domingo, 28 de fevereiro de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> Intercessão

Interceder é construir o muro e se deter sobre a brecha diante do Senhor, pugnando, como que contra ele, em favor da Igreja, dos sacerdotes, das comunidades, dos grupos de oração, das pastorais, das famílias, do povo de Deus ou de alguns de seus filhos, sobre os diversos aspectos da vida e/ou das missões, conforme às situações supervenientes. “Procurei o Senhor e ele me atendeu, livrou-me de todos os temores” (Sl 33,5).
O Senhor nos mostra, em sua palavra, o quanto deseja e quer que haja intercessores que, com sabedoria e habilidade das virtudes do seu amor, o convençam de vir em auxílio das necessidades de seu povo, como o fizeram outrora os patriarcas e os profetas.
É singularíssimo que o Senhor conceda tudo a todos, conforme suas disposições amorosas de prodigalizar tudo de seus desígnios eternos, a quantos quiser manifestar. Por isso é que ele nos diz: “Pede-me; dar-te-ei por herança todas as nações; tu possuirás os confins do mundo” ( Sl 2,8 ). E, com muito amor, acrescenta: “Porque és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti, entrego nações em troca de ti” ( Is 43,4 ). E, concluindo, acrescenta: “Invoca-me e te responderei, revelando-te grandes coisas misteriosas que ignoras” ( Jr 33,3 ). Ora, por estes versículos, acima, citados, revestimo-nos da certeza de que Deus, não apenas é justo, fidelíssimo, bondoso e misericordioso; mas tudo quer dar-nos do tesouro do seu coração que, por Jesus, nosso Senhor, depositou em nosso peito, conquanto que seja de forma gratuita e incondicional. Basta que lho peçamos, e ele já nos espreita de nossas necessidades, porque sempre estará pronto e disposto a encher a aljava de quantos lhe suplicam; não mais com flechas, mas, sobretudo, com a preciosíssima herança de nossa redenção. (Tt 3,7)
Em tudo e por tudo isso, observemos com cuidado o que o Senhor nos fala através do profeta Ezequiel: “Tenho procurado entre eles algum que construísse o muro e se detivesse sobre a brecha diante de mim, em favor da terra, a fim de prevenir a sua destruição, mas não encontrei ninguém” (Ez 22,30)
Notemos bem, com atenção, que construir o muro significava, naquela época, guardar a cidade entre muralhas firmes e fortes, e, na brecha, que é a entrada da cidade, posicionar a força de defesa contra o inimigo. Mas, agora, nestes tempos da plenitude, o Senhor é nossa luz e salvação, a quem temeremos? O Senhor é o protetor de nossa vida, de quem teremos medo? (Sl 26,1) Ora, se Deus é por nós, quem será contra nós? Na verdade, tudo pudemos naquele que nos fortalece. (Fl 4,13)
Esse pobre clamou; o Senhor o ouviu e o livrou de todas as suas angústias.
Hoje, a muralha protetora do povo de Deus é o Senhor Jesus, nossa paz e salvação (I Tm 2,5; Ef 2,14), são os anjos de Deus (Sl 33,8), o sacerdócio (Hb 5,6), a Igreja do Senhor Jesus Cristo (Hb 12,22ss), o povo escolhido e sacerdócio régio (I Pd 2,9). Ora, tudo isso é força de Deus em favor de seu povo; mas, sois sobretudo vós, intercessores e intercessoras, que, hoje, dia e noite, estais sobre a brecha, com vossos corações num só espírito com o Senhor Jesus Cristo (I Cor 6,17), e a multidão de vosso número, como a muralha intercessora do povo de Deus, vós que estais revestidos do homem novo, criados à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade. Assim, que cada filho ou filha de Deus diga, e que todos digam ao mesmo tempo, num só coração com o Senhor: mesmo pequenos, fracos e até doentes, saltemos da cama e proclamemos que somos teus guerreiros, guerreiros que em ti, Senhor, tudo venceremos; porque és o Senhor, nosso Deus, aquele que tudo vence, inclusive através de nós. (Jl 4,10; Is 58,9)
Observemos essa expressão de S. Paulo: “Não entristeçais o Espírito Santo de Deus, com o qual estás selado para o dia da vossa redenção” (Ef 4,30) Irmãos, nós estamos selados com o selo do Espírito Santo que nos fora prometido. (Ef 1,13) Somos templos de Deus, e nosso próprio corpo é templo do Espírito Santo (I Cor 6,19-20). O Senhor habita em nós e, por isso, nos diz: “Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis” (Mt 21,22); “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23). Ora, quem pede, recebe... porque, diz o Senhor Jesus: “Se creres, verás a glória de Deus!... (Jo 11,40b)
Desse modo, vigiemos, pois, com cuidado sobre nossa conduta: “que ela não seja conduta de insensatos, mas de sábios que aproveitam ciosamente o tempo, pois os dias são maus. Não sejais imprudentes, mas procurai compreender qual seja a vontade de Deus. Não vos embriagueis com vinho, que é uma fonte de devassidão, mas enchei-vos do Espírito. ... Cantai e celebrai de todo o coração os louvores do Senhor. Rendei graças, sem cessar e por todas as coisas, a Deus Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”! (Ef 5,15-20).

