sábado, 11 de dezembro de 2010

D E U S


Curso da Bíblia Sagrada

CBS – 02

D e u s

O1. Quem é Deus?

Cremos que a resposta mais apropriada seja simplesmente:

“ É “

Um “É” do tamanho de nossa imaginação relativa a grandeza de Deus:

Deus “É”

O Catecismo sempre nos ensinou que Deus é um espírito perfeitíssimo e eterno, criador do céu e da terra.

É uma idéia muito boa, porque realmente Ele criou todas as coisas. Criou o céu, a terra e tudo o que neles há.

Assim como no princípio, antes da criação, seu Espírito Santo pairava sobre as águas (Gn 1,2), assim também, nestes dias do seu Reino, que Jesus nos trouxe, sua graça repousa sobre os corações. É o Espírito da verdade para quem deseja ser verdadeiro. Para sua criação foi Deus quem disse o faça-se de sua eternidade criadora. No Fiat de Deus, que representa seu desejo de amor eterno para conosco, é que, a exemplo de nossa Mãe, Maria Santíssima, damos o nosso sim. Sem ele nada acontecerá no nosso coração, na nossa alma e/ou na nossa vida.

O homem só pode conceituar Deus dentro de suas próprias limitações em relação a Ele, ou de acordo com Suas manifestações divinas, ou ainda pelas reações inteligentes da própria criatura diante do Criador absoluto.

Assim, através dos tempos, na medida em que se relacionava com Deus, o homem dava-lhe nomes, de acordo com Suas revelações e em analogia com os elementos existentes na natureza. Através desses nomes, o homem expressava o poder e as qualidades do seu Deus. Deus era então chamado de Luz, de Rocha, Fogo, etc., sempre conforme a expressão dos seus sentimentos em relação ao Divino. Os homens apoderavam-se, assim, de algo próprio de sua cultura épica que pudesse indicar o Ser Forte e poderoso que tudo criou que pudesse expressar os atributos e qualidades por eles sentidos a partir do relacionamento com o próprio Deus.

Surgiram, assim, vários nomes para Deus, os mais antigos dos quais vieram, principalmente, dos povos semitas. São nomes que expressam de forma viva a experiência daquela gente com o Criador. Destes nomes, vindo dos povos mais distantes, os de mais difícil compreensão são os nomes próprios atribuídos a Deus.

Hoje, conhecemos os sete nomes de Deus, ou os nomes sagrados de Deus. Três deles expressam o Seu relacionamento com a criação; outros três referem-se a Sua perfeição, e um apenas reflete Sua divindade manifestada. Entre os semitas, El é a mais antiga designação de Deus.

02. Quais são os três primeiros nomes de Deus?

Os três primeiros nomes de Deus, os quais expressam Sua relação com a criação são os seguintes:

1. El, que significa Ser Forte.

De origem semita, aparece de formas várias em quase todas as línguas semitas. Não costuma ser aplicado a Deus em sua forma simples, mas acompanhado do artigo (O El) ou acompanhado de outra palavra que designe alguns dos atributos de Deus:

El Hay (Deus vivo)

El Hashamaim (Deus do céu)

El Elohim (Deus dos deuses)

2. Elohim (plural) ou Eloah (singular), que significa Deus Criador.

Aparece combinado com outras designações:

Elohim Sabaoth (Deus dos Exércitos)

Elohim (Deus de Abraão, de Isaac e Jacó)

3. Adonai, que significa Meu Senhor.

É talvez o mais importante nome entre estes três primeiros. É derivado de Dún (Julgar, condenar).

03. Quais são os outros três nomes de Deus?

Os três nomes seguintes, que expressam os mais importantes aspectos da perfeição divina, são:

4. Shaddai, que significa Ser violento ou empregar a força, expressão que traduz a idéia de poderoso ou onipotente. Daí:

El Shadday (Deus onipotente ou poderoso ).

5. Elyon, derivado de um verbo que significa subir, é traduzido por Altíssimo.

6. Qadosh, que significa santo.

Aparece, de preferência nos profetas, de forma especial em Isaías, e designa a santidade e pureza de Deus.

04. Qual é, finalmente, o sétimo nome de Deus?

7. O nome que expressa a essência divina de Deus, portanto o mais importante nome de Deus é:

YHWH (pronuncia-se Javé):

Com o advento da vogal no hebraico, a grafia passou a YAHWE, que quer evidenciar ainda mais o nome Javé. Yahwe deriva-se do verbo ser, por isso que tem o sentido de aquele que é. (Ex 3,14).

Assim, o nome Jeová é uma deturpação de YHWH + ADONAI, sendo, portanto, falso, não se aplicando ao Deus verdadeiro.

