segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> A Segunda Eva

Pela primeira Eva o pecado entrou no mundo, “e por causa dela é que todos morremos” (Eclo 25,33 -Vulgata). Mas, pela Segunda Eva, Maria de Nazaré, Deus nos deu a salvação pela sua graça e o dom gratuito (Ef 2,8) e, consequentemente, a ressurreição e a vida eterna. (Lc 2,8-14)
“Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1,21).
Desse modo, todo o que deseja a salvação, invocará o nome do Senhor, para ser salvo. (Jl 3,5; Rm 10,13); como diz a Escritura: “Todo o que nele crê não será confundido”. (Is 28,16; Rm 10,11).
Ora, que nos diz o Senhor? “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu hei de ressuscita-lo no último dia” (Jo 6,44). E Jesus ainda acrescenta: “Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim não o lançarei fora” (Jo 6,37)
“E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem possui o Filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (I Jo 5,11-12).
Observamos que, o que o demônio nos tirou através do pecado de nossos primeiros pais (Sb 2,24-25), o Senhor, nosso Deus, por seu amor bondoso, gratuito e misericordioso, devolveu-nos, abundantemente (Jo 10,10b), através da Segunda Eva, a Virgem Santíssima de Nazaré, por seu Filho Jesus, nossa salvação e ressurreição.
Em tudo isso, é-nos necessário, com muito cuidado e zelo, meditarmos as coisas santas de Deus, para que o Senhor nos traga ao coração a verdade revelada. Vejamos, pois, esta belíssima colocação de dom Luiz Martinez: “São dois os que santificam as almas; o Espírito Santo e a Virgem Maria; este, por essência, e aquela, por cooperação”. É assim: no Reino de Deus todos os seus filhos e filhas têm dons e ministérios, para que o Senhor, nosso Deus, pelo Filho e o Espírito Santo, seja aquele que opera tudo em todos. (I Cor 12,4-6)
O importante, como nos ensina S. Paulo, é que todos tenham o conhecimento da caridade de Cristo, que desafia toda a ciência, para que estejamos cheios de toda a plenitude de Deus. (Ef 3,19)
O que se pode deduzir a partir do pecado original é que perdemos a graça e, consequentemente, o Espírito de Deus já não mais habitava em nossos corações, visto que o homem, “todo ele é carne”; isto é, “pecado”. (Gn 6,3)
Diante disso, como seria possível, no tempo da plenitude, o Espírito Santo fecundar o ventre de uma pecadora? Entretanto, está escrito: “Toda és formosa, amiga minha, e em ti não há mácula” (Ct 4,7 - Vulgata). E de novo: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo” (Lc 1,28). Ora, quem está cheia de graça, está cheia de graça!... Por isso é Imaculada e Santíssima! Não é a Virgem Maria (Is 7,14; Ez 44,2) a Mãe do próprio Deus (Lc 1,43)? A Mãe do Filho de Deus (Lc 1,35) e a Mãe do verdadeiro Deus e da vida eterna (I Jo 5,20b)? O que quereis que vos diga mais? Que compreendamos isto: A Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, através de S. Pedro e seus sucessores e até ao atual Bento XVI, nunca proclamou que a Imaculada e sempre Virgem Maria tenha gerado a “Fortaleza” de Deus; mas sim o “Deus Forte”, isto é, Jesus Cristo, nossa salvação, ressurreição e vida eterna.
Portanto, a Igreja nos ensina que há dois tipos de redenção: a redenção preservativa e a redenção liberativa. Assim, Maria de Nazaré, ainda, no ventre de sua mãe, passou pela redenção preservativa; entendo eu, pelo sangue do Cordeiro que tira o pecado do mundo (Jo 1,29). E todos nós, que fomos libertos em Cristo Jesus, o fomos, pela redenção liberativa (Jo 8,32.36). O que há de impossível para Deus? O anjo Gabriel disse a Maria: “A Deus nenhuma coisa é impossível” (Lc 1,37). Jesus disse também: “...a Deus tudo é possível” (Mc 10,27), e ao pai do jovem epiléptico: “Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23)
O que mais dizer? Maria, a mulher que cercou de cuidados um homem (Jr 31,22 – Vulgata, conforme S. Jerônimo), é a Mãe de Deus, Mãe de Jesus, Mãe da Igreja, é a própria Igreja, por isso, também, nossa Mãe, de cujo seio todos somos gerados do Espírito Santo e, dali, nascemos para a vida eterna, por Jesus e o Espírito Santo: pois, todos os que invocam o meu nome, diz o Senhor: “eu os criei, eu os formei e os fiz para minha glória. (Is 43,7 - Vulgata)”

João C. Porto

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