João C. Porto

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> Maria na Bíblia

Como Maria é a sede da sabedoria, porquanto aprouve a Deus gerar, do Espírito Santo, em seu ventre aquele que é a sabedoria nos céus, na terra e no universo inteiro; a sabedoria partilhada do seio da Verdade Eterna, que é Deus, nosso único Senhor (Dt 6,4), compreende-se que a Imaculada e sempre Virgem Maria está na Bíblia Sagrada, do princípio ao fim; isto é, do primeiro ao último livro. Na verdade, em tudo o que se lê no Livro Sagrado, que corresponda à verdade eterna gerada do ideal divino do Criador, eis que Maria, a Mãe Universal se faz presente.
Ela está no princípio da Bíblia, como a Imaculada conceição, aquela que veio ao mundo, totalmente, imune do pecado, porque é predestinada, conforme os desígnios do Todo-poderoso: “O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos, desde o princípio, antes que criasse coisa alguma. Desde a eternidade fui constituída, e desde o principio, antes que a terra fosse criada. Ainda não havia os abismos, e eu estava já concebida; ainda as fontes das águas não tinham brotado” (Pr 8,22-24)
De sua imaculada conceição fala o primeiro livro da Bíblia Sagrada: “Porei ódio entre ti e a mulher, entre a tua descendência e a dela. Esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3,15). O Senhor então disse: “Meu espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será só de cento e vinte anos” (Gn 6,3).
Ora, o Senhor Jesus nos disse: “Aquele que peca é escravo do pecado” (Jo 8,34), e S. Paulo acrescenta: “O salário do pecado é a morte...” (Rm 6,23a)
Como pode aquela que é escrava do demônio, esmagar a cabeça do seu Senhor? Então Maria é isenta de todo e qualquer pecado!... Como pode o Espírito de Deus ter deixado de habitar no homem, porque ele é todo carne, isto é, pecado; e, no tempo da plenitude, gerar no seio de uma pecadora o Filho de Deus? São questionamentos muito fortes, que nos indicam a certeza de que Maria de Nazaré é a Imaculada Conceição. Além disso, qual a saudação do arcanjo Gabriel à Virgem Imaculada? “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1,28). Ora, quem está cheia de graça, está cheia de graça!... e não há lugar para pecado, nem qualquer outra coisa semelhante. Assim, Maria é Imaculada, conforme nos afirma o Cântico dos Cânticos: “Toda és formosa, amiga minha, e em ti não há mácula” (Ct 4,7).
Desse modo, como observamos, no princípio da Bíblia Sagrada, desde o livro do Gênesis, no Cântico dos Cânticos e no Evangelho de S. Lucas, Maria é a Imaculada Conceição.
Entretanto, é no meio da Bíblia Sagrada, que a encontramos como a sempre Virgem Maria: “Pois por isso o mesmo Senhor vos dará este sinal: Uma virgem conceberá e dará à luz um filho e o seu nome será Emanuel” (Is 7,14); e também: “O Senhor disse-me: Esta porta estará fechada; não se abrirá e ninguém passará por ela; porque o Senhor Deus de Israel entrou por esta porta e ela estará fechada” (Ez 44,2). Acerca deste versículo, o que nos afirma Sto. Agostinho? “Que significa esta porta fechada senão que Maria foi virgem antes, durante e depois do parto? Como vemos, Maria, na Bíblia Sagrada, é a Imaculada e sempre Virgem Mãe de Jesus (Lc 1,33), Mãe do Filho de Deus (Lc 1,35), Mãe do próprio Deus (Lc 1,43), Mãe do verdadeiro Deus e da vida eterna (I Jo 5,20b), Mãe da Igreja do Senhor, a própria Igreja, de cujo seio todos nascemos como filhos e filhas da nova geração, isto é, a geração dos ressuscitado, cuja primícia é o Senhor Jesus Cristo, nossa redenção e ressurreição.
Além disso, Maria se encontra no último livro da Bíblia Sagrada como a “Gloriosa Assunção de Maria”: “Apareceu em seguida um grande sinal no céu: Uma mulher vestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas” (Ap 12,1) Mostra-nos a Mãe universal, aquela que deu ao Criador a vida natural das criaturas, e, às criaturas a vida sobrenatural do Criador.
Ora, em Maria de Nazaré se encontram todas as graças: a graça da fé (Lc 1,45), as graças da esperança e as graças da caridade do amor do Pai e do Filho. Por isso é que a palavra nos diz: “Eu sou a mãe do puro amor, e do temor, da ciência e da santa esperança” (Eclo 24,24) Por ela veio ao mundo a graça da salvação (Ef 2,8), a graça do perdão e da reconciliação, a graça da vida eterna (I Jo 5,11-12), como graça de todas as graças. Por isso, não nos parece menos verossímil que todas as graças que venham do coração do Pai Eterno, através da sabedoria de seu Filho amado (Mt 3,17), passem pelas mãos benditas de Maria, a sempre Virgem e Imaculada Mãe universal. Na verdade está incluso em todas as graças que, para nós, desçam do trono da glória do Todo-poderoso: elas dessem pela mediação do Filho de Deus ao coração imaculado de Maria, e de suas mãos derramam-se, como do seio da Igreja, aos corações que, confiadamente, se aproximam do trono da graça, para encontrar misericórdia e alcançar graças para serem socorridos nos momentos oportunos. (Hb 4,16)
Tome na mão, meu irmão, um compasso, apoie a ponta de ferro sobre a folha de papel, e trace uma circunferência. Feito isso, dê uma olhada sobre o circulo feito. Agora considere que o ponto central da circunferência é Jesus Cristo (o sol Oriente) e a circunferência é Maria de Deus. Então, medite: tudo o que vem do trono da glória divina, como dons e/ou dádivas do céu aos corações dos pequeninos do reino de Deus, vem-nos pelo autor da vida, Jesus Cristo; entretanto, para chegar a nós, passam pela circunferência, Maria!... de onde Deus Pai prodigalizou a vida do seu amor misericordioso, gratuito e incondicional aos nossos pobres corações. Por isso é que a palavra de Deus refletindo a pessoa da Virgem Imaculada Mãe universal, assim, nos fala: “Eu sai da boca do Altíssimo, a primogênita antes de todas as criaturas” (Eclo 24,5 - Vulgata) e “... na assembléia dos santos estabeleci a minha assistência” (Eclo 24,16b). Por essas razões, e muitas outras, é que os mariólogos dizem que Deus, reunindo todas as graças dos céus, chamou-as de Maria. Como vemos, Maria de Nazaré é a Mãe de todas as gerações do povo de Deus, a Mãe universal, Mãe de todos os que louvo o Deus de Israel, Deus altíssimo, que nos criou, que nos formou e que nos fez seus filhos e filhas nascidos dessa Mãe divina, todos gerados do Espírito Santo, para o louvor de sua eterna glória.

