sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Crer para ver o Invisível

Crer para ver o Invisível!...

Crer é comprazer-se em meditar, dia e noite, a palavra de Deus (Sl 1,2); pois, a fé provém da pregação e a pregação se exerce através da palavra de Cristo (Rm 10,17).

Ora, para crer e ter a fé que opere pela caridade (Gl 5,6b), é-nos necessário que nos acheguemos a Deus e acreditemos que ele existe, e que é o remunerador dos que o procuram (Hb 11,6b). 
 
Na verdade, “Sem fé é impossível agradar a Deus”. Assim, pois, “sem a paz e a santidade, ninguém pode ver o Senhor”. (Hb 12,14).

O Senhor Jesus Cristo, no sermão da montanha, fala-nos claramente: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8).

Às vezes, aqui ou alhures, ouvimos algumas pessoas dizerem: Ninguém pode ser puro ou perfeito, porque só Deus é puro e perfeito.

Sabemos, certamente, que fomos chamados a sermos puros, santos e perfeitos, e, em Jesus Cristo, pela graça e as moções do Espírito Santo, andaremos como ele mesmo andou. (I Jo 2,6)

Só Deus é puríssimo, perfeitíssimo, santo, misericordioso e eterno. Aliás, Deus, que criou céus e terra e tudo quanto neles há, “reina eternamente e além da eternidade” (Ex 15,18 = Vulgata).

Afirmamos, conforme a Bíblia Sagrada e experiência de vida, que somente Deus é puro e perfeito, pois o Senhor, nosso Deus, é o único Deus incriado; Deus de Abraão, de Isaac e Jacó, Deus de Israel, sempre existiu desde antes da eternamente, e sem fim!...

Sobre o sermos puros e perfeitos, que nos diz a palavra de Deus?

“O homem será mais raro que o ouro e mais precioso que o ouro mais puro” (Is 13,12 = Vulgata).

“Para os puros todas as coisas são puras; para os impuros e infiéis nada é puro, mas estão contaminados o seu espírito e a sua consciência” (Tt 1,15 = Vulgata).

“Ora, quando Abraão chegou à idade de noventa e nove anos, o Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: Eu sou Deus onipotente; anda em minha presença, e sê perfeito” (Gn 17,1 = Vulgata).

Que nos diz o Senhor Jesus Cristo?

“Sede, pois, perfeitos como também vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48 = Vulgata).

Nos dias de Moisés, amigo do Senhor, o Espírito de Deus estava na arca da aliança. Deus falava, com Moisés, do propiciatório que ficava sobre a arca, entre os dois querubins.

Quando a Imaculada e sempre Virgem Maria concebeu do Espírito Santo, o Senhor, nosso Deus, passou a habitar, também, no coração da Virgem Santíssima, uma arca viva, de onde Deus falava ao seu povo; por isso nossa Senhora é aclamada como a “Arca da Aliança”, porque guardou e conserva dentro do seu coração, a Trindade Santíssima.

Hoje, finalmente, depois que o Senhor Jesus completou a obra da salvação, subiu ao céu e nos enviou o Espírito Santo (Lc 24,49; At 2,1-13), todos, os que formam, conjuntamente pelo Espírito, o Cristo total, que creem e são batizados em o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, são “arca viva” que, harmonicamente, formam a Igreja do Senhor Jesus Cristo, a Igreja Una Santa, Católica e Apostólica. (Calcedônia - 452).

É, certamente, por tudo, que corresponde à obra salvífica, que são Paulo escreveu a Timóteo, sobre a obra que ele tinha a cumprir, como que a nós, principalmente, que já vivemos sob as angústias da escatologia final.

“Conjuro-te diante de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino: prega a palavra , insiste a tempo e fora de tempo, repreende, suplica, admoesta com toda a paciência e doutrina, porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas multiplicarão para si mestres conforme os seus desejos, levados pelo prurido de ouvir. Afastarão os ouvidos da verdade e os aplicarão às fábulas” (II Tm 4,1-4 = Vulgata).

A Igreja, que é a unidade de todos os filhos e filhas de Deus, conduzida, amorosamente, pelo Espírito Santo, é como que uma arca viva, a arca da nova e eterna aliança, de cujo seio sobre o altar alimenta todo o povo de Deus com o pão vivo decido do céu.

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão viverá eternamente; e o pão que eu hei de dar é a minha carne pela vida do mundo” (Jo 6,51).

Assim, na Igreja do Senhor Jesus Cristo, todos são enviados a evangelizar e, como nos ensina são Paulo, “Ai de mim se eu não evangelizar”.

Crer é viver da fé para a fé que opera pela caridade, sob a luz da viva esperança que não nos engana, a esperança pela qual já se vislumbra, na terra dos bem-aventurados, a herança dos santos.


João C. Porto

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