Dom da Piedade
Nos capítulos
anteriores expliquei como o Espírito Santo influi de maneira definitiva na
ordenação e disposição de tudo o que se refere à parte interior da nossa alma.
Por meio do Dom do Temor de Deus modera as inclinações da nossa sensibilidade,
ordena, por assim dizer, nossas faculdades interiores para que nunca possamos
afastar-nos de Deus fascinados pelas criaturas; e pelo Dom da Fortaleza, toca
outro aspecto da nossa sensibilidade, comunicando às nossas almas m vigor, um
alento, um firmeza sobre-humanas, para que possamos levar avante todos os
empreendimentos e evitar todos os perigos, para a glória de Deus.
Mas a vida espiritual
não é para que nos encerremos em nosso castelo interior; toda a vida exige relações com os demais, e de maneira
singularíssima a vida espiritual. Nela temos deveres a cumprir com Deus e com
nossos semelhantes; não podemos viver num relacionamento egoísta. Acaso a
caridade não é o resumo do espírito cristão; e a caridade não exige que
tenhamos comunicações com Deus e com nosso próximo?
E não somente a
caridade, mas também a justiça e as outras virtudes exigem que mantenhamos
relações cristãs e santas com os demais. Quantas vezes encontramos defeitos e
deficiências no trato com os nossos irmãos! É tão difícil ser ao mesmo tempo
justos e afáveis, e manter a delicadeza no trato com o nosso próximo!
Para ordenar e dispor
nossas relações com os demais há um grupo de virtudes que têm como centro a
virtude cardeal da Justiça; para aqueles com os quais temos uma dívida
rigorosa, é a justiça; para Deus, a religião; para nossos pais, para a nossa
família e para a Pátria, a Piedade;
para os nossos benfeitores, a gratidão
etc. É um conjunto de virtudes que tem cada uma delas, seu objeto e sua
função própria, e todas juntas ordenam e dispõem as nossas relações com Deus e
com os nossos semelhantes.
Mas é claro que no
terreno próprio de cada virtude o Espírito Santo pode influir por meio de um
dom, e que enquanto as virtudes têm sempre – como já repetimos muitas vezes – o
selo humano, o selo da miséria e da imperfeição, o Espírito Santo, por meio de
seus Dons eleva e comunica um modo divino às nossas relações com os demais.
Para expor em poucas
palavras o que é o Dom da Piedade, direi que unifica de maneira admirável, um
princípio altíssimo, todas as relações que temos com os demais e as guia,
tornando-as mais profundas e perfeitas,
Primeiramente as
unifica. Devemos notar que, enquanto no terreno das virtudes há uma multidão
delas que regem as nossas relações, no mundo dos Dons, o Dom da Piedade, que
tem como finalidade ordenar todas as nossas relações com os demais; porque nas
alturas se unifica o que embaixo é múltiplo.
O apóstolo são Paulo exprime
com estas palavras este princípio altíssimo que serve de norma às relações:
“Recebestes o espírito de adoção filial, pelo qual bradamos: ‘Abá, ó Pai’” (Rm
8,15). Falando do Espírito Santo, diz que é o Espírito de adoção que vive em
nossas almas, o Espírito de adoção pelo qual clamamos a Deus, chamando-o Pai.
Por ser Deus nosso
Pai, temos com ele estreitíssimas e santas relações filiais, e deste Espírito
de adoção que nos faz olhar a Deus como nosso Pai depreende-se a ordem e a
união que o Dom da Piedade estabelece em nossas relações com Deus e com os
nossos semelhantes.
Vou esforçar-me por
explicar esta doutrina. A justiça e as virtudes morais levam em conta, para
regular nossas relações com os outros, o que devido a cada uma delas; existem
dívidas estritas, poderíamos dizer matemáticas; mas há também dívidas nas quais
a igualdade é impossível.
