quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Serás Salvo

‘Tu e tua Família’

Pensei, meditei e chegou-me ao coração a conclusão, por graça de Deus e cognições do batismo de regeneração e renovação do Espírito Santo (Tt 3,5), o quanto é íntima, profunda e abrangente a salvação no sangue do Senhor Jesus Cristo.

Quem já pensou na largura, na altura e na profundidade do Reino de Deus, Reino de justiça, paz e alegria no Espírito Santo? (Rm 14,17), Na verdade, o reino de Deus não consiste em palavras, mas em virtudes. (I Cor 4,20).

Assim, quem se une ao Senhor, torna-se com ele um só espírito (I Cor 6,17).

Ora, não é verdade que o homem espiritual julga todas as coisas e não é julgado por ninguém? Ele tem o pensamento de Cristo!...  Desse modo, o seu julgamento é perfeito, porque é segundo Deus. (I Cor 2,15).
  
Se alguém está em Cristo e Cristo nele (II Cor´5,17) na unidade dos corações no coração do Pai Eterno, conseguirá tudo o que pedir; porque pede segundo Deus quer (1 Jo 5,14s). Prestemos bem atenção, estamos afirmando, segundo a palavra, do Senhor, que nos exorta: “Eu te amei com amor eterno, por isso sou constante na minha afeição por ti (Jr 31,3)”.

Não julgueis pela aparência, mas sim pelo reto juízo, segundo Deus. (Jo 7,24).

A que o meu coração, no Senhor Jesus Cristo, me conduz a falar, sobre o verdadeiro Deus, através dos Dons de santificação do Espírito Santo?

Sinto, interiormente, que numa família onde, pelo menos um, a esposa ou o esposo tenha o coração puro para ver o Senhor,  todos os demais membros do  núcleo familiar serão salvos, através da misericórdia divina.

Por amor a ti, ainda que os montes sejam abalados e tremam as colinas, jamais retirarei de ti a minha misericórdia (Is 54,10).

Não é verdade que por um só homem, Jesus Cristo, o Senhor nosso Deus, salva todo o seu povo? (Mt 1,21).

Quando são Paulo e Silas, por vontade de Deus, foram conduzidos para fora da prisão, o carcereiro perguntou-lhes: Senhores, que devo fazer para ser salvo? Disseram-lhe: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família,” (At 16,31).

Hoje, conduzimos, no profundo do coração, a certeza de que, na unidade da família, se o esposo ou a esposa for temente a Deus, em atenção a esse ou a essa, pela Sua infinita misericórdia, conduzirá ao céu toda a família. Este é, certamente, um dos mistérios mais profundo do amor daquele que é puro amor e que, na terra, foi concebido do Espírita Santo, através da Mãe do puro amor, conforme está escrito na santa Bíblia Sagrada, sobre o autor da vida e luz dos corações.

  “Sou a Mãe do puro amor, do temor (a Deus), da ciência e da santa esperança” (Eclo 24,24).

“Quem é essa que se levanta como a aurora, bela como a lua, brilhante como o sol, temível como um exército  em ordem de batalha? Ct 6,10).

O senhor, nosso Deus, tem gravado na palma de suas mãos, o nome de cada um de seus filhos e filhas (Is 49,16). Ele nos diz: Por amor a ti troco reinos e nações; porque te amo e te apreio, dou tudo, em troca de ti; as nações por herança, até os confins da terra. (Is 43,4).

Lembremo-nos de que, quando da destruição de Sodoma, na noite do cataclismo, o anjo do Senhor instava, veementemente, junto a Lot, sua mulher, as duas filhas e seus namorados, que se retirassem, imediatamente, da cidade, para não serem consumidos pelo fogo! Na verdade, só não se salvaram os namorados de suas filhas, porque não quiseram deixar a cidade!

Ora, Abraão intercedera diante do Senhor para não destruir a cidade de Sodoma, considerando que, talvez houvesse ali, pelo menos, dez justos. Entretanto existia apenas Lot, seu sobrinho! É verossímil, alguns estudiosos afirmam que Deus salvou Lot e sua família, da destruição, só pelo fato de ser sobrinho de Abraão. Assim, pois volto a afirmar: Na família, se houver pelo menos uma pessoa do casal, que tenha temor de Deus, o Senhor, nosso Deus, através do nome glorioso do seu Filho Jesus Cristo, salvará toda a família.