João C. Porto

sábado, 20 de fevereiro de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> Evangelizai o meu Povo

Consta que perguntaram a Madre Teresa de Calcutá: O que é evangelizar? Com seu jeito simples e amável, respondeu: “evangelizar é ter Jesus no coração e mostrar esse Jesus ao irmão”.
Observemos que, para evangelizar, é-nos necessário ter Jesus no coração, a fim de que possamos “andar como ele andou” (I Jo 2,6), sermos obedientes à sua voz e termos a consciência plena de que sem ele nada poderemos fazer. (Jo 15,5)
Ter feito estudos, cursos e/ou boa preparação para servir nas pastorais da Igreja, nos grupos de oração e nas comunidades, tudo isso é importante e profundamente necessário! Escutem-me!... Quem serve ao Senhor Deus de Israel, na santa Igreja de Cristo Jesus, principalmente, aqueles que anunciam o Evangelho, sacerdotes ou leigos, têm que ser amigos íntimos do sagrado coração Jesus, em seu pequeno e frágil coração, para que, nas pregações da palavra, fale de Deus e do Evangelho tudo quanto antes falou com Deus na intimidade do coração, através da oração, do encontro, da meditação, da contemplação ao som da voz do silêncio que nos instrui, ensina e nos dirige no caminho da vontade do Senhor, guiando-nos com seus próprios olhos. (Sl 31,8)
Ora, no batismo, recebemos o Espírito Santo, para anunciar, como testemunhas do Senhor Jesus, o Evangelho até às extremidades da terra (At 1,8). Prestemos bem atenção a estas palavras do Senhor Jesus: “O Paráclito, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,26)
Amados irmãos, queridas irmãs e todos que vivem no amor de Cristo, a caridade do amor de Deus. Meditem comigo a parte final do último versículo acima citado: “e vos recordará tudo o que vos tenho dito”. Se nós meditamos a palavra de Deus e a guardamos no coração como doutrina e princípio de vida eterna na Igreja, nossa boca falará do que estiver cheio nosso coração (Lc 6,45b) Que significa isto? Que, quando você estiver pregando a palavra do Evangelho, porque seu coração transborda da doutrina, o Espírito Santo colocará em teus lábios tudo o que Jesus, outrora, falou, para que haja conversão, unção, curas, libertações, milagres e prodígios. Crês tu isto? (Jo 11,40) “Inclina o teu ouvido, e ouve as palavras dos sábios, e aplica o coração a minha doutrina, a qual terás por formosa, quando a guardares dentro do teu coração, e ela transbordará nos teus lábios” (Pr 22,17-18 = Vulgata)

