quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Caminho Estreito

Entender o caminho estreito

Para entrar pela porta estreita do caminho de vida eterna, a via apertada, precisamos ser ousados de todo o coração, de toda a alma e de todo o espírito, para romper com este mundo secularizado, para a renovação do espírito, para, finalmente, discernir qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. (