes de suas perfeições.

Ora, pela fé, a caridade, o exercício dos carismas, virtudes e a prática dos frutos de vida eterna, o batismo do Espírito Santo tornar-se-á a via de intimidade e amizade pela qual conversamos constantemente com o Senhor, nosso Deus e com seu Filho Jesus Cristo; pois Ele, Jesus, é quem nos ministeria ao anúncio do Evangelho da Salvação e à vida sob a condução amorosa do Espírito Santo.

Você não gostaria de conhecer estas coisas? Leia a Bíblia Sagrada!... Venha, se assim o desejar, conversar conosco!... Procure na Igreja do Senhor Jesus – Igreja Católica -, o Sacerdote, principalmente, aqueles que tenham essa experiência viva de intimidade de coração com o Senhor Jesus; uma experiência de cura e libertação. Se me permitem, eu lhes afirmo que todos os sacerdotes são santos ungidos de Deus, mormente aqueles que possuem experiência de vida sob a direção amorosa do Espírito Santo.

Ora, se nós, leigos, homens e mulheres, pequeninos como somos, o Senhor nos dá o sabor de sua palavra (Jr 15,16; Sl 118,103), sua intimidade de corações ungidos do seu amor; então, posso imaginar a partir do que a palavra de Deus diz acerca do sacerdote: “Os lábios dos sacerdotes serão os guardas da ciência; da sua boca se há de aprender a lei, porque ele é um anjo do Senhor dos exércitos” (Ml 2,7 – Vulgata).

Por que então Maria de Nazaré, na Magnífica, disse estas palavras: “O Senhor fez em mim maravilhas?”

É que o Senhor profetizou para todos os povos do mundo inteiro: “Depois disso, acontecerá que derramarei o meu Espírito sobre todo o ser vivo: vossos filhos e vossas filhas profetizarão; vossos anciãos terão sonhos, e vossos jovens terão visões. Naqueles dias derramarei também o meu Espírito sobre os escravos e as escravas” (Jl 3,1-2). “Virão dias – oráculo do Senhor Javé – em que enviarei fome sobre a terra, não uma fome de pão, nem uma sede de água, mas (fome e sede) de ouvir a palavra do Senhor” (Am 8,11).

Por ser muito extenso o assunto, terminamos, aqui, com mais um evocação divina: “A Escritura diz: “Desperta, tu que dormes! “Levanta-te dentre os mortos e Cristo te iluminará” (Ef 5,14).

João C. Porto.