05. Como Deus é chamado por nós, que vivemos o Reino dos céus em Jesus Cristo?

a) Jesus Cristo nos diz que Deus é Espírito e quer ser adorado em espírito e verdade. (Jo 4,24)

b) Deus é amor e quer que O conheçamos para vivermos no seu amor. (I Jo 4,8.16).

c) Deus é misericordioso, por isso não desampara os seus filhos (Dt 4,31).

d) Deus é Rei de toda a terra (Sl 46,8).

e) Ele é o Deus Salvador (Sl 67,20).

f) Deus é Salvador e fora dele não há outro (Is 43,10-11)

g) Deus é verdadeiro ((Jo 3,33).

h) Deus é fiel (I Cor 1,9; 10,13).

i) Deus é luz (I Jo 1,5).

j) Deus é bom (Sl 33,9)

i) Deus é bom e sua misericórdia é eterna (Sl 117,29).

06. Como o Senhor Jesus Cristo nos ensina chamar Deus?

Jesus Cristo nos ensina a chamar Deus de PAI.

O Salmista nos ensina que Deus é Pai e autor da salvação (Sl 88,27).

O profeta Isaías, referindo-se a Jesus Cristo, nos diz que Deus é admirável, conselheiro, Deus forte, PAI da eternidade e Príncipe da Paz (Is 9,6).

Pai, Pai nosso!... É a forma mais significativa e de carinho filial com que Jesus nos ensina a chamar o Senhor, nosso Deus. Ele não é apenas Pai, como um único Pai para nós. Ele o é também nas pessoas do Filho e do Espírito Santo. Como se poderia dizer: são três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo) em um só Deus. Três pais em um só e único Pai, que é Deus (Mt 28,19; Is 43,10b).

Poderíamos, então, esquematizar:

Pai - vontade, bondade

Deus: Filho – Sabedoria, graça

Espírito Santo – Amor, atividade

São Paulo nos exorta, dizendo que recebemos o espírito da adoção filial:

“A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai!” (Gl 4,6). Por isso, chamamos Deus de Pai, Papai ou Paizinho!...

07. Por que Deus é amor?

Porque, na sua perfeição e santidade, tem em si a característica; o único meio de comunicar os sentimentos através da palavra, na qual o seu poder se revela em unidade de vida eterna.

Assim, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são vontade, sabedoria e amor. Suas graças pessoais e qualidades eternas, para efeito didático, posicionam-se no âmbito do nosso entendimento, mais ou menos assim:

a) O Pai corresponde ao amor que é, também, do Filho e do Espírito Santo que os une permanentemente.

b) O Filho corresponde à sabedoria, à graça, à benevolência e à amizade de Deus.

d) O Espírito Santo corresponde à unidade no amor do Pai e do Filho.

Pode-se dizer, também, que no Pai está a verdade e a vontade universal, no Filho a sabedoria de Deus no céu e na terra, e no Espírito Santo, a Sua atividade criadora, regeneradora, renovadora e santificadora de todas as coisas.

08. Por que temos Deus por nosso Pai?

Porque sentimos que Ele tem tudo. É como Pai para sua criança: segurando em Suas mãos, nós nos sentimos seguros. Ele pode tudo, criou-nos por amor, ama-nos com amor eterno e constante, e nos acolhe com bondade e profunda misericórdia. E faz tudo isso de um jeitinho melhor que qualquer pai aqui da terra, mesmo que esse tivesse a bondade de Deus.

O próprio Jesus Cristo, Seu Filho amado, nos ensina, dizendo: “Um só é vosso Pai que está no céu” (Mt 23,9).

Por isso, acreditamos em um só Deus verdadeiro, perfeitíssimo e eterno, que se manifesta em três pessoas, absolutamente, distintas: Pai, Filho e Espírito Santo; e que, pelo batismo que recebemos na Sua Igreja Católica, habita em nós e opera através de seus filhos e filhas do seu amor.

“Não sabeis que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós”? (I Cor 3,16).

“Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis a vós mesmos? Porque fostes comprados por um grande preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo” (I Cor 6,19-20).

09. Em que oportunidade feliz e benfazeja observamos, concomitantemente, a manifestação das três pessoas da Santíssima Trindade?

No batismo de Jesus Cristo, às margens do rio Jordão. Ali, Jesus (o Filho) era batizado, o Espírito Santo descia sobre Ele, em forma de pomba, e o Pai falava dos céus, dizendo: “Este é o meu Filho muito amado em quem ponho a minha afeição” (Mt 3,16-17).