João C. Porto

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> A Nova Geração

Refletindo bem alguns aspectos da história da Salvação, chegaremos, sem dúvidas, a muitas revelações importantes. Dentre elas, uma me veio fortemente ao coração: “a geração dos ressuscitados”. Não é verdade que a geração de nossos primeiros pais (Adão e Eva) terminou com a ressurreição de Cristo? Ora, quantos viveram no tempo da Antiga Aliança, no dia em que o Senhor Jesus ressuscitou dentre os mortos (Mt 27,51-53), muitos ressuscitaram com ele.
No tempo da plenitude (Gl 4,4-7), ocorreram, entre outros, estes três acontecimentos importantes:
a) O nascimento do Primogênito de Deus, que veio ao mundo para salvar o seu povo de seus pecados. (Mt 1,21)
b) No dia em que o Senhor Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos, na verdade, ressuscitou como primícia da nova geração; isto é, a geração dos ressuscitados, da qual todos os que são libertos em Cristo Jesus, a ela pertencem.
c) Também, no mesmo dia em que o Senhor Jesus Cristo ressuscitou, ressuscitaram com ele desde Adão até o encerramento da Antiga Aliança; mas, tão somente, os que morreram sob a justiça da lei, na fé e na esperança da redenção prometida por Deus, nosso Pai.
A nova geração, a qual todos pertencemos, é uma geração privilegiada; porque já não mais estamos sob o domínio do pecado, e sim sob a bênção da graça (Rm 6,14). Pois, pelo sacrifício da cruz e a ressurreição do Senhor Jesus Cristo, recebemos a salvação, o perdão e a reconciliação. E, também, pelo batismo, o Senhor, nosso Pai, deu-nos de volta, aos nossos corações, o Espírito Santo, que, outrora, havia sido suprimido do homem, em virtude do pecado (Gn 6,3). Assim, por toda a riqueza dessa graça, renovou-nos pela fé, a esperança e a caridade, a partir do Pentecostes da Santa Igreja (At 2,1-13), e, com ele, toda efusão da graça e a unção, todos os dons infusos e efusos, os carismas e virtudes de nosso exercício espiritual, como ascese de devoção sublime do amor que está largamente difundido em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. Além disso, revestiu-nos, interiormente, da caridade de Cristo, para que possamos viver de fé para fé (Rm 1,17), da esperança e do amor do Senhor Jesus, que desafia toda a ciência.
Creio que é por tudo isso que S. Paulo nos deu este canto de vitória: “Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente, está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro. Mas, em todas estas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou. Pois estou persuadido de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem o presente, nem o futuro, nem as potestades, nem as alturas, nem os abismos, nem outra qualquer criatura nos poderá apartar do amor que Deus nos testemunha em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8,35-39).
Ora, “tudo é possível ao que crê” e “tudo podemos naquele que nos fortalece” Crês tu, isto? Se creres verás a glória de Deus (Jo 11,40), pois quem crer no filho de Deus e for batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo será salvo. Quem não crer já está condenado, porque não crê no nome do Filho único de Deus. (Jo 3,17-18)

João C. Porto

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> A Segunda Eva

Pela primeira Eva o pecado entrou no mundo, “e por causa dela é que todos morremos” (Eclo 25,33 -Vulgata). Mas, pela Segunda Eva, Maria de Nazaré, Deus nos deu a salvação pela sua graça e o dom gratuito (Ef 2,8) e, consequentemente, a ressurreição e a vida eterna. (Lc 2,8-14)
“Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1,21).
Desse modo, todo o que deseja a salvação, invocará o nome do Senhor, para ser salvo. (Jl 3,5; Rm 10,13); como diz a Escritura: “Todo o que nele crê não será confundido”. (Is 28,16; Rm 10,11).
Ora, que nos diz o Senhor? “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscita-lo no último dia” (Jo 6,44). E Jesus ainda acrescenta: “Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim não o lançarei fora” (Jo 6,37)
“E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem possui o Filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (I Jo 5,11-12).
Observamos que, o que o demônio nos tirou através do pecado de nossos primeiros pais (Sb 2,24-25), o Senhor, nosso Deus, por seu amor bondoso, gratuito e misericordioso, devolveu-nos, abundantemente (Jo 10,10b), através da Segunda Eva, a Virgem Santíssima de Nazaré, por seu Filho Jesus, nossa salvação e ressurreição.
Em tudo isso, é-nos necessário, com muito cuidado e zelo, meditarmos as coisas santas de Deus, para que o Senhor nos traga ao coração a verdade revelada. Vejamos, pois, esta belíssima colocação de dom Luiz Martinez: “São dois os que santificam as almas; o Espírito Santo e a Virgem Maria; este, por essência, e aquela, por cooperação”. É assim: no Reino de Deus todos os seus filhos e filhas têm dons e ministérios, para que o Senhor, nosso Deus, pelo Filho e o Espírito Santo, seja aquele que opera tudo em todos. (I Cor 12,4-6)
O importante, como nos ensina S. Paulo, é que todos tenham o conhecimento da caridade de Cristo, que desafia toda a ciência, para que estejamos cheios de toda a plenitude de Deus. (Ef 3,19)
O que se pode deduzir a partir do pecado original é que perdemos a graça e, consequentemente, o Espírito de Deus já não mais habitava em nossos corações, visto que o homem, “todo ele é carne”; isto é, “pecado”. (Gn 6,3)
Diante disso, como seria possível, no tempo da plenitude, o Espírito Santo fecundar o ventre de uma pecadora? Entretanto, está escrito: “Toda és formosa, amiga minha, e em ti não há mácula” (Ct 4,7 - Vulgata). E de novo: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1,28). Ora, quem está cheia de graça, está cheia de graça!... Por isso é Imaculada e Santíssima! Não é a Virgem Maria (Is 7,14; Ez 44,2) a Mãe do próprio Deus (Lc 1,43)? A Mãe do Filho de Deus (Lc 1,35) e a Mãe do verdadeiro Deus e da vida eterna (I Jo 5,20b)? O que quereis que vos diga mais? Que compreendamos isto: A Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, através de S. Pedro e seus sucessores e até ao atual Bento XVI, nunca proclamou que a Imaculada e sempre Virgem Maria tenha gerado a “Fortaleza” de Deus; mas sim o “Deus Forte”, isto é, Jesus Cristo, nossa salvação, ressurreição e vida eterna.
Portanto, a Igreja nos ensina que há dois tipos de redenção: a redenção preservativa e a redenção liberativa. Assim, Maria de Nazaré, ainda, no ventre de sua mãe, passou pela redenção preservativa; entendo eu, pelo sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo (Jo 1,29). E todos nós, que fomos libertos em Cristo Jesus, o fomos, pela redenção liberativa (Jo 8,32.36). O que há de impossível para Deus? O anjo Gabriel disse a Maria: “A Deus nenhuma coisa é impossível” (Lc 1,37). Jesus disse também: “...a Deus tudo é possível” (Mc 10,27), e ao pai do jovem epiléptico: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23)
O que mais dizer? Maria, a mulher que cercou de cuidados um homem (Jr 31,22 – Vulgata, conforme S. Jerônimo), é a Mãe de Deus, Mãe de Jesus, Mãe da Igreja, é a própria Igreja, por isso, também, nossa Mãe, de cujo seio todos somos gerados do Espírito Santo e, dali, nascemos para a vida eterna, por Jesus e o Espírito Santo: pois, todos os que invocam o meu nome, diz o Senhor: “eu os criei, eu os formei e os fiz para minha glória. (Is 43,7 - Vulgata)”