Como é que vamos pagar
a Deus com nosso amor os benefícios que recebemos dele? “Que retribuirei ao
Senhor por todos os benefícios que dele recebi?” (Sl 115,12). Mesmo que lhe
entregássemos nossa própria vida, nunca, nunca, chegaríamos a pagar o que dele
recebemos. Dele tudo recebemos, e mesmo que lhe devolvêssemos tudo, sempre
ficaríamos com uma dívida não saldada. Para pagar esta dívida na medida de
nossa pequenez existe a virtude da religião.
A virtude da piedade
exige que paguemos aos nossos pais os benefícios que recebemos deles, benefícios
que também nunca podemos pagar completamente. Se eles nos deram a vida, como
poderíamos corresponder de maneira digna ao benefício recebido?
Como a justiça, a
religião e a piedade, há outras virtudes do mesmo grupo que regulam nossas
relações com os outros e que têm uma norma adequada à matéria própria de cada
um.
Mas o Dom da Piedade
não tem como norma a dívida, o benefício. O Dom da Piedade vê em Deus o Pai.
A virtude da religião
leva-nos a agradecer a Deus os benefícios recebidos e a dar-lhe uma honra e um
culto por ser ele o Soberano do nosso ser; de Deus recebemos benefícios sem
conta na ordem natural e na ordem sobrenatural, e estes benefícios fazem-no
nosso Soberano, cabendo a nós o papel de subordinados; a Religião nos impele a
corresponder aos benefícios de Deus e a cumprir os deveres que temos com ele
como Soberano, por meio de todos os atos de culto.
Mas o Dom da Piedade
não pensa no que se deve a Deus, não mede a honra que corresponde a Deus pelos
benefícios que recebemos de suas mãos. O Dom da Piedade inspira-se neste
Espírito de adoção no qual clamamos a Deus, como a nosso Pai. Ele é Pai, é
nosso Pai, e nós devemos sentir em nossos corações carinho filial; É próprio
dos filhos honrar seus pais. O Dom da Piedade, ou o Espírito Santo por meio do
Dom da Piedade, desenvolve em nossos corações esse afeto filial a Deus, e assim
por sermos filhos, ocupamo-nos da honra e da glória do nosso Pai.
Compreendemos a
distinção que existe entre a virtude da Religião e o Dom da Piedade? A virtude
da Religião vê Deus como soberano, e o Dom da Piedade o vê como Pai. A virtude
da religião leva em consideração os benefícios recebidos, ao passo que o Dom da
Piedade não se fixa nos benefícios, mas leva a alma a dizer: és meu Pai, e como
meu Pai, devo levar em conta sua honra, sua glória e sua grandeza.
Na Escritura há certas
fórmulas desinteressadas, filiais que exprimem os sentimentos próprios de uma
alma que está sob o regime do Dom da Piedade: “Graças te damos, Senhor, Deus
onipotente, a ti, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e
começaste a reinar” (Ap 11,17). Nesta passagem não se agradece os dons que nos
concedeu, porque nos introduziu no seu Reino, porque nos criou; mas se agradece
a potência da sua virtude, a glória do seu triunfo.
E todos os dias, na
santa Missa, a Igreja exprime estes mesmos sentimentos no hino angélico. Acaso
não notamos esta frase sublime: “Damos-te graças, Senhor, por tua grande
glória”? Será que compreendemos a expressão? Não damos graças a Deus porque nos
deu os seus dons ou porque nos criou; damos-lhe graças porque é grande, porque
é glorioso; damos-lhe graças por sua glória.
É próprio de um filho
olhar para honra e a glória de seu pai, sem levar em consideração os benefícios
que ele possa receber, nem o que ele possa receber dessa glória. Se o ama de
fata como um filho bem nascido, olha com interesse e com satisfação imensa a
honra e a glória de seu pai.