10. O que mais se pode dizer sobre Deus?

Deus é ainda revelação. Ele se revela através da palavra, da oração, dos dons, carismas e virtudes do Espírito Santo.

“As coisas invisíveis dEle, depois da criação do mundo, correspondendo-se pelas coisas feitas, tornaram-se visíveis, e, assim, o Seu poder eterno e a Sua divindade, de modo que ninguém pode se desculpar” (Rm 1,20)

“Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vem de Deus, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou e que pregamos numa linguagem que nos foi ensinada não pela sabedoria humana, mas pelo Espírito, que exprime as coisas espirituais em termos espirituais” (I Cor 2,12-13).

Então Deus é tudo para nós! Certamente foi sentindo essa grandeza do amor de Deus para conosco e a veracidade de Suas riquíssimas promessas que São Vicente nos exorta à obra do amor de Deus, quando diz: “Felizes os que dedicam o tempo breve de sua vida ao amor e a justiça”.

QUESTIONÁRIO PARA REFLEXÇÃO E APROFUNDAMENTO

11. Como Deus é chamado de acordo com as citações abaixo?

a) Atos dos Apóstolos – Cap. 14, Vers. 15 (At. 14,15)

b) Evangelho de São João – Cap. 17, Vers. 19 (Jo 17,19)

c) Evangelho de São Mateus – Cap. 28, Vers. 19 (Mt 28,19)

12. Como Criador, Salvador e Santificador, quais são as características de Deus?

a) Evangelho de São Lucas – Cap. 6, Vers. 36 (Lc 6,36)

b) 1ª Epístola de S. Pedro – Cap. 1, Vers. 15-16 (I Pd 1,15-16)

c) 1ª Epístola de S. João – Cap. 1, Vers. 5 (I Jo 1,5)

d) 1ª Epístola de S. João – Cap. 4, Vers. 8 (I Jo 4,8)

13. O que Deus fez?

Atos dos Apóstolos – Cap. 14, Vers.15 (At. 14,15)

14. Onde a gente vê o poder eterno de Deus?

Epístola aos Romanos – Cap. 1, Vers. 20 (Rm 1,20)

15. O que é que Deus dá a todos os homens?

Atos dos Apóstolos – Cap. 17, Vers. 25 (At. 17,25)

16. Como Deus falou outrora e nos últimos tempos?

a) Epístola aos Hebreus – Cap. 1, Vers. 1 (Hb 1,1)

b) Epístola aos Hebreus – Cap. 1, Vers. 2 (Hb 1,2)

17. Deus é amor! Em que consiste o amor de Deus?

1ª Epístola de S. João – Cap. 4, Vers. 10 (I Jo 4,10)

18. Deus é eterno! Qual é o dom supremo de Deus?

Evangelho de São João – Cap. 3, Vers. 16 (Jo 3,16)

19. Quem é aquele que Deus, por amor a nós, não poupou?

Epístola aos Romanos – Cap. 8, Vers. 32 (Rm 8,32)

20. Qual é o único caminho que nos leva a Deus?

Evangelho de São João – Cap. 14, Vers. 6 (Jo 14,6)

21. Latria é adoração a Deus. Nesse culto, como Deus quer ser adorado por todos?

Evangelho de São João – Cap. 4, Vers. 24 (Jo 4,24)

22. A Deus tudo é possível (Lc 1,37)! O que é impossível aos homens, mas é possível a Deus?

Evangelho de São Marcos – Cap. 10, Vers. 26-27 (Mc 10,26-27)

23. Dizemos que somos Filhos de Deus! Mas como é que nos tornaremos Filhos de Deus?

a) Epístola aos Gálatas – Cap. 3, Vers. 26 (Gl 3,26)

b) Epístola aos Romanos – Cap. 8, Vers. 14.16 (Rm 8,14.16)

24. Diga com suas palavras quem é Deus para você?

Mt 16,15-16, a exemplo de S. Pedro com Cristo.

João C. Porto

Obs.: Este Curso de Introdução à Bíblia Sagrada se encontra na apostila do Autor (1992).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Bíblia Sagrada: Curso da Bíblia Sagrada - CBS - 01



                                      Curso da Bíblia Sagrada
                                                  CBS – 01
                                         A Bíblia Sagrada

