sábado, 17 de julho de 2010

BOA NOVA DO SENHOR JESUS > Convite à oração

Sempre houve momentos de afastamento, de busca, de manifestação, de revelação, de salvação, de oração e de santificação. Entretanto, nestes dias de plenitude, o Senhor Jesus nos convida a que nos aproximemos dele, e promete que nos aliviará de nosso cansaço, das sobrecargas e opressões do pecado.

“Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas” ( Mt 11,28-29).

Não é verdade que, quando nossos primeiros pais pecaram, afastaram-se de Deus? Assim, o pecado original foi à causa do primeiro afastamento do homem da presença de Deus.

“Adão e sua mulher esconderam-se da face do Senhor Deus no meio das árvores do paraíso” ( Gn 3,8b )

Ora, o Senhor, nosso Deus, diante da aliança partida e a amizade desfeita, ao se manifestar a eles, os repreendeu. Entretanto, porque conservou o seu amor e a sua misericórdia aos seus filhos desgarrados, fez-lhes a promessa da salvação. (Gn 3,15)

O momento da busca do homem a Deus ocorrera quase que imediatamente; a partir de quando Adão, Eva e sua descendência sentiram a ausência do Eterno em seus corações. Por isso, mais do que rapidamente fizeram ofertas das primícias de seu trabalho, na tentativa de chamar à atenção do Criador.

Esta, sem dúvida, pode-se contar como a primeira experiência de oração que, clamando do íntimo do coração, obteve a resposta de Deus através de suas diversas manifestações cognitivas, imponderável expressões de vida e revelações do amor divino.

Assim, observa-se através da palavra sagrada que Deus responde a quem o busca, e nessa resposta estão as manifestações da graça divina, tais como inspirações, ciência, revelações, profecias, moções, curas e milagres; porque, diz o Senhor Jesus Cristo: “Tudo o que pedirdes, com fé na oração, recebereis (Mt 21,22)”.

Efetivamente, desde a Antiga Aliança, somos, constantemente, convidados ao diálogo com Deus, através da palavra, da prática da lei e da vida de oração, porque as Sagradas Escrituras, a Sagrada Tradição e o Magistério da Igreja sempre foram a base de nossa fé e a primeira fonte disponível pela qual o Senhor nos convida a que entremos em contato com ele.

“Buscai o Senhor, enquanto se pode encontrar; invocai-o, enquanto está perto. (7): Deixe o ímpio o seu caminho, o homem iníquo os seus pensamentos, e volte-se para o Senhor, o qual terá piedade dele; e para o nosso Deus, porque ele é muito generoso para perdoar” ( Is 55,6 ).

Ora, o Senhor Deus de Abraão, de Isaac e Jacó, Deus de Israel, diz-nos que todos os que o invocam de coração e o louvam, são objetos de sua glória.

Is 43,7:- “Todos aqueles que invocam o meu nome, eu os criei, os formei e os fiz para minha glória” ( Is 43,7 ).

Assim, também, quando oramos somos glória de Deus; criados para o seu louvor, para bendizê-lo, adorá-lo e servi-lo em toda a extensão de sua obra de amor sobre a terra.

Por que será que o Senhor Jesus nos pede que oremos constantemente e sem cessar de fazê-lo? (Lc 18,1). Ou, por que será que S. Paulo nos recomenda, dizendo: “Orai sem cessar” (I Ts 5,17)?

Ora, O Senhor nosso Deus, verdadeiramente, nos convida a que estejamos diante dele e de sua obra, constantemente, em oração, porque esta é a nossa força diante dele, a fonte íntima de conhecimento da vontade do Senhor, a fim de que, ainda, pela oração, sejamos ungidos e engraçados, conduzidos pelo Espírito Santo a realizarmos em Cristo a plena vontade do Pai Eterno.

Em assim orando, no contexto deste trabalho, vejamos o que nos ensina S. João Crisóstomo, definindo a oração: “A oração é a âncora para os flutuantes, tesouro para os pobres, remédio para os doente e preservativo para os sãos”.

Conclusão de Sto. Afonso Maria de Ligório:

“A oração é uma âncora segura para quem está em perigo de naufragar, é um tesouro imenso de riqueza para quem é pobre, é um remédio eficacíssimo para os enfermos e um fortificante certo para nossa saúde”.

Que produz em nós a oração?

“A oração aplaca a ira de Deus, porquanto Deus perdoa logo a quem com humildade lhe pede: concede todas as graças pedidas, vence todas as forças do inimigo; em resumo, transforma os cegos em iluminados, os fracos em fortes, os pecadores em santos” (S. Lourenço Justiniano).

“Por isso, desejei a inteligência e ela me foi dada; invoquei o Senhor, e veio a mim o espírito da sabedoria” ( Sb 7,7 ).

Não é verdade que a explicação da palavra de Deus ilumina e dá inteligência aos pequeninos? (Sl 118,130)

Que nos ensina S. Pedro Crisólogo? “Quem se vale da oração ignora a morte, deixa a terra, entra no céu e vive com Deus. Não cai em pecado, perde o apego às coisas da terra, entra no céu e já nesta vida começa a gozar da presença de Deus”.

“Sabemos que todo aquele que nasceu de Deus não peca: o nascimento que tem de Deus o guarda, e o maligno não lhe toca” ( I Jo 5,18 ).

Assim precisamos vivenciar, em virtude da graça que recebemos, íntima e profunda confiança em Deus (Is 26,4), afastando de nossos corações quaisquer tipos de inquietações, a fim de que conservemos aquela paz que excede toda ciência. (Fl 4,7)

Lembremo-nos de que, para quem tem fé, tudo é possível (Mc 9,23), pois o Senhor Jesus é nosso Pastor e, com certeza, nada nos poderá faltar. Basta crer com fé viva no coração, e os resultados serão imediatos, porque Ele é o Senhor, nossa vitória.

João C. Porto

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