Este é o Dom da
Piedade, um Dom que nos leva a honrar a Deus e a honrá-lo não por aquilo que
nos dá, não por aquilo que recebemos de sua mão munificente, não por aquilo que
esperamos receber; mas por ele, porque é nosso Pai, porque nos extasiamos
diante de sua grandeza e de sua glória. Não é este um sentimento delicado e
sublime?
E o Dom da Piedade
distingue-se claramente da virtude da claridade, porque a virtude da claridade
tem por objeto a Deus; por meio da caridade, sem dúvida, por essa filiação
adotiva que o Espírito Santo nos faz sentir em nossa alma tem por raiz a Caridade.
Mas, enquanto a Caridade
nos faz amar a Deus em si mesmo, o Dom da Piedade nos faz velar por sua honra,
oferece-lhe tudo o que podemos, tudo o que está ao nosso alcance, para que seja
mais honrado, para que lhe seja dada mais glória.
Quando santo Inácio de
Loyola tomou como lema estas palavras: “Para
a maior glória de Deus”, sem dúvida era inspirado pelo Dom da Piedade.
Este Dom não só nos
leva a cumprir todos os deveres que temos para com Deus, de maneira delicada,
atenta, filial; mais que isso, como consequência lógica deste espírito de adoção
que o Espírito Santo infunde em nossa alma, sentimos um interesse singular, um
interesse carinhoso por todos os nossos irmãos.
Da mesma forma que a
piedade na ordem natural e na ordem das virtudes se refere principalmente aos
nossos pais, mas como consequência lógica desta relação nos leva também a
cumprir os nossos deveres com todos os consanguíneos, com todos que forma nossa
família, e ampliando ainda mais, nos leva a amar nossa Pátria, porque nos
sentimos intimamente ligados com os nossos concidadãos, formando com eles um só
corpo moral e espiritual, assim, a partir do momento em que nós, pela efusão do
Espírito Santo, sentimos que Deus é nosso Pai, temos que sentir a fraternidade
com todos os homens.
Porque todos os homens
são nossos irmãos, se Deus é nosso Pai; porque essa glória e grandeza de Deus, da
qual nos sentimos enamorados pelo Dom da Piedade, nos leva logicamente a honrar
todo aquele que participa da grandeza e da glória de Deus. Todo cristão e todo
homem que não está condenado possui uma participação dessa grandeza divina, ou
pelo menos está destinado a possuí-la.
Por conseguinte, o Dom
da Piedade nos leva a ver em todos os homens irmãos nossos, faz-nos sentir a
fraternidade dos filhos de Deus.
Não recordamos que
quando Francisco de Assis ainda não tinha encontrado seu verdadeiro caminho,
quando, conforme às tendências de sua época, sonhava com a glória de um
cavaleiro andante e pensava realizar algum empreendimento gigantesco, certo
dia, ao aproximasse dele um leproso teve um movimento sobrenatural em sua alma
e o abraçou, naqueles momentos recebeu uma revelação da fraternidade universal?
Então compreendeu e sentiu que todos os homens somos irmãos. Foi um efeito
maravilhoso do Dom da Piedade.
E assim por este Dom
altíssimo, vemos em Deus nosso Pai, e nos outros, nossos irmãos, e então
cumprimos os deveres que temos com eles, não na medida de uma justiça estrita,
mas com a verdade de um afeto imenso que trazemos na alma.
Acaso um filho, para
honrar seus pais, se põe a considerar até onde deve ir com sua generosidade?
Acaso quando as pessoas têm o espírito de família e quando os irmãos se ama
entre si, andam medindo o que cada um pode fazer pelos outros? Com razão disse
santo Tomás: “O amor não tem medida; a medida do amor é não tê-la”. E quando
não é o dever, mas o amor que inspira os nossos atos, rompemos todos os moldes,
suprimimos todas as medidas e derramamos o nosso coração de maneira ampla e
generosa.
Assim é o Dom da
Piedade. Pelo Dom da Piedade, a alma se entrega a Deus e se entrega aos demais sem
reservas, com toda a generosidade, com toda a amplidão de um amor sobrenatural
e divino.