 
01. Qual a origem da palavra Bíblia?
Do grego Biblos, que significa livro.
Diminutivo: Biblion, que significa livrinho.
Plural: Biblia, que significa livrinhos.
O plural, com o passar do tempo, foi perdendo o sentido. Hoje, etimologicamente falando, a palavra Bíblia significa uma Coleção de Livros.
02. Para facilitar o Estudo, como são divididos os livros da Bíblia?
Os livros da Bíblia são divididos em capítulos e versículos, com o objetivo principal de facilitar a exegese, isto é, a interpretação gramatical e histórica da Bíblia.
Em primeiro lugar, os livros da Bíblia foram divididos em capítulos. Segundo consta, a atual divisão dos capítulos sagrados em versículos (versos) data do século XVI. Em 1528, Sanctes Pagninus fez a divisão do Antigo Testamento em versículos, e, em 1551, Robert Estienne (Estevão) dividiu o texto grego do Novo Testamento em versículos.
03. Como estudar a Bíblia Sagrada, apoiando-se nos capítulos, versículos e outros sinais gráficos?
A vírgula separa capítulos de versículos.
Ex.: Jo 3,3.
Indica o Evangelho de São João, Cap. 3, Vers. 3. Com esta indicação, você lerá o 3º versículo do 3º capítulo do referido Evangelho.
O ponto e vírgula separam capítulos de um mesmo livro ou um livro de outro.
Ex.: Jo 1,12; 3,3; II Cor 5,7.
O primeiro ponto e vírgula separam os capítulos 1º e 3º do mesmo livro, que é o Evangelho de São João, onde se devem ler, respectivamente, os versículos 12º e 3º. O segundo ponto e vírgula separam dois livros: o Evangelho de São João da 2ª Carta de São Paulo aos Coríntios, na qual se deve ler o versículo 17 do Capítulo 5º. Então, você terá lido:
“Mas a todos os que o receberam deu poder de se tornarem filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” (Jo 1,12);
“Jesus respondeu e disse-lhe: em verdade, em verdade te digo que não pode ver o Reino de Deus senão aquele que nascer de novo” (Jo 3,3);
“Se algum, pois, está em Cristo é uma nova criatura; passaram as coisas velhas; eis que tudo se fez novo” (II Cor 5,17).
O ponto indica leitura de capítulos ou versículos não seqüenciados.
Ex.: Gn 16.19.
Significa que se deve ler, tão somente, os capítulos 16 e 19 do Livro do Gênesis.
Mt 5,14.16.48.
Indica que do capítulo 5º do Evangelho de São Mateus se devem ler, tão somente, os versículos 14, 16 e 48. Como se vê, é uma leitura salteada de versículos.
O hífen indica a leitura de versículos seguenciados.
Ex.: Jo 3,3-8.
Significa que do 3º capítulo do Evangelho de São João deverão ser lidos os versículos de 3 a 8.
Letras a e b após a citação dos versículos significam que, relativamente ao a, a citação refere-se somente à parte inicial do versículo; e, relativamente ao b, a citação indicada para a leitura refere-se à parte final do referido versículo.
Ex.: Jo 14,6a ou 14,6b
Ora, em Jo 14,6 lê-se o seguinte: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim”.
Se a citação em causa é a primeira indicada acima, isto é, Jo 14,6a, leremos tão somente: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”.
Se, no entanto, a citação para a leitura for à segunda, isto é, Jo 14,6 b, então leremos: “ninguém vai ao Pai senão por mim”.
Obs.: Se, na divisão de um versículo, além de a e b aparecerem outras letras, significa que o versículo, por necessidade de quem o estudo, foi dividido em mais letras, por exemplo: a, b, c, d etc..
Vírgula, hífen e ponto ao mesmo tempo.
Ex.: Jo 3,3-5.7.
Significa que a referida citação nos orienta a ler os versos 3 a 5 e daí saltar para a leitura do verso 7º do capítulo 3º do Evangelho de São João.
4. O que é a Bíblia Sagrada?
A Bíblia Sagrada é a palavra de Deus em forma de alimento espiritual.
Humilhou-te com a fome; deu-te por sustento o maná, que não conhecias nem tinham conhecido os teus pais, para ensinar-te que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor (Dt 8,3)
Jesus respondeu: “Está escrito: Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus” (Mt 4,4; Lc 4,4).
É a verdade de Deus na palavra ou o próprio Verbo:
“Santifica-os pela verdade. A tua palavra é a verdade” (Jo 17,17).
É alimento que sacia a fome e a sede de ouvir a palavra de Deus:
“Virão dias – oráculo do Senhor Javé – em que enviarei fome sobre a terra, não uma fome de pão, nem uma sede de água, mas ( fome e sede ) de ouvir a palavra do Senhor” (Am 8,11).
É alimento que traz gosto ao paladar e alegria ao coração:
“Vede: é por vós que sofro ultrajes da parte daqueles que desprezam vossas palavras”. Aniquilai-os. Vossa palavra constitui minha alegria e as delícias do meu coração, porque trago o vosso nome, ó Senhor Deus dos exércitos!”(Jr 15,16).
É alimento de extrema doçura, que na boca de quem vive a fé é mais doce que o mel:
“Quão saborosas são para mim vossas palavras! São mais doces que o mel à minha boca” (Sl 118,113).
É lâmpada para os pés e luz para o caminho de quem vive o amor de Deus:
“Vossa palavra é um facho que ilumina meus passos, uma luz em meu caminho” (Sl 118,105).
É o Verbo de Deus como fonte de sabedoria nos céus e como caminho de eternidade na terra:
“O Verbo de Deus nos céus é fonte de sabedoria, seus caminhos são os mandamentos eternos” (Eclo 1,5).
5. De quantos livros se compõe a Bíblia Sagrada?
De 73 livros: 46 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento.
6. Quais são os livros do Antigo Testamento, de conformidade com seu gênero, e como eles são abreviados?
Pentateuco – os cinco primeiros livros:
Gênesis (Gn) Êxodo (Ex)
Levítico (Lv) Números (Nm)
Deuteronômio (Dt)
Históricos – 16 livros:
Josué (Js) Juizes (Jz)
Rute (Rt) I Samuel (I Sm)
II Samuel (II Sm) I Reis (Rs)
II Reis (II Rs) I Crônicas (I Cr)
II Crônicas (II Cr) Esdras (Es)
Neemias (Ne) Tobias (Tb)
Judite (Jd) Ester (Est)
I Macabeus (Mc) II Macabeus (II Mc)
Poéticos ou Sapienciais – 7 livros
Jó (Jó) Salmos (Sl)
Provérbios (Pr) Eclesiastes (Ecl)
Cântico dos Cânticos (Ct) Sabedoria (Sb)
Eclesiástico (Eclo)
Grandes Profetas – 6 livros
Isaías (Is) Jeremias (Jr)
Lamentações (Lm) Baruc (Br)
Ezequiel (Ez) Daniel (Dn)
Pequenos Profetas – 12 livros
Oséias (Os) Joel (Jl)
Amós (Am) Abdias (Ab)
Jonas (Jn) Miquéias (Mq)
Naum (Na) Habacuc (Hab)
Sofonias (Sf) Ageu (Ag)
Zacarias (Zc) Malaquias (Ml)
7. Quais são os livros do Novo Testamento, de conformidade com seu gênero, e como são abreviados?
Evangelhos – 4 livros.
Mateus (Mt) Marcos (Mc)
Lucas (Lc) João (Jo)
Histórico – 1 livro
Atos dos Apóstolos (At.)
Cartas Paulinas – 14 livros
Romanos (Rm) I Coríntios (I Cor)
II Coríntios (II Cor) Gálatas (Gl)
Efésios (Ef) Filipenses (Fl)
Colossenses (Cl) I Tessalonicenses (I Ts)
II Tessalonicenses (Ts) I Timóteo (I Tm)
II Temóteo (II Tm) Tito (Tt)
Filémon (Fm) Hebreus (Hb)
Cartas Católicas – 8 livros
Tiago (Tg) I Pedro (I Pd)
II Pedro (II Pd) I João (I Jo)
II João (II Jo) III João (III Jo)
Judas (Jd) Apocalipse (Ap)
8. Por que há Bíblias com 73 livros e outras com 66?
A Bíblia Sagrada nos é apresentada em dois cânones ou catálogos:
a) O restrito da Palestina, com 66 livros, seguido desde Lutero, por todo o mundo protestante, hoje, conhecido como evangélico.
b) O amplo de Alexandria, ou a tradução dos 70 intérpretes, com 73 livros, seguido, desde os apóstolos de Cristo e até hoje, pelo mundo católico.
Entre um e outro cânone, há sete livros divergentes, além de fragmentos dos livros de Ester e do profeta Daniel.
9. Quais são os sete livros divergentes e os fragmentos mencionados?
Livros:
Judite (Jd) Tobias (Tb)
I Macabeus (I Mc) II Macabeus (II Mc)
Sabedoria (Sb) Eclesiástico (Eclo)
Baruc (Br)
Fragmentos:
No livro de Ester: Capítulo 10,4-13 e mais os capítulos 11 a 16.
No livro do profeta Daniel: Capítulo 3,24-90 e mais os capítulos 13 a 14.
O Antigo Testamento anuncia a vinda do Senhor e Salvador, Jesus Cristo. O Novo Testamento nos apresenta Jesus Cristo como o único Salvador (Is 43,11), aquele que veio e que virá novamente no final dos tempos.
10. Quais os idiomas utilizados na escrita da Bíblia Sagrada?
O Antigo Testamento foi escrito em Hebraico, e o Novo Testamento em grego e aramaico.
11. Como a Bíblia se apresenta com relação à dimensão dos livros, capítulos e versículos?
Os Salmos formam o maior livro da Bíblia Sagrada com 150 capítulos.
A segunda carta de São João é o menor livro da Bíblia com apenas um capítulo de 13 versículos.
O Salmo 118 é o maior capítulo da Bíblia Sagrada com 176 versículos e o Salmo 116 é o menor capítulo com apenas dois versículos.
O maior versículo da Bíblia é o versículo 9º do capítulo 8º do livro de Ester, e o menor versículo é o versículo 13º do capítulo 20º do livro do Êxodo: “Não matarás”.
QUESTIONÁRIO DE FLEXÃO E APROFUNDAMENTO
12. Por que a Bíblia Sagrada foi Escrita?
Evangelho de São João – Cap. 20, Vers. 31 (Jo 20,31)
13. A Bíblia Sagrada pode desaparecer?
a) Evangelho de São Lucas – (Lc 21,33)
b) I Epístola de São Pedro – (I Pd 1,25)
14. A Bíblia Sagrada diz a Verdade?
Evangelho de São João – (Jo 17,17)
15. O que é a Bíblia Sagrada para o homem?
Evangelho de São Mateus – (Mt 4,4)
16. Quem é aquele que a Bíblia Sagrada nos ensina a conhecer?
Evangelho de São João – (Jo 5,39)
17. Quem inspirou os escritos da Bíblia Sagrada?
II Epístola a Timóteo – (II Tm 3,16)
18. Como a Bíblia Sagrada chegou até nós?
II Epístola de São Pedro – (II Pd 1,21)
19. Diga com suas palavras o que a Bíblia Sagrada representa para você.