João C. Porto

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> A alma

A alma e/ou do grego: “psykhe” é o ser vivente, de estrutura e forma consciente, que nasceu do interior do homem, a partir do momento em que o Todo-poderoso soprou sobre o barro modelado por suas mãos; isto é, a alma vivente, fruto da união do espírito com o corpo material, assim como está na Bíblia Sagrada: o Senhor Deus formou o homem do barro da terra, inspirou-lhe nas narinas seu sopro de vida e o homem tornou-se um ser vivente – alma vivente – (Gn2,7). “O espírito de Deus me criou, e o sopro do Todo-poderoso me deu a vida” (Jó 33,4). Como está escrito: “o primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente (Gn 2,7); o segundo Adão é espírito vivificante” (I Cor 15,45). Quando se diz “alma vivente”, quer dizer: tornou-se consciente pelo espírito que é – imagem viva e perfeita de Deus – e, por isso, dá vida ao corpo, também, instrumento da perfeição divina. O segundo Adão, Jesus Cristo, protótipo de toda a perfeição, é espírito vivificante, porque ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação (Cl 1,15), uma efusão da luz eterna, um espelho sem mácula da atividade de Deus, e uma imagem de sua bondade (Sb 7,26), que tudo criou por ele e para ele. Então, o Senhor Jesus, como espírito vivificante, é o segundo Adão, por quem Deus, nosso Pai, regenera, restaura e renova todas as coisas, vivificando-as, isto é, dando vida nova aos que, pelo pecado do homem, ainda, se encontram distantes; mas, que, mesmo assim, olhando para o topo do madeiro não vêem mais a serpente de bronze (Nm 21,8), e sim, o espírito e a alma vivificante de Cristo, que nos adquiriu ao preço do seu sangue (I Pd 1,18), e como pão vivo que desceu do céu (Jo 6,51), instaurou-se, novamente, em nossos corações, agora, como vida plena e eterna. (I Jo 5,11-12). A alma vivente, do grego: corpo psíquico, vida racional e consciente que brotou da união do céu com a terra.
Aqui, desejamos informar aos caríssimos leitores e benditos irmãos e irmãs em Cristo, afastamo-nos das definições dos filósofos, principalmente, dos gregos tradicionais, e bem assim da visão sobre a alma humana, conforme a “nefesh” hebraica. Tudo, pois, que escrevemos é fruto de meditação da verdade integral ensinada pelo Espírito Santo (Jo 16,13), da qual não podemos acrescentar nem suprimir coisa alguma (Dt 4,2).
Entretanto, como somos pequeno e temos consciência disso, diante de nosso Senhor Jesus Cristo, da Santa Igreja, dos amados irmãos e irmãs e, principalmente, de nossos bondosos sacerdotes: corrijam-nos, no que for necessário, mas com caridade e moderação, porque o que escrevemos, humildemente lhes dizemos, vem do coração, da fonte íntima de Deus Conosco, que é templo de Deus (I Cor 3,16) e templo vivo do Espírito Santo (I Cor 6,19-20). Por isso, não queremos falar da alma do homem e da mulher, simplesmente, concordando por concordar com tudo que lemos e meditamos; mas, sobretudo, com as palavras que nos são revelas ao coração. (Jo 14,15-16.26; I Cor 2,12-13; Lc 12,12) Por isso, misericórdia!...
Assim, posto, podemos meditar sobre o espírito que somos – perfeita imagem viva de Deus sobre a terra – e no corpo que temos, o móbil de nossa existência sobre este mundo. Ora, o espírito é inteligente, possui vontade própria, memória, imaginação e afetividade constante, e isso tudo se manifesta como fruto da união de nosso espírito com nosso corpo.
O espírito, que forma a unidade com o corpo e o personaliza cada vez mais forte como “alma vivente”, é na terra o homem perfeito, formador de nosso coração, isto é, de nossa razão e/ou consciência plena, conforme o livre arbítrio, a dimensão da graça de Deus, no mundo em que vivemos. Quer dizer: Deus nos criou com condições cerebrais para que o espírito possa interagir através de tudo que somos, criando a vida psíquica; isto é, a alma vivente, ou seja, o estado plenamente consciente, a razão e/ou a personalidade, caráter, com qualidades sentimentais e emocionais, perfeitamente capacitado pelo Criador a interagir e mover-se através do meio sensível da matéria onde mora e vive, a fim de que o homem possa crescer e se multiplicar sobre a face da terra (At 17,25-28) E quando alguém nasce com o cérebro atrofiado? Não terá condições para desenvolver uma alma perfeitamente normal.
Então, conclui-se que o homem, na sua estrutura trina – espírito, alma e corpo (Hb 4,12; I Ts 5,23) – é um misto, do céu e da terra, criado por Deus – sua imagem viva e perfeita – que tem por obediência de fé e carisma edificar, sob a égide divina, o Reino de Deus sobre a terra; a fim de que seu Filho, Jesus Cristo, venha reinar sobre seu povo; pois, tudo foi criado por ele e para ele (Cl 1,16), pelo que aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude (Cl 1,19), para que seja restabelecida a paz sobre todas as coisas que há na terra e no céu.
Assim, portanto, o espírito é celeste, o corpo do homem é terreno e a alma é a semelhança da santidade de Deus; sem a qual não poderemos retornar ao seio do Pai, de onde viemos e para onde, indubitavelmente, retornaremos.
Ora, sem a alma santa, segundo a semelhança da santidade divina, jamais retornaremos a Deus. (Ap 7,14). Desse modo, o Senhor Jesus veio a este mundo para salvar o seu povo de seus pecados (Mt 1,21), consequentemente nos libertar da alma pecadora. (Rm 8,13). Resumindo, podemos dizer que Deus criou o homem à sua imagem (espírito) e semelhança (alma de santidade). Ora, pelo pecado original, o que o homem perdeu, em primeiro lugar? A alma santa ou, então, a santidade da alma.
O Senhor Jesus veio ao mundo para reinar sobre o que é seu, sobre tudo o que o Pai criou para o Reino de seu Filho amado. Ele sacrificou-se na cruz por amor do seu amor de fidelidade ao Pai, perdoando-nos os pecados e reconciliando-nos com Deus. Qual o objetivo desse amor bondoso, gratuito e misericordioso? “Anunciar a boa nova aos pobres, sarar os contritos de coração, anunciar aos cativos a redenção, restaurar aos cegos a vista, por em liberdade os cativos e publicar o ano da graça do Senhor” (Lc 4,18-19). Como vemos, no Reino do Filho de Deus, não haverá lugar para quem não tenha as vestes (a alma) lavadas, alvejadas e embranquecidas no sangue do Cordeiro (Ap 7,14), isto é, sem a santidade da alma.