O que o Senhor falou sobre Davi, seu servo amado? “Achei Davi, homem segundo o meu coração, que fará todas as minhas vontades”. Da família do rei Davi, só não se salvaram aqueles que se afastaram do núcleo da família!...

É imenso o amor que Deus tem por todos os Seus filho e filhas, aqui sobre a terra; mas, embora seja incomensurável, cabe perfeitamente, por inteiro, sem falta nem sobra, no coração daqueles ou daquelas que o amam.

João C. Porto e Maria Zuleica 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

A Perfeição da Alma

A Alma Perfeita

No princípio, Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom (gn 1,31). Quer dizer, Aquele que é perfeitíssimo criou perfeitas todas as suas obras. Por isso, o Senhor Jesus Cristo, nossa salvação, nos ordena: “Sede perfeitos, assim como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt 5,48).

No paraíso, em virtude do pecado original, o que o homem em si mesmo perdeu? Ele não deixou de ser a imagem viva e perfeita do Criador, mas, revestiu-se de uma alma terrena; isto é, revestiu-se de uma vestimenta própria do meio sensível da matéria; onde vive.

“O rei entrou para vê-los e vil um homem que não trazia a veste nupcial. Perguntou-lhe: Meu amigo, como entraste aqui, sem a veste nupcial? O homem não proferiu palavra alguma. Disse então o rei aos servos: Amarrai-lhe os pés e as mãos e lançai-o nas trevas exteriores. Ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 22,11-13).

Como poderemos observar pela citação acima, a veste nupcial é a alma de santidade que nos reveste o espírito e o corpo, da plenitude da graça sobre graça que recebemos através do batismo de regeneração e renovação, pelo Espírito Santo, que nos foi concedido em profusão, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador (Tt 3,5-6)

Com o advento do pecado original, toda a criação, no céu, na terra, no universo e em tudo quanto neles há, perdeu a graça e a íntima presença do sobrenatural; isto é, o selo das perfeições divinas de que eram revestidos. Entretanto, o espírito, que foi infundido no homem, através do sopro divino, permaneceu vivo e perfeito,      segundo a imagem da natureza de divina (Sb 23), isto é, continuou como imagem viva e perfeita do todo Poderoso, Senhor Javé.

Por que o espírito do homem, apesar do pecado de nossos primeiros pais, continuou vivo e perfeito? Porque é a imagem do Deus vivo, eterno e perfeitíssimo!

Como explicar? Se um homem e ou uma mulher está totalmente enlameado(a), encontra-se com sua compleição física e aparência inaceitáveis. Mas, tomando um banho, eis que ele ou ela se torna plenamente conhecido(a), conforme a natureza e aparência viva e perfeita, como, realmente, é conhecido(a).

Em virtude do pecado de nossos primeiros pais, o que o homem perdeu no paraíso? A alma de santidade, sem a qual ninguém verá a Deus (Hb 12,14), consequentemente, todos os dons preternaturais, tais como a imortalidade, a impassibilidade, a integridade, o paraíso etc.

Assim, como já dissemos, ficou sem a perfeição integral; isto é, da santidade que deve revestir o homem, no espírito e no corpo material, com o selo do Espírito Santo, selo de santidade e perfeição (Ef 1,13; 4,30).                                     

“E o Senhor Deus disse: “Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal. Agora, pois, cuidemos que ele não estenda a sua mão e tome também do fruto da árvore da vida, e o coma, e viva eternamente.” O senhor Deus expulsou-o do jardim do Éden, para que ele cultivasse a terra donde tinha sido tirado. Ele expulsou-o e colocou, ao oriente do jardim do Éden, querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da  vida” (Gn 3,22-24).

Que isto significa? Que ao homem, pelas suas próprias forças e disposições, é impossível retornar à graça e a vida amorosa dos Dons do Espírito Santo, senão pela entrega incondicional ao Senhor Jesus Cristo, através do perdão, da reconciliação e da misericórdia divina.

“Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso” (Lc 6,36).

Ora, onde queremos chegar ao pleno discernimento? Há em Deus dois princípios eternos: Deus é amor; por isso justo e misericordioso!

Então, pela bondade infinita de Deus, exclusivamente em virtude da misericórdia divina, o Senhor, nosso Deus, enviou o seu Filho ao mundo (Jo 3,16) – o segundo Adão – para salvar o seu povo de seus pecados (Mt 1,21), a fim de que todos renascessem da água e do espírito (Jo 3,5), como novas criaturas em Cristo Jesus (II Cor 5,17; Ef 4,23-24).

Isto posto, poderemos entender o porquê de o Senhor Javé, após o pecado de Adão,  colocou ao oriente do jardim do Éden querubins armados de uma espada flamejante, para guardar o caminho da árvore da vida (Gn 3,23-24),

Isto significa dizer que ao homem era impossível, pôr si próprio, conquistar a alma de santidade que perdera no paraíso, em virtude de sua infidelidade ao Criador.

Não é verdade que Lúcifer, querubim de perfeição, tornou-se, por isso, inimigo de Deus?

“Eras um querubim protetor colocado sobre a montanha santa de Deus; passeavas entre as pedras de fogo. Foste irrepreensível em teu proceder desde o dia em que foste criado, até que a iniquidade apareceu em ti.” (Ez 28,14-15).

Assim, sem um coração puro (Mt 5,8), a paz e a santidade da alma, que corresponde  a entrega incondicional ao Senhor Jesus Cristo, ninguém verá a Deus!

Ora, para alcançarmos do Espírito Santo tamanha graça, além das três virtudes teologais (Fé Esperança e a Caridade), precisamos da entrega incondicional ao Senhor Jesus Cristo (Mt 11,28-30), ânimo e coragem para vencer o mundo (Jo16,33),  ser templo do Deus vivo, para vivermos num só espírito com o Senhor (I Cor 6,17), meditar dia e noite a lei do Senhor (Sl 1,2), ter a palavra de Deus dentro do coração e da alma (Dt 11,18), orar constantemente e sem nunca cessar (Lc 18,1 e sermos conduzidos pelo Espírito Santo, como Filhos de Deus (Rm 8.14) etc.

Somente assim estaremos inseridos da veste de santidade, conforme o ancião deu conhecimento ao apóstolo João: “Então um dos anciãos falou comigo e perguntou-me: “Esses, que estão revestidos de vestes brancas, quem são e de onde vêm”?  Respondi-lhe: “Meu Senhor: Tu o sabes. E ele me disse: Esses são os sobreviventes da grande tribulação; lavaram as suas vestes  e as alvejaram no sangue do Cordeiro”


João C. Porto

domingo, 8 de dezembro de 2013

Orar sem cessar!


Orar e/ou Rezar

Diz-nos um santo doutor: Quando lemos a palavra de Deus, é Deus que fala conosco!... Quando nos elevamos em oração a Deus, somos nós que falamos com Deus. Então, é maravilhosa essa estrada de mão dupla; isto é, uma que vem de Deus ao nosso coração, e outra que vai do nosso coração ao coração de Deus, o qual já está dentro de nós, através da condução amorosa do Espírito Santo (Sl 31,8; Rm 8,14).

Entendemos quão apertada, difícil e longa, é a estrada da porta estreita que nos leva ao coração de Deus; entretanto, o arcanjo Gabriel, em resposta, disse a Maria de Nazaré: “a Deus nenhum coisa é impossível” (Lc 1,37).

A esse respeito, também, o Senhor Jesus falou:

“Aos homens isto é impossível, mas a Deus tudo é Possível.” (Mt 19,26).
“Olhando Jesus para eles, disse: “aos homens isto é impossível, mas não a Deus; pois a Deus tudo é possível” (Mc 10,27)”.

Respondeu Jesus: “O que é impossível aos homens é possível a Deus.” (Lc 18,27).