João C. Porto
Obs.: Este Curso de Introdução à Bíblia Sagrada se encontra na Apostila do Autor. (1992).

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Tudo em torno de Cristo



I – Todos os Mistérios de Fé devem ter sua dimensão cristológica.
1 – Mistério da SS. Trindade = mostra-nos o Filho de Deus no Seio do Pai, recebendo o ser.
“Vou publicar o decreto do Senhor: Disse-me o Senhor”: “Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Sl 2,7).
2. – Mistério da Encarnação = Mostra-nos o Filho de Deus no SEIO DE MARIA, vindo ao mundo.
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebeu do seu Pai, cheio de graça e verdade (Jo 1,14).
3 – Mistério da Eucaristia = Mostra-nos o Filho de Deus no SEIO DA IGREJA, permanecendo entre nós.
“Ensinando-as a observar tudo o que vos prescrevi. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20).
II – Jesus Cristo: Coração e Plenitude da Revelação.
“Muitas vezes e de diversos modos outrora falou Deus aos nossos pais pelos profetas” (Hb 1,1)
“Quanto ao fundamento, ninguém pode pôr outro diverso daquele que já foi posto: Jesus Cristo” (I Cor 3,11).
“Nesse Filho, pelo seu sangue, temos a Redenção, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça que derramou profusamente sobre nós, em torrentes de sabedoria e de prudência”. (Ef 1,7-8).
“Porque Cristo é o fim da lei, para justificar todo aquele que crê”. (Rm 10,4).
III – Por isso, todo culto ou devoção deve girar em torno de Cristo.
1. Devoção a Maria
“Jacó gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo” (M 1,16).
“Ela deu à luz um Filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Mas seu Filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono” (Ap 12,5).
2. Culto dos Anjos
“Ninguém vos roube ao seu belprazer a palma da corrida, sob pretexto de humildade e culto dos anjos. Desencaminham-se estas pessoas em suas próprias visões e, cheias do vão orgulho de seu espírito materialista, não se mantém unidas à cabeça, da qual todo o corpo, pela união das junturas e articulações, se alimenta e cresce conforme um crescimento disposto por Deus” (Cl 2,18-19).
Pe. Pedro Maria

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O Culto de Latria, Dulia e Hiperdulia


Na Igreja Católica, como em qualquer outra Igreja cristã, que tem Jesus Cristo como Salvador (Jo 3,16), centro e vida eterna dos filhos e filhas de Deus (I Jo 5,11-12), adora-se exclusivamente a Deus (Mt 4,10; Dt 6,13), Deus de Israel, Deus de Abraão de Isaac e Jacó, o Deus único que Salva (Is 45,15), mesmo porque não há outro, nem antes e nem depois. (Is 43,10).