João C. Porto

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> O Conhecimento de Deus

O estudo das Escrituras objetiva conduzir os filhos e filhas de Deus ao conhecimento da verdade integral, que liberta (Jo 8,32) e da perfeita vontade do Senhor (Rm 12,2), inspirando-os ao que é útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça, a fim de que todo o homem de Deus seja perfeito e apto para toda boa obra. (II Tm 3,16-17)
Assim, para este mister, é-nos necessário que o busquemos de todo o coração:

“Então procurarás o Senhor, teu Deus, e o encontrarás, contanto que o busques de todo o teu coração e de toda a tua alma” (Dt 4,29).

“Procurar-me-eis e me haveis de encontrar, porque de todo o coração me fostes buscar” (Jr 29,13)

Sabemos que o Senhor Jesus nos diz que somente ele revela o Pai a quem ele quiser revelar (Mt 11,27b). Por outro lado, S. Paulo nos ensina que ninguém conhece as coisas de Deus senão o Espírito de Deus. (I Cor 2,11b)
Nisto fica claro que, mesmo através das Escrituras e das obras criadas (Rm 1,20), Jesus Cristo e o Espírito Santo são a luz e poder de revelação do conhecimento de tudo quanto o Senhor, nosso Deus, quer que conheçamos em sua plena vontade. (Rm 12,2)
Vejamos, pois, quais são as vias fundamentais do conhecimento de Deus:

a) As Sagradas Escrituras:

“Toda a Escritura divinamente inspirada por Deus é útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça, a fim de que todo homem seja perfeito e apto para toda obra boa” (II Tm 3,16-17)

“Tudo o que foi escrito, para nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e consolação que nos dão as Escrituras, tenhamos esperança” (Rm 15,4).