O Senhor Jesus e o apóstolo Paulo, sobre a vida de oração, para melhor proveito, acrescentaram:

“È necessário orar sempre sem jamais deixar de fazê-lo.” (Lc 18,1).

“Vivei sempre contentes. Orai sem cessar.” Em todas as circustâcias, dai graças, porque esta é a vosso respeito, à vontade de Deus em Jesus Cristo. Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias. Examinai tudo: abraçai o que é bom. Guardai-vos de toda a espécie de mal” (I Ts 5,17-22).

Nossa vida de oração é como a escada do sonho de Jacó, em Betel. Ela ligava a terra ao céu e, por ela, os anjos do Senhor subiam e desciam; isto é, levavam a Deus as preces de seu povo, e, desciam do céu, trazendo em resposta, as bênçãos do coração de Deus aos corações de seus filhos e filhas amados. Entretanto, é-nos necessário viver na unidade de um só espírito com o Senhor Jesus Cristo (I Cor 7,17), sob o influxo das virtudes teologais:

- De fé para a fé; pois, o justo vive da fé.        

“Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus, para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: O justo viverá pela fé” (Hab 2,4).

Na verdade, temos motivo para nos alegrar sempre no Senhor. Que seja testemunhada aos homens a vossa bondade, através das obras de nossa fé (Tg 2,26b). Por isso, deveremos andar sempre alegres no Senhor!...

“Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a ação de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, guardará vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus” (Fl 4,6-7).

Assim, tudo o que fizermos, seja de bom coração, como para o Senhor e não para os homens, certos de que receberemos a recompensa, a herança das mãos do Senhor. (Cl 3,23-24).
    
Ora, a vida de oração é um orar sem cessar (I Ts 5,17); isto é, uma oração como encontro. É uma intimidade constante com Deus, que nos amou primeiro (I Jo 4,19) e que nos ama, eternamente, desde quando é Deus e desde quando amou a si mesmo.

Diversos são os contextos da vida do coração; mas o Senhor conhece a todos. Para isso, em seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, somos salvos mediante o batismo de regeneração e renovação do Espírito Santo (Tt 3,4-7).

“Porque é gratuitamente que fostes salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, mas é puro dom de Deus” (Ef 2,8).

Assim, quando lemos um texto bíblico (Intus- legere); isto é, lendo-o a partir do profundo da verdade integral, acolhendo-a como a própria face do Espírito Santo em nossos corações se vê a luz divina com os olhos do coração e, através do ciléncio íntimo e profundo do nosso ser – a alma -, ouvimos, com os ouvidos interiores, a voz do cilêncio; isto é, do Todo-poderoso, que nos fala em cognições indeléveis, as quais só poderão compreendê-las na medida em que se vive num só espírito com o Senhor Jesus Cristo. (I Cor 6,17).


João C. Porto

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Novo Nascimento!


                                            Nasci de Novo!...

No princípio, quando vim ao mundo, cheguei aqui em virtude dos desígnios de vida e de prosperidade do Criador (Jr 29,11); entretanto, nasci da carne, do sangue e da vontade do varão. (Jo 1,13).
Este primeiro nascimento, para mim, é uma bênção de vida que vem de Deus; mas, para retornar ao seio do Criador, teremos que renascer da água e do Espírito (Jo 3,5); isto é, através do batismo de regeneração e renovação pelo Espírito Santo. (Tt 3,5).
“Jesus replicou-lhe: “Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer de novo não poderá ver o Reino de Deus.” (Jo 3,3)”.
A vida comum, aqui, na terra, tem a cara do mundo!... Embora tenhamos vindo de Deus, o jeitinho secularizado do mundo, através dos nossos sentidos, mais que de repente, estrutura nossas faculdades interiores – inteligência, vontade, memória, imaginação e afetividades – dando-nos uma consciência de virtudes e de vícios; de onde os maus hábitos (vícios) predominam, arrastando-nos a caminhos que nos afastam da presença de Deus, petrificando, pouco a pouco, nossos corações (Ez 36,26-27), visto que, facilmente, tendemos andar através da senda espaçoso da porta larga (Mt 7,13-14).
Que faremos, então, para reencontrar a verdadeira via do Reino de Deus, a senda da justiça, da paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14,17; I Cor 4,20)? Teremos que renascer da fé, para uma viva esperança (I Pe 1,3), agora, revestidos da caridade do amor de Deus, que é vinculo de perfeição (Cl 3,14); pois, foi Deus que nos amou primeiro (I Jo 4,19). E Deus nos amou primeiro, não porque somos bons; mas, porque ele é a bondade infinita. Aliais, antes de toda a eternidade e além da eternidade, já éramos amados de Deus,

“Todo aquele que está em Cristo, é uma nova criatura. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!” (II Cor 5,17).