Para que acabemos de
compreender o que é o Dom da Piedade, quero assinalar alguns dos principais
efeitos que produz em nossas almas, quando este Dom alcançou seu perfeito
desenvolvimento.
No que se refere a
Deus, o Dom da Piedade nos inspira sentimentos de confiança e nos move a
entregar-nos a ele. Um filho tem confiança em seu pai, um filho entrega seu
coração ao seu pai; assim a alma, sob o influxo do Dom da Piedade, tem em Deus
uma confiança imensa e se entrega a ele de maneira total.
Estamos lembrados do
maravilhoso caminho descoberto por santa Teresa do Menino Jesus, nos tempos
modernos? Digo descoberto, no sentido em que pode haver descobrimento nas coisas
espirituais. Faz mais de 19 séculos que está escrito no Evangelho esta frase
sublime: “Se não vos fizerdes como crianças não entrareis no Reino de Deus”.
(Mt 18,3; Mc 10,14-15). Era o caminho da santa Infância Espiritual, mas ninguém
tinha compreendido, exposto e praticado a doutrina do Evangelho contida nesta
frase, como Teresa de Lisieux.
Não há dúvida de que
para formar sua fisionomia dulcíssima e heroica contribuíram muitas virtudes e
muitos dons, mas neste caminho da Santa Infância é muito evidente o Dom da
Piedade. Fazer-se como uma criança, não é sentir propriamente nossa filiação
divina?
Dizia a Santa que,
sendo moderna, queria que também na ordem espiritual houvesse grandes
descobertas, como existe no material; que queria subir a Deus e chegar à
perfeição num elevador; se tivesse vivido alguns anos mais teriam dito que num
avião; mas em seu tempo só havia elevadores.
E este elevador
espiritual eram os braços de Jesus. Sentia-se como uma menina nos braços de seu
Pai. E quantas vezes repetiu esta comparação! Não disse, quando a puseram como
auxiliar do Noviciado, que se penduraria no pescoço de Jesus como uma criança
se pendura no pescoço do seu Pai?
A confiança ilimitada
de Teresa de Lisieux em Deus era confiança filial; aquela doação total pela qual
punha nas mãos de Deus tudo o que tinha, tudo o que era, era consequência do
Dom da Piedade.
E nos altos graus
deste Dom, o Espírito Santo infunde nas almas que o possuem o desejo de unir-se
a Jesus Cristo vítima para expiar os pecados do mundo e para cooperar na glória
de Deus.
No fundo é um
ensinamento cristão que todo o que comunga, não digamos os sacerdotes que
oferecemos ministerialmente o sacrifício do Altar, mas o simples cristão que
comunga, participa do sacrifício de Jesus Cristo. E participando deste
sacrifício, todos devemos ter em nossos corações os mesmos sentimentos que o
coração de Jesus. Portanto, quando comungamos, devemos sentir o anelo que sente
o Coração de Jesus por glorificar o Pai e por expiar os pecados do mundo.
As almas que vivem sob
o regime do Dom da Piedade, nos altos graus deste Dom, experimentam de maneira
divina, profunda, eficacíssima, os mesmos sentimentos que Jesus teve em seu
coração ao oferecer o sacrifício do Calvário e o sacrifício do Cenáculo, e
desejam unir seus próprios sofrimentos aos sofrimentos de Jesus, oferece-los
com eles e trazer em seu coração um eco daquele anelo imenso e divino que Jesus
teve em sua alma quando se ofereceu como vítima pelos pecados do mundo.
E quanto aos atos que
são próprios deste Dom, no que se refere às criaturas, no primeiro grau do Dom,
a alma se comunica generosamente com os demais.
No segundo grau, já
não é a generosidade que dá o supérfluo, mas que dá até o necessário. Não
recordamos uma frase do apóstolo são Paulo, frase estranha, frase audaz: “Desejaria
ser anátema por meus irmãos?”
