A Graça e a Verdade
Conhecer o amor de Cristo é viver, na intimidade, o
Verbo de Deus, fonte de sabedoria no céu e na terra; pois, o amor de Deus nasce
e floresce, nos corações, a partir do conhecimento da verdade que nos liberta
deste mundo. (Jo 8,32).
“(Se, portanto, o Filho vos libertar, sereis
verdadeiramente livres”, Jo 8,36).
A graça é a afeição íntima e profunda da unção divina;
como selo de garantia (Ef 1,13; 4,30) que recebemos da Trindade Santíssima,
Deus conosco, conforme, outrora, nos fora prometido, e concedido, no tempo da
plenitude (Is 49,8; II Cor 6,1-2), isto é, através do batismo de regeneração e
renovação do Espírito Santo que recebemos na Igreja Uma Santa, Católica e
Apostólica, Igreja do Senhor Jesus Cristo. (Mt 16,13-19; 18,15-18; Jo 20,23).
Como sabemos, a lei e os profetas duraram até João
Batista (Lc 16,16), após o que chegou o tempo da plenitude.
Que nos ensina são Paulo?
“Mas, quando
veio a plenitude dos tempos, Deus enviou o seu Filho, que nasceu de uma
mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei,
para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus
enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho que clama: “Aba, Pai!”
Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro
por Deus. (Gl 4,4-7).
Em virtude dessa enorme bênção, o evangelista João nos
escreve: “Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça”. Pois a lei
foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. (Jo 1,16-17).
Na história da salvação, entre outros, há dois grandes
libertadores:
- Moisés, que nos libertou de uma escravidão histórica,
no Egito. Essa libertação, que culminou com a entrada do povo de Deus na terra
prometida. (Gn 12,1-3).
- Jesus Cristo, Filho de Deus, que nos libertou, da
escravidão do pecado deste mundo, para introduzir os filhos e filhas de Deus na
Nova Jerusalém celestial prometida. (Ez 36,24-28; Ap 21,9 – 22,5).
A graça e a verdade... A “verdade” é a palavra de vida
e salvação. A “graça” é a afeição íntima e profunda que recebemos de Deus, a
partir do batismo de regeneração e renovação do Espírito Santo, que recebemos
na igreja do Senhor. (Tt 3,5).
O Senhor Jesus nos ensina que são três os maiores
mandamentos da lei: justiça, misericórdia e fidelidade.
Ora, para que se conheça o amor de Cristo é-nos
necessário encontra-lo no profundo do interior; isto é, no núcleo central da
vida, em nossos corações, já que ele nos foi dado gratuitamente, e, por isso,
conforme nos ensinam os doutores da santa Igreja, é o doce hóspede de nossa
alma. Bem-aventurados os que creem nessa verdade inconteste, porque deles é o
Reino de Deus (Rm 14,17-18; I Cor 4,20-21).
Assim, o Espírito Santo é o amor do Pai e do Filho.
Conhecer o amor de Cristo é viver sob o influxo dos dons do paráclito, para
que, ao aproximarmos confiadamente diante do trono da graça, possamos alcançar misericórdia
e achar a graça de um auxílio oportuno. (Hb 4,16). Deus seja louvado!...
João C. Porto e Maria Zuleica M. Porto
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