Ora, o que o Senhor, nosso Deus, revela aos corações simples de seus filhos amados? 

“Olhe, fui eu o primeiro a amar você. Você não estava ainda no mundo. O mundo nem existia, e eu já o amava. Eu amo você desde que sou Deus. Amo você, e desde que amei a mim mesmo, amei também você!” (Do livro “A Prática do Amor a Jesus Cristo”, de Santo Afonso de Ligório).

Que faremos para ser novas criaturas? Tornarmo-nos um só espírito com o Senhor (I Cor 6,17).

Como se fará isso?

Convertermo-nos, de modo incondicional, ao Senhor Jesus Cristo; isto é, de todo o espírito, de toda a alma, de todo o coração e com todas as forças íntimas e mais profundas da totalidade do nosso ser.

Pois, “A palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes e atinge até a divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração” (Hb 4,12).
Ora, para andarmos como o Senhor Jesus Cristo andou (I Jo 2,6) é-nos imperativo:
a) Ter a palavra de Deus gravada, profundamente, no coração e na alma (Dt 11,18) para evangelizar; como o fez o Senhor Jesus Cristo (Jo 8,31-32).
b)  Caminhar de fé para a fé (Rm 1,17), pois, o justo viverá pela fé (Hab 2,4).
c)   Alimentar-se do pão vivo que desceu do céu (Jo 6,51)
d)   Dessedentar-se da água viva da fonte perene e eterna (Jo 7,37; Ap 22,17);
e) Caminharmos sob o influxo do batismo de regeneração e renovação pelo Espírito Santo (Tt 3,5b);
f) Andarmos sob o influxo da luz da fé que opera pela caridade (Gl 5,6b);
g) Esforçar-se em realizar as obras que o Senhor Jesus Cristo realizou (Jo 14,12-14);
h) Dessedentar-se da água viva da fonte perene e eterna (Jo 7,37; Ap 22,17);
i) Vencer, finalmente, para sentar-se a sua direita, em seu trono (Ap 3,21).

Essa converção será sentida, a partir do batismo do Espírito Santo (At 19,1-7); pois, pelos Dons de santificação (Is 11,2) é o Espírito Santo que nos santifica; e pelos Dons carismáticos, através das obras, somos nós que nos santificamos a nós mesmos através dos serviços, revestidos da fé que opera pela caridade, para uma viva esperança (I Pe 1,3) em nosso Senhor Jesus Cristo.


João C. Porto

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Fé Natural e fé Sobrenatural

Fé Natural e Sobrenatural

A fé natural é própria da natureza humana. Nós viemos do Eterno e, indubitavelmente, retornaremos ao Eterno!

Assim, sem exceção, todos nascem com o caráter voltado à religiosidade, isto é, sentimos saudade intuitiva da fonte de onde viemos. Esse é um sentimento comum a todos os seres humanos.

Todos os homens e, bem assim, todas as mulheres, naturalmente, ainda que não se apercebam, cultuam um deus ou a vários deuses, ainda que seja a si próprio.

Desse modo, quando buscamos a Deus, sem o conhecimento de si mesmo, para conhecermos Aquele que nos criou, nos formou e nos fez para a sua glória (Is 43,7 = Edição Vulgata), continuamos na estrutura própria do mundo. Por isso, tendemos até mesmo viver sob o efeito do sincretismo religioso, através do qual há tendência, por falta de conhecimento da Verdade Integral (Jo 16,13), ao fanatismo religioso.