O Apóstolo chegava a
sentir o desejo de perder os dons divinos para dá-los aos demais; generosidade
estranha, generosidade sem limites que procedo do Don da Piedade!
O último grau deste
dom, particularmente aquelas almas que se dedicam à vida apostólica, consiste em
entregar-se sem reserva, em dar tudo e em dar-se a si mesmas pelos outros.
O apóstolo são Paulo
experimentou maravilhosamente este efeito do Dom da Piedade quando disse:
“Quanto a mim, da maior boa vontade prodigalizarei o que é meu, antes,
prodigalizar-me-ei inteiramente a mim mesmo pelas vossas almas” (II Cor 12,15).
Tenho a impressão de
que cada um dos Dons que exponho, embora o faça com brevidade e indique apenas
alguns traços do Dom, apesar de minha pobre palavra não poder exprimir nem toda
a sua formosura nem toda a sua grandeza, tenho a impressão de que cada um dos
Dons que exponho, significa novos horizontes que abro às almas, fazendo com que
se deem conta de um mundo desconhecido e misterioso, mas belíssimo, santo e
divino.
Assim é na verdade,
quanto mais se sobe no conhecimento das coisas divinas, maior assombro se
produz em nossa alma. No mundo
sobrenatural existem coisas de que apenas suspeitamos, e quando conseguimos
vislumbrá-las, sentimos que nos elevamos um pouco da terra e que nossos olhos
atônitos conseguem entrevar na excelsitude dos cumes a grandeza de Deus.
Bastaria este efeito
para justificar que trate de coisas tão altas. Na realidade são verdades
altíssimas as relativas aos Dons do Espírito Santo. Mas acontece que todos nós
temos estes Dons! É como se um fisiologista nos falasse de algumas coisas
formosíssimas e misteriosas que se realizam em nosso organismo, coisas
desconhecidas para os que não são iniciados nessa ciência, mas belíssimas.
Ninguém poderia desinteressar-se destas coisas julgando-as muito altas; talvez
seja difícil entende-las, mas é algo que se verifica em nosso organismo e que
tem, por conseguinte, sumo interesse para nós.
Da mesma forma, todos
nós temos os Dons do Espírito Santo. O pecador que depois de muitos crimes,
arrependido, encontra a absolvição de suas culpas na penitencia, já tem os
Dons; porque não se pode ter a graça sem os Dons, nem se pode ter a graça sem o
Espírito Santo, nem o Espírito Santo, nem o Espírito Santo se separa jamais dos
Dons.
Nós temos estas
maravilhas. Se em nossas almas não conseguem o seu desenvolvimento completo,
talvez seja culpa nossa; mas mesmo que não haja culpa, é deficiência nossa. Mas
nós temos estes preciosos instrumentos do Espírito Santo em nossas almas.
Se déssemos mais
atenção às inspirações divinas! Se entrássemos mais de cheio na vida
espiritual! Se nos deixássemos arrebatar pela beleza deste mundo desconhecido e
misterioso! Em nossos pobres corações realizar-se-iam maravilhas semelhantes às
que se realizam nos corações dos santos.
Queira o Espírito
Santo derramar sua luz em nossas almas, tocar nossos corações, revelar-nos o
mundo da santidade e da graça, para que amemos mais e mais o Divino Espírito, para
que nos deixemos conduzir por suas santas moções e para que, guiados por ele,
penetremos neste mundo desconhecido e misterioso, mundo de luz e de amor, de
generosidade e de devoção, mundo que não se compra nem se vende; naquele mundo
eterno e dulcíssimo onde esperamos ser perpetuamente felizes no seio de Deus.
Do livro “Dons do Espírito
Santo” de autoria de Luís M. Martinez, Arcebispo Primaz do México. Apresentação:
Pe. Haroldo J. Rahm. SJ – Edições Paulinas – São Paulo – 1976.s
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