Portanto, o culto de Latria que corresponde à adoração ao Criador, o Deus Vivo, Perfeitíssimo, Eterno e Santíssimo, El Shadday, o Todo-podereso Deus de Israel, “Eu Sou”, Aquele que é o Senhor Javé.

Por isso, o culto de dulia corresponde a simples veneração aos anjos do Deus Altíssimo, que nos acompanham e nos protegem nesta vida terrena (Sl 33,8); e bem assim aos santos e santas que nos precederam no Reino de Deus, canonizados pela Igreja; pois, as suas vidas de temor de Deus e santidade são úteis para todos os homens e mulheres que, em Cristo, vivem no caminho de perfeição, conduzidos pela direção amorosa do Espírito Santo. Ele nos dirige, fitando em nós seus próprios olhos (Sl 31,8); nós que somos filhos e filhas amados de Deus. (Rm 8,14.16; Lc 12,12: Mt 10,19-20; I Cor 2,12-13).

Finalmente, o culto de Hiperdulia, uma veneração maior a Sempre Virgem e Imaculada Mãe de Jesus (Lc 1,31), Mãe do Filho de Deus (Lc 1,35), Mãe de Deus (Lc 1,43) e Mãe do verdadeiro Deus e da Vida Eterna (I Jo 5,20b).

Estes dados são incontestáveis, porque estão fundamentados na palavra de Deus e, por isso, fazem parte da ordem que o Senhor Jesus Cristo deu aos seus apóstolos, antes de subir aos Céus: “Ensinando-as a observar todas as coisas que vos prescrevi. Eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt 28,20).

Ora, o Senhor, nosso Deus, em seu Filho, Jesus Cristo, (Jo 10,30) concedeu a Igreja, que ele mesmo a edificou através do apóstolo Pedro (Mt 16,13-19) e, posteriormente, ao colegiado apostólico (Mt 18,18; Jo 21,15-17), o poder de ligar e desligar sobre a terra, e inclusive de perdoar ou não perdoar os pecados dos homens. (Jo 20,23).

Isto posto, desejo de coração aberto à fé e à revelação do Divino Pai, do Filho Salvador e sob a consolação do doce hóspede de minha alma, o Espírito Santo, emitir minha clarividência sobre o assunto em meditação.

No livro do Ex 23,20-21 Deus promete essa bênção a Moisés: “Vou enviar um anjo diante de ti para te proteger no caminho e para ti conduzir ao lugar que te preparei. Está de sobreaviso em sua presença, e ouve o que ele te diz. Não lhe resistas, pois ele não te perdoaria tua falta, porque meu nome está nele”.

Ora, em qualquer hipótese, o anjo não é outra coisa senão o próprio Deus enquanto atua longe de sua habitação celeste, porque, nesse caso, atua em nome e em o nome de Deus, visto que ele, consoante a teoria angelical defendida por Sto. Agostinho, representa Deus e identifica-se com Deus. Portanto, observemos que o valor e a importância do anjo, em que pese ser puro espírito e, por isso, imagem perfeitíssima de Deus, é o nome de Deus que está nele.

Com efeito, na vocação de Abrão, Deus lhe diz: “Abençoarei aqueles que te abençoarem, e maldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti” (Gn 12,3).

Já que a Igreja de Cristo recebeu do próprio Senhor Jesus o poder de ligar e desligar, de perdoar e não perdoar, de abençoar e não abençoar, tudo o que ela, através do sacerdócio, in persona Cristi, abençoar estará abençoado e consagrado ao Senhor. Por isso, a Igreja consagra todas as coisas, conforme as prescrições do Senhor Jesus. Ela consagra o templo, o altar, o sacrário, ostensório, as vestes sacerdotais etc. e, por essa consagração fica nos bens consagrados o nome do Senhor, porque o que não tem o nome de Deus, não lhe pertence, visto que no nome do Senhor está o selo de suas presença e perfeições. (Ef 1,13; 4,30).

Assim, todas as imagens consagradas pela Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica possuem o nome do Senhor Deus de Abraão, de Isaac e Jacó, do seu Filho nosso Senhor Jesus Cristo, nosso único Salvador, a graça e o Dom perfeito e a unção do Espírito Santo, que recebemos no Batismo. Então, a importância dos filhos e filhas de Deus, dos ícones ou imagens e coisas consagradas pela Igreja de Cristo Jesus, não está tão somente no que eles ou elas representam sobre a terra; mas, sobretudo, no nome de Deus que está neles e nelas, conforme a consagração conferida pela Santa Igreja do Senhor Jesus Cristo. Antes da consagração, a imagem representa a figura do Santo, como um retrato, uma estampa etc. Entretanto, depois da consagração sacerdotal, que seja pelo batismo do Espírito Santo ou outras quaisquer bênçãos celestiais, eis que o nome do Senhor se fará presente. Esta é, portanto, a importância e o valor das imagens e de todos nós, que somos imagens vivas de Deus. Se, porventura, a consagração de quem as consagra, por alguma razão, não possui a unção divina para tal ato de fé e caridade das perfeições do amor de Deus, então será lastimável, porque sem Deus nada existe, e, se existe, sem o nome do Deus Altíssimo, nada nos convém praticar ou viver.

“Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma? Ou que daria o homem em troca de sua alma?” (Lc 9,25)

Tudo em Deus e com Deus, e nada sem Deus. Triste de quem adora imagens ou qualquer outra coisa; porque a ordem divina é esta: “Somente a Deus adorarás e a ele servirás” (Mt 4,10). E o Senhor Jesus, ainda, acrescenta: “Deus é espírito, e os seus adoradores devem adorá-lo em espírito e em verdade” (Jo 4,34).

E por que não pensar nisso? Deus é único, e do nada fez o céu e a terra e tudo quanto neles há. Logo, as digitais das mãos do Criador estão em tudo o que foi criado por ele. A única coisa que falta, em virtude do pecado, é a sua consagração, a bênção do Criador, em o nome glorioso do Senhor Jesus Cristo, seu Filho amado. (Mt 3,17)

Assim, o que não tem o nome do Senhor, como selo de perfeição (Mt 5,48), para nada serve, pois, é “demônio” e ao demônio pertence. (Sb 2,24).

João C. Porto

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Caridade


Caridade

Inclina teu ouvido, e ouve as palavras dos sábios, e aplica o coração à minha doutrina, a qual terás por formosa, quando a guardares dentro do teu coração, e ela transbordará nos teus lábios. (Pr 22,17-18).

A caridade de Deus está em todos estes momentos através do amor que o Senhor Jesus Cristo difunde em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.

O momento de nosso batismo no Espírito Santo é o princípio em que Deus mete dentro de nós o seu Espírito, a fim de que sejamos capacitados a viver revestidos da caridade do amor de Cristo. É por isso que devemos estar com os ouvidos atentos, os pés sobre o caminho, os olhos da luz divina e as mãos estendidas aos outros a espalhar a semente da sabedoria, para colhermos os frutos, a fim de que Jesus, de nossas mãos os distribuam aos necessitados.

Por isso a doutrina nos será sempre formosa, porque aprouve a Deus que a guardemos dentro de nossos corações, a fim de que o Senhor Jesus a transborde de nossos lábios, porque, nesse caso, já não seremos nós, mas aquele que ministra em nós, para que seja do Pai Eterno a operação de tudo em todos.

Nossa vida espiritual deve ser uma entrega íntima e profunda a Deus, em o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, nossa salvação e ressurreição. Do contrário, o Espírito Santo não nos conduzirá como filhos e filhas de Deus, nem testemunhará essa realidade ao nosso espírito (Rm 8,16).

Se não o desejarmos ardentemente, se não o buscarmos de todo o nosso coração, como seremos revestidos da amizade e da intimidade da caridade do amor de Cristo? A caridade é o vínculo de toda a perfeição. É por ela que o Espírito Santo aperfeiçoa e santificam em nós todos os dons infusos e todos os carismas, todas as virtudes e coloca nos frutos de vida eterna a excelência da doçura que possui a palavra de Deus: “Vossa palavra constituiu minha alegria e as delícias do meu coração, porque trago o vosso nome, ó Senhor Deus dos exércitos”! (Jr 15,16b). “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! São-no mais que o mel à minha boca”. (Sl 118,103 = Vulgata).

Assim, pois, é necessário que se conheça a caridade de Cristo, que excede toda a ciência, para que estejamos cheios da plenitude de Deus. O que é a plenitude de Deus senão a vida plena de Cristo em nós, pela graça de sermos conduzidos, amorosamente, pelo Espírito Santo que habita em nós?

Ora, se somos batizados em Cristo, estamos revestidos de Cristo. (Gl 3,27). Na verdade, é também pela fé que somos filhos e filhas de Deus. (Gl 3,25) E porque estamos revestidos de todas as perfeições da Caridade do Senhor Jesus Cristo, voltamos à imortalidade, para qual Deus nos criou no princípio, e já vislumbramos, interiormente, pela luz da caridade do Pai e do Filho, a luz inacessível que nenhum homem viu nem pode ver. “Então conhecerei totalmente como eu sou conhecido”.

João C. Porto