O que o Senhor Jesus dizia aos judeus convertidos? “Se permanecerdes na minha palavra, sereis meus verdadeiros discípulos; conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8,31-32).  “Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis verdadeiramente livres” (Jo 8,36). “Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis tudo o que quiserdes e vos será concedido” (Jo 15,7).

Neste instante, não desejamos apresentar a fé em suas múltiplas definições, como o fazem os doutos: “fé viva, fé virtude, fé dom, fé amorosa, fé salvífica, fé que opera pela caridade, fé expectante, etc.” Não!... Apenas em dois sentidos, como iniciamos este momento: fé natural e fé sobrenatural.

Fé natural é a fé de quem crer por crê, simplesmente, em alguém, em alguma coisa, ou até mesmo em si próprio!... Por isso, a fé natural é a fé dos sentidos; isto é, como quem crê, extrinsecamente, na fé própria de quem  assimila tudo a partir do meio sensível da matéria onde vive. É, portanto, uma tendência natural do mundo secularizado (Rm 12,2).

Vejamos o que o apóstolo são João nos fala em sua carta:
Não ameis o mundo nem as coisas do mundo. Se alguém ama o mundo, não está nele o amor do Pai. Porque tudo o que há no mundo – a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida – não procedem do Pai, mas do mundo. O mundo passa com suas concupiscências, mas quem cumpre a vontade de Deus permanece eternamente” (I Jo 2,15-17). Mas, mesmo assim, quem diz, ainda que naturalmente, eu creio em Jesus Cristo, o autor da vida, sem a fé sobrenatural, pela misericórdia divina, confessa que crê no Senhor (Jl 3,5; Rm 10,12-13).

São Paulo e Silas: “Então o carcereiro pediu luz, entrou e lançou-se trémulo aos pés de Paulo e Silas; depois os conduziu para fora e perguntou-lhes: “Senhores, que devo fazer para ser salvo”“? Disseram-lhe: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua família” (At 16,29-31).

A fé sobrenatural, unção e condução amorosa do amor do Pai e do Filho (Rm 8,14); é uma fé intrínseca, isto é, que nasce e cresce, interiormente, a partir de um novo coração (Ez 36,25-27), pelo que  liberta e renova todas as coisas, a partir do Espírito Santo que nos foi dado. (I Cor 2,12-13). Por isso é que se diz: “A fé que opera pela caridade” (Gl 5,6).

Daí é que, através da sabedoria da verdade eterna, a fé natural é restaurada e renovada em fé sobrenatural; isto é, em fé viva, de fé para a fé (Rm 1,16-17).  Ela nasce e cresce nos corações, em virtude de nossa entrega incondicional ao Senhor Jesus Cristo e, bem assim, sob a direção e moções do Espírito Santo, pelo que une nossos corações ao coração do Senhor Jesus Cristo, através de sua direção amorosa (Rm 8,14).

- Que nos diz são Tomás de Aquino?

“Ninguém pode chegar à herança daquela terra dos bem-aventurados, se não for movido e guiado pelo Espírito Santo”.

Assim, se vivermos da fé dos sentidos, isto é, do aprendizado das coisas próprias que existem sobre a terra, de onde flui a fé comum aos corações que não conhecem a Verdade Integral (Jo 16,13), tenderemos ao fanatismo, porque não cremos em Deus, e tampouco conhecemos o Senhor único de nossas vidas. Porque, o Senhor Jesus, nossa única salvação, nos diz que veio ao mundo, não para condená-lo; mas, para salvá-lo. Continuando, o Senhor Jesus Cristo acrescenta: “quem nele crê não será condenado; mas, quem não crê, já está condenado; porque não crê no nome do Filho único de Deus” (Jo 3,17-18).

O Senhor Jesus nos apresenta dois caminhos, a senda apertada da porta estreita e a via espaçosa da porta larga (Mt 7,13-14). Qual que é o caminho da fé sobrenatural?: O caminho da porta estreita!... Qualquer outra via que não seja esta, é via da ‘fé natural’ que conduzirá à morte eterna.
Ora, o Senhor Jesus é o único caminho que nos leva ao Pai (Jo 14,6). Por isso, a fé sobrenatural é a única luz que nos faz viver num só Espírito com o Senhor (II Cor 3,27).

