sexta-feira, 27 de junho de 2014

Plenitude do coração


Batismo de Plenitude

Em Cristo habita corporalmente toda a plenitude da divindade. Todos nós possuímos tudo plenamente no Senhor, que é a cabeça de  todo principado e potestade. Nele, Senhor Jesus, também fostes circuncidados com circuncisão não feita por mão de homem, mas com a circuncisão de Cristo, que consiste no despojamento do nosso ser carnal (Cl 2,9-11).

Por isso, com o testemunho que nos vem da verdade integral, a palavra de vida eterna, nós o invocamos; invocamos porque o desejamos,  desejamos, porque o amamos, amamos porque o conhecemos.

Desse modo, é-nos, profundamente, necessário “conhecer a caridade de Cristo, que desafia todo o conhecimento”, até que alcancemos, através da fé, da esperança e da caridade o estado de homem feito, segundo a maturidade da idade de Cristo. (Ef 4,13).

O apóstolo Paulo nos ensina que em Cristo, pela virtude daquele que nos amou, somos mais que vencedores (Rm 8,37).

Assim, o amor, que brota da boa terra de nossos corações, é fruto da presença intrínseca do Senhor, a árvore da vida que nasce e floresce através das virtudes teologais, a partir do Éden interior de nossas almas.  

O que é o amor? “Deus é amor” (I Jo 4,8). Então, o amor é todo o bem; o mal é todo o mal. É como o amor e o ódio; são de sentidos antônimos; isto é, são palavras de significados  opostos. Assim também, amor é vida eterna, e ódiar é morte eterna; isto é, o amor é Deus, o ódio é satanás.

 Ora, não há união entre a vida e a morte; a vida eterna é Deus conosco; a morte eterna é o demónio com os filhos de beliar: “Termo grego constante de II Cor 6,15; é o nome de um demônio frequentemente mencionado na literatura apocalíptica”; que significa “maldade” ou “malvadeza”.

Como se pode observar, o amor, por sua caridade (Cl 3,14), aperfeiçoa os corações dos batizados do Senhor, transformando-os em seus verdadeiros filhos e membros de sua Igreja Uma, Santa, Católica e Apostólica (Concílio de Calcedónia - 451).

Ora, esse batismo, que é único na Igreja, corresponde à crisma – óleo da unção no Espírito Santo, semelhante ao batismo de regeneração e renovação no Espírito de Deus (Tt 3,4-7).

Meditemos, profundamente, sobre este episódio de são Paulo, em seu ministério, narrado por são Lucas, em Atos dos Apóstolos:

“Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as províncias superiores e chegou a Éfeso, onde achou alguns discípulos e indagou deles: Recebestes o Espírito Santo, quando abraçastes a fé?” Responderam-lhe: “Não, nem sequer ouvimos dizer que há um Espírito Santo!” “Então em que batismo fostes batizados?”, perguntou Paulo. Disceram: No batismo de João.  Paulo então replicou: João só dava um batismo de penitência, dizendo ao povo que cresse naquele que havia de vir depois dele, isto é, em Jesus. Ouvindo isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. E quando Paulo lhes impôs as mãos, o Espírito Santo desceu sobre eles, e falavam em línguas estranhas e profetizavam. Eram ao todo uns doze homens. (At 19,1-7).

Desse modo, embora São Paulo nos diga que “há um só batismo”, pelo batismo que recebemos na Igreja do Senhor Jesus Cristo – Igreja Católica – especialmente o Crisma – Sacramento da Reconciliação –, teremos sempre oportunidades de renovar o sentimento da nossa alma, revestindo-nos do homem novo criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade. (Ef 4,23-24).

Nesse objetivo, pelo Espírito Santo que nos foi dado (I Cor 2,12-13; Rm 5,5; Tt 3,4-7), seremos homens novos, filhos e filhas de Deus, conduzidos através da porta estreita, ao sei da fé de  Abraão, caminho de vida eterna em Cristo Jesus.

A plenitude do coração está no conhecimento do amar de Cristo no interior de quem vive  da fé para fé sob a condução amorosa do Espírito Santo.


João C. Porto e Zuleica M. Porto

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