“Jesus, respondendo, disse-lhes: Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus” (Mt 22,29)

b) O Magistério da Igreja:

“Se não os ouvir, dize-o a Igreja, se não ouvir a Igreja, considera-o como um gentio e um publicano” (Mt 18,17-18)

c) A Sagrada Tradição:

“Permanecei, pois, constantes, irmãos, e conservai as tradições, que aprendestes, ou por nossas palavras ou por nossa carta. O mesmo nosso Senhor Jesus Cristo, e Deus e Pai nosso, o qual nos amou e nos deu uma consolação eterna e uma boa esperança pela graça, console os vossos corações e os confirme em toda a boa obra e palavra” (II Ts 2,14-16)

“Nós vos exortamos, irmãos, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo o irmão que viver desordenadamente e não segundo a doutrina que foi recebida de nós” (II Ts 3,6).

“Guarda o bom depósito por meio do Espírito Santo, que habita em nós” (II Tm 1,14).”e o que ouvistes de mim diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir também a outros”(II Tm 2,2)

Entretanto, podemos confirmar ainda de outra forma:

a) A obra da criação de Deus:

“e dizendo: Ó homens, que ides vós fazer? Nós também somos mortais, homens como vós, que vos pregamos que vos convertais destas coisas vãs ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e tudo o que há neles;” (At 14,15)

“porque o que se pode conhecer de Deus é-lhes manifesto, pois Deus lho manifestou. De fato as coisas invisíveis dele, depois da criação do mundo, compreendendo-se pelas coisas feitas, tornaram-se visíveis, e assim o seu poder eterno e a sua divindade, de modo que são inescusáveis” (Rm 1,19-20),

“para que busquem a Deus e o encontrem como que às apalpadelas, embora ele não esteja longe de cada um de nós (Is 55,6), porque nele vivemos, nos movemos e existimos, como até o disseram alguns dos vossos poetas: somos verdadeiramente da sua linhagem (Sb 13,1-9)” (At 17,27-28).

b) A capacidade sobrenatural dada ao homem (II Cor 3,5), a qual o induz, pela moção de suas faculdades naturais, ao conhecimento de Deus, em face a revelação da fé e o testemunho de sua experiência pessoal com o Criador (Gn 3,8):

“O homem não pode receber coisa alguma, se lhe não for dada do céu (Jo 3,27; Tg 1,17).

c) Os ensinamentos divinos transmitidos aos fiéis, pela Santa Igreja de Cristo que, para este contexto, recebeu do Senhor Jesus Cristo poderes especiais:

“Eu te darei as chaves do Reino dos céus: tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19).

“Se recusa ouvi-los, dize-o à Igreja. E se recusar ouvir também a Igreja, seja ele para ti como um pagão e um publicano. Em verdade vos digo: tudo o que ligares sobre a terra será ligado no céu, e tudo o que desligares sobre a terra será também desligado no céu” (Mt 18,17-18).

“... soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”” (Jo 20,22-23).

d) As Escrituras Sagradas como fonte de sabedoria inspirada por Deus aos homens de boa vontade. (Lc 2,14)

“Toda a Escritura divinamente inspirada por Deus, é útil para ensinar, para repreender, para corrigir e para formar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, apto para toda a obra boa” (II Tm 3,16-17).

Devemos falar de Deus aos irmãos e irmãs em Cristo, a partir de suas perfeições, as quais são atributos metafísicos que correspondem à essência divina.

Unidade

“Tu foste testemunha de tudo isso para que reconheças que o Senhor é Deus, e que não há outro fora dele. Fez-te ouvir a sua voz do céu para tua instrução, e na terra mostrou-te o seu grande fogo, e o ouviste falar do meio das chamas. Porque amou teus pais, e elegeu a sua posteridade depois deles, tirou-te do Egito com a força de seu poder, despojando em teu favor povos mais numerosos e mais robustos do que tu, para introduzir-te em sua terras e dá-las a ti em herança, como estás vendo hoje. Sabe, pois, agora, e grava em teu coração que o Senhor é Deus, e que não há outro em cima no céu, nem em baixo na terra” (Dt 4,35-39)

Simplicidade

“Vinde e vede um homem que me contou tudo o que eu tenho feito. Não seria, porventura, o Cristo?” (Jo 4,29).

“Do meio do fogo o Senhor falou. Ouvistes o som de suas palavras, mas não víeis no entanto nenhuma forma, somente uma voz”(Dt 4,12).

“O egípcio é homem e não deus, seus cavalos são carne e não espírito. Quando o Senhor estender a mão, o protetor cambaleará e o protegido cairá. E eles perecerão conjuntamente” (Is 31,3).

Ubiquidade

“Com efeito, o Espírito do Senhor enche o universo. E ele, que tem unidas todas as coisas, ouve toda voz” (Sb 1,7).

“Poderá um homem se ocultar de tal modo que eu não o veja? – oráculo do Senhor. Porventura não enche minha presença o céu e a terra? – oráculo do Senhor” (Jr 23,24).

Eternidade
“Abraão plantou um tamariz em Bersabéia e invocou ali o nome do Senhor, Deus da eternidade” (Gn 21,33)

“O Senhor reinará eternamente, e além da eternidade” (Ex. 15,18 – Vulgata)

“Levanto para o céu a minha mão e digo: tão certo como eu vivo eternamente”, ... (Dt 32,40).