Ora, por que alguém não vive, sobrenaturalmente, da fé que opera pela caridade? Porque não conhece o Senhor Jesus Cristo! Imagina que o conhece, mas, na realidade, ainda não conhece, se quer, a si próprio.
E os ignorantes, que vivem exclusivamente da fé? Eles acreditam em Deus, em Jesus Cisto, na Virgem Maria, mãe do Senhor e nossa mãe, nos anjos e nos santos!... Por isso, os que vivem a fé sob o temor de Deus, são, interiormente, santificados pelo Espírito Santo e, por isso, bem-aventurados de Deus, Pai de todos, incluídos, sobrenaturalmente, no corpo do Cristo total.

Que nos diz são Boaventura?: Um monge de sua congregação, certo dia, ao vê-lo, disse-lhe: “Bem-aventurados sois vós, os doutos, porque amais mais a Deus do que nós, os ignorantes!” São Boaventura, então, lhe respondeu: Engana-te! ‘Uma velha ignorante pode amar mais a Deus do que o maior de todos os teólogos’.


João C. Porto

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Crer para ver o Invisível

Crer para ver o Invisível!...

Crer é comprazer-se em meditar, dia e noite, a palavra de Deus (Sl 1,2); pois, a fé provém da pregação e a pregação se exerce através da palavra de Cristo (Rm 10,17).

Ora, para crer e ter a fé que opere pela caridade (Gl 5,6b), é-nos necessário que nos acheguemos a Deus e acreditemos que ele existe, e que é o remunerador dos que o procuram (Hb 11,6b). 
 
Na verdade, “Sem fé é impossível agradar a Deus”. Assim, pois, “sem a paz e a santidade, ninguém pode ver o Senhor”. (Hb 12,14).

O Senhor Jesus Cristo, no sermão da montanha, fala-nos claramente: “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus” (Mt 5,8).

Às vezes, aqui ou alhures, ouvimos algumas pessoas dizerem: Ninguém pode ser puro ou perfeito, porque só Deus é puro e perfeito.

Sabemos, certamente, que fomos chamados a sermos puros, santos e perfeitos, e, em Jesus Cristo, pela graça e as moções do Espírito Santo, andaremos como ele mesmo andou. (I Jo 2,6)

Só Deus é puríssimo, perfeitíssimo, santo, misericordioso e eterno. Aliás, Deus, que criou céus e terra e tudo quanto neles há, “reina eternamente e além da eternidade” (Ex 15,18 = Vulgata).

Afirmamos, conforme a Bíblia Sagrada e experiência de vida, que somente Deus é puro e perfeito, pois o Senhor, nosso Deus, é o único Deus incriado; Deus de Abraão, de Isaac e Jacó, Deus de Israel, sempre existiu desde antes da eternamente, e sem fim!...

Sobre o sermos puros e perfeitos, que nos diz a palavra de Deus?

“O homem será mais raro que o ouro e mais precioso que o ouro mais puro” (Is 13,12 = Vulgata).

“Para os puros todas as coisas são puras; para os impuros e infiéis nada é puro, mas estão contaminados o seu espírito e a sua consciência” (Tt 1,15 = Vulgata).

“Ora, quando Abraão chegou à idade de noventa e nove anos, o Senhor apareceu-lhe e disse-lhe: Eu sou Deus onipotente; anda em minha presença, e sê perfeito” (Gn 17,1 = Vulgata).

Que nos diz o Senhor Jesus Cristo?

“Sede, pois, perfeitos como também vosso Pai celestial é perfeito” (Mt 5,48 = Vulgata).

Nos dias de Moisés, amigo do Senhor, o Espírito de Deus estava na arca da aliança. Deus falava, com Moisés, do propiciatório que ficava sobre a arca, entre os dois querubins.

Quando a Imaculada e sempre Virgem Maria concebeu do Espírito Santo, o Senhor, nosso Deus, passou a habitar, também, no coração da Virgem Santíssima, uma arca viva, de onde Deus falava ao seu povo; por isso nossa Senhora é aclamada como a “Arca da Aliança”, porque guardou e conserva dentro do seu coração, a Trindade Santíssima.

