domingo, 7 de março de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> Bondade

Tudo foi criado pelo bem, que é amor e bondade infinita, manifestado em todas as obras da criação e, sobretudo, hoje, que é o tempo oportuno e o dia da salvação (Is 49,8; II Cor 6,2)
Foi agora, no tempo da plenitude (Gl 4,4-6), no momento em que Deus manifestou, através da missão salvífica do Senhor Jesus Cristo, a sua bondade e o seu amor pelos homens. Então, a bondade é perfeição e qualidade do Todo poderoso Deus de Israel. “Só Deus é bom”, diz-nos o Senhor Jesus.
Todos que participamos dessa última geração (Mt 24,34; Lc 21,32), de cujo seio o Senhor Jesus nos salvou de nossos pecados ( Mt 1,21 ), estamos mergulhados de sua bondade infinita e de sua misericórdia eterna. Por isso S. Paulo nos ensina: “não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o batismo da regeneração e renovação do Espírito Santo, que nos foi concedido em profusão, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim de que, justificados pela sua graça, sejamos herdeiros da vida eterna, segundo a esperança” (Tt 3,5-7)
Irmãos e irmãs, pensemos um pouco sobre a bondade de Deus! Nela, Jesus, na cruz, foi ao extremos e orou ao seio misericordioso da bondade de Deus: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”! De que forma Jesus derramou em nosso corações a bondade misericordiosa do Pai Eterno? Ora, “Ele, existindo na forma (ou natureza) de Deus, não julgou que fosse uma rapina o seu ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens e sendo reconhecido por condição como homem. Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso também Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todo o nome, de modo que, ao nome de Jesus, se dobre todo o joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor”. Assim, Jesus (Salvador) Cristo (Ungido de Deus) é para nós a bondade do reino de justiça, de paz e de alegria do Espírito Santo; nossa salvação e ressurreição.
Como vemos, por Jesus, a obra da plenitude de sua bondade, o véu do templo rasgou-se de alto a baixo; pelo que significa dizer: o Espírito de Deus já não mais se encontrava na arca da aliança, mas se preparava, como amor de Deus e sua bondade, para retornar, agora, em definitivo, aos templos vivos de Deus sobre a terra, nossos corações; de onde jamais deveria ter saído.
Contudo, foi no dia de Pentecostes que a bondade de Deus envolveu todo o universo e, de forma especial à terra; derramando-se em nossos corações, como caridade do amor do Pai e do Filho, o que se nos reflete em luz divina no íntimo da unidade de um só espírito com Cristo Jesus, a própria face do Espírito Santo como luz de vida e salvação, que tudo ilumina a partir do interior do homem.
Somos, pois, irmãos e irmãs, a luz que deve brilhar no mundo, como bondade do amor infinito de Jesus, que nos conduz à plenitude de Deus (Ef 3,19), a fim de que os homens vejam as nossas boas obras e glorifiquem a Deus que está no céu; pois, só Ele é bom e sua misericórdia dura para sempre. Portanto, provai e vede como o Senhor é bom. Feliz o homem que se refugia junto dele. (Sl 33,9) E é por tudo isso que o Senhor nos impende interiormente que, não só reconheçamos que somos luz do mundo; mas que nossa luz, como bondade eterna que nos possui por inteiro, brilhe diante dos homens, para que vendo as boas obras de justiça, misericórdia e fidelidade, que se derramam pela graça da vida no Espírito Santo, de forma infusa e efusamente até os confins da terra, motivem aos homens glorificar a Deus, o qual neste tempo novo, fez-se homem e armou definitivamente sua tenda em nossos corações.
Por isso, já não teremos mais desculpas, posto que aos que o receberam, aos que creram no seu nome, a todos estes Deus lhes deu o poder de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas sim de Deus. Esses, irmãos queridos do amor de Deus - sua bondade infinita -, seremos todos nós, os sobreviventes da grande tribulação; visto que lavaram as suas vestes e as alvejaram no sangue do Cordeiro (Ap 7,14); pois, o mesmo Cordeiro, na graça e pela graça de sua bondade, encerra este momento para nós e para todos que lerem este trabalho do amor do seu coração: “Eis que eu renovo todas as coisas. Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras!... Está pronto! Eu sou o Alfa e o Ômega, o Começo e o Fim. A quem tem sede eu darei gratuitamente de beber da fonte da água viva. O vencedor herdará tudo isso; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.
Encerremos, assim, com um pensamento sobre a bondade: “A bondade é uma linguagem que o surdo consegue ouvir e o cego consegue ler” ( Mark Twain ).

João C. Porto

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