Imutabilidade

“Deus não é homem para mentir, nem alguém para se arrepender. Alguma vez prometeu sem cumprir? Por acaso falou e não executou?” (Nm 23,19).

“Porque eu sou o Senhor e não mudo” (Ml 3,6a)

“Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade” (Tg 1,17)

O fato de sermos a obra-prima das mãos do Criador, sobretudo, objetos de sua predileção, sua imagem viva sobre a terra, quer como templo onde Deus habita (Is 45,15; I Cor 3,16) e/ou templo do Espírito Santo (I Cor 6,19-20), já o somos como que predestinados, extrínseco e intrinsecamente, a adquirirmos o conhecimento de Deus. É como se a gente pudesse dizer: é impossível que não o encontremos!...
Através das criaturas, porque, apesar de nossas limitações, Deus formou-nos seu povo (Sl 99,3) e história da salvação, para qual Ele mesmo se fez homem, revestindo-se de sua própria imagem e semelhança, para dialogar conosco face a face e ensinar-nos segundo seu Espírito, todas as coisas de tudo quanto nos foi dado.. (Jo 14,26; I Cor 2,12-13).
“Pois é a partir da grandeza e da beleza das criaturas que, por analogia, se conhece seu autor” (Sb 13,5).

Das Escrituras, porque elas falam de Deus, das coisas criadas, do pecado, das promessas e da salvação em seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. (Jo 6,29)
Da tradição escrita e oral (testemunhos) e do Magistério da Igreja, que muito nos ensinam e exortam a que alcancemos a plenitude do conhecimento do amor de Cristo Jesus (Ef 3,19) e, assim, estejamos capacitados por Deus ao exercício pleno da vida, na Igreja e no mundo. (II Cor 3,5)
Assim, é necessário que aquele que fala de Deus, tenha antes falado com Deus, para que possa falar com uma consciência nova, fruto da sabedoria divina. E, além disso, esteja firme na fé, na esperança viva e na caridade do amor do Pai e do Filho. É assim que estaremos revestidos do conhecimento de Deus, em o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
É sumamente importante que, aqueles que falam em nome de Deus, estejam revestido da amizade e da intimidade que vivem num só espírito com o Senhor Jesus Cristo. (I Cor 6,17).

“Todos vós sois filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo (Gl 3,26), pois, todos os que foram batizados em Cristo, estão revestidos de Cristo. (Gl 3,27)

Finalmente, é-nos necessário ainda, que, ao falarmos de Deus e de sua palavra de vida, sejamos corajosos, vibrantes e destemidos, anunciando a palavra como nos ensina S. Paulo: “prega a palavra, insiste a tempo e fora de tempo, repreende, suplica, admoesta com toda a paciência e doutrina”. (II Tm 4,2).

João C. Porto

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> Sem mim nada podeis fazer

È necessário que, pela fé em Jesus Cristo, todo(a) aquele(a) que se aproxima de Deus, nosso Pai ( Hb 12,22-24 ), saiba o quanto é importante deixar-se conduzir pela direção amorosa do Espírito Santo (Rm 8,14.16).
Os israelitas (hebreus), depois da libertação da escravidão do Egito, no deserto, caminhavam de dia sob uma coluna de nuvens que os guiava e, durante a noite, sob a luz de uma coluna de fogo (Ex 13,21); de sorte que eles podiam caminhar de dia e de noite e, só paravam para repousar, quando referidas colunas fixavam-se, por algum tempo, em algum lugar.
Vejamos!... S. Paulo nos diz: “Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus, são filhos de Deus.” (Rm 8,14. Ora, o que nos ensina o Senhor Jesus? “Se permanecerdes nas minhas palavras sereis meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8,31-32) Quando o Senhor Jesus nos liberta, somos verdadeiramente livres! (Jo 8,36) Por isso, é Jesus quem, pela graça do Espírito Santo, nos instrui, ensina e nos guia com seus próprios olhos. (Sl 31,8)
O Senhor nos diz que Deus faz nascer o sol tanto sobre os maus como sobre os bons, e faz chover sobre os justos e os injustos. (Mt 5,45b). Assim, conclui-se com segurança de corações que estão ligados no Senhor: “Se o Senhor está com nós, quem será contra nós? (Rm 8,31) O Senhor é nossa luz e a nossa salvação, a quem temeremos? (Sl 26,1) “Quem nos separará do amor de Cristo?” (Rm 8,35). Na verdade, estamos sempre alegres no Senhor (Fl 4,4) e tudo podemos nele, que nos fortalece (Fl 4,13), pois temos desfrutado constantemente da proteção de seus santos anjos, os quais acampam em torno de Seus filhos e filhas, para guarda-los e salva-los de todas as tribulações. (Sl 33,8)
Desse modo, nossa proteção está no Senhor que fez o céu e a terra. E você, irmão(a), já pensou em ter seus passos dirigidos pelo Senhor (Pr 16,9)? Gostaria de conversar conosco sobre o ser ordenado e dirigido pelo Espírito Santo? Pense!...

João C. Porto