Hoje, finalmente, depois que o Senhor Jesus completou a obra da salvação, subiu ao céu e nos enviou o Espírito Santo (Lc 24,49; At 2,1-13), todos, os que formam, conjuntamente pelo Espírito, o Cristo total, que creem e são batizados em o nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, são “arca viva” que, harmonicamente, formam a Igreja do Senhor Jesus Cristo, a Igreja Una Santa, Católica e Apostólica. (Calcedônia - 452).

É, certamente, por tudo, que corresponde à obra salvífica, que são Paulo escreveu a Timóteo, sobre a obra que ele tinha a cumprir, como que a nós, principalmente, que já vivemos sob as angústias da escatologia final.

“Conjuro-te diante de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino: prega a palavra , insiste a tempo e fora de tempo, repreende, suplica, admoesta com toda a paciência e doutrina, porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas multiplicarão para si mestres conforme os seus desejos, levados pelo prurido de ouvir. Afastarão os ouvidos da verdade e os aplicarão às fábulas” (II Tm 4,1-4 = Vulgata).

A Igreja, que é a unidade de todos os filhos e filhas de Deus, conduzida, amorosamente, pelo Espírito Santo, é como que uma arca viva, a arca da nova e eterna aliança, de cujo seio sobre o altar alimenta todo o povo de Deus com o pão vivo decido do céu.

“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão viverá eternamente; e o pão que eu hei de dar é a minha carne pela vida do mundo” (Jo 6,51).

Assim, na Igreja do Senhor Jesus Cristo, todos são enviados a evangelizar e, como nos ensina são Paulo, “Ai de mim se eu não evangelizar”.

Crer é viver da fé para a fé que opera pela caridade, sob a luz da viva esperança que não nos engana, a esperança pela qual já se vislumbra, na terra dos bem-aventurados, a herança dos santos.


João C. Porto

sábado, 12 de outubro de 2013

O Envolvimento

O Envolvimento!

A infestação apresenta ainda uma categoria que é o envolvimento. Como indica o termo, a pessoa encontra-se com o corpo e o espírito envolvidos numa fina rede de força, que tende a dificultar-lhe a ação e o pensamento e a arrastá-la para a inatividade ou para o mal. A grande vidente Ana Catarina Emmerich da uma descrição do ponto onde opera a rede de forças diabólicas, declarando que ela age sobre um “fluido infinitamente sutil, a que se chamam forças vitais, que na realidade pertencem ao corpo, mas que são tão semelhantes à natureza da alma, que formam o primeiro e o principal instrumento da sua atividade vital”. Ao chegarem à penetração e eventual controle destas forças vitais, as entidades malignas passam a possuir canais de ações para a alma e para as funções superiores da mente.
Grande parte dos envolvimentos, que podem causar grande dano às pessoas com sensações de doença, cansaço, irritação, desânimo, perturbação mental ou inquietação, são originadas pelo envio propositado de forças maléficas por homens dados à bruxaria ou organizações apostadas na destruição das almas. Os bruxedos, os sortilégios, as más vontades, as cultuações do Diabo em Missas Negras e outras cerimônias, catapultam sobre pessoas, famílias, cidades e países, as hordas saídas do Inferno, que se encarniçam contra a alma e o corpo daqueles que tiveram fortuna ou o infortúnio de estar nas listas das seitas  como inimigo ou de chamar a atenção por algum dom invejável.
Por outro lado, não é raro que movidas pela curiosidade ou pelo desespero, as pessoas se tenham entregado a práticas maléficas, ao espiritismo, à magia, ao esoterismo, e até ido consultar bruxos e feiticeiros. Ações deste gênero só podem levar a fortes infestações das pessoas e famílias, agravar os males em vez de curá-los, podendo muitas vezes dar origem a verdadeiras possessões em que o Diabo requer os seus direitos.

Obs.: Do Livro “Defendei-nos do inimigo” da ASSOCIAÇÃO CULTURAL TUDO EM CRISTO.