sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

As Virtudes

                    As Virtudes

                 Fé, Esperança e Caridade.

A fé, a esperança e a caridade são chamadas de virtudes teologais, porque são princípios e fundamentos da doutrina cristã, relativamente ao conhecimento de Deus; pois, ninguém pode se achegar a Deus senão a partir de Sua palavra, através destas três virtudes.
Não podemos achegar-nos a Deus se não crermos que ele existe, e que é remunerador dos que o procuram.
“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensador dos que o procuram” (Hb 11,6).
O apóstolo Paulo nos ensina que destas três virtudes, a maior delas é a caridade. (I Cor 13,13).
Assim, como explicar? É que a fé é o fundamento da esperança e a certeza das coisas que não se vêm; a esprança é a espera, como luz divina dos olhos de nossos corações, através da qual podemos vislumbrar, desde agora, os bens da herança que Deus tem reservada aos santos.
Caridade, no entanto, que é vinculo de todas as perfeições (Cl 3,14), é, por isso, o fundamento da fé e da esperança, através da justiça, misericórdias e fidelidade, os três principais preceitos da lei. (Mt 23,23b).
Diz-se sempre que caridade é amor, e que, amor é caridade. Entretanto, observamos de alguma realidade intrínseca, que a caridade como a bondade infinita de todas as perfeições da atividade do amor de Deus, é o exercício do amor a partir de nossos corações.
“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I Jo 4,8).
Ora, o amor é fruto do conhecimento. A caridade do amor, no entanto, é vínculo de perfeição da atividade divina, no céu e na terra, a partir dos corações, desde o coração do Senhor em nossos humildes corações.
O que São Paulo nos instrui?
“Que diz a Escritura, a final? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração (Dt 30,14).  Essa é a palavra da fé que pregamos” (Rm 10,8).
- Por que a caridade é maior do que a fé e a esperança?
Porque é amor e, por isso, na outra vida, no paraíso com o Senhor Jesus, somente a caridade permanece, é próprio do amor e, aqui, entre nós, para que nossa fé opere pela caridade do amor de Deus. (Gl 5,6).
“A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará” (I Cor 13,8).
Na outra vida, diante do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não há esperança; pois, como podemos esperar a herança dos santos, se já a possuímos?
A fé, já não terá sentido, pois será substituída pela visão beatífica.
“Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois, ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: O justo viverá pela fé” (Rm 1,16-7 = Hab 2,4).
Assim, pois, a fé nos vem pela pregação da palavra de Cristo!...
“Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo” (Rm 10,17).
Como se pode observar, a fé é uma virtude; mas também um dom carismático; isto é, um dom de poder, que cura, opera milagres, sinais e prodígios (I Cor 12,8-11).
O que referente à ressurreição de Lázaro, disse o Senhor Jesus a Marta?
“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crés nisto?” (Jo 11,25-26).
“Não te disse eu: se creres, verás a glória de Deus” (Jo 11,40).
Ora, sobre a fé, muitas coisas o Senhor Jesus nos falou:
“Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis” (Mt 21,22).
“Por isso vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crendo que o tendes recebido, e ser-vos-á dado” (Mc 11,24).
“Disse o Senhor Jesus: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-e no mar, e ela vos obedecerá” (Lc 17,6).
O que São Paulo falou da esperança e da caridade, para bom proveito de nosso estudo?
“A esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).
“Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vinculo da perfeição” (Cl 3,14).
“Estar circuncidado ou incircunciso de nada vale em Cristo Jesus, mas sim a fé que opera pela caridade” (Gl 5,6).
“A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (I Cor 13,4-7).
As virtudes desse nosso estudo são sete: “Fé, esperança e caridade” (teologais): “temperança, prudência, justiça e fortaleza” (cardiais e/ou morais).
“Presta atenção às minhas palavras, aplica teu coração à minha doutrina, porque é agradável que as guardes dentro de teu coração e que elas permaneçam e transbordem de teus lábios” (Pr 22,17-18).
Na realidade, as palavras de Deus transbordam de nossos lábios, a partir de quando somos ensinados e conduzidos pelo Espírito Santo. Rm 8,14.16.26-27).
“Mas o Paráclito, o Espírito santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,26).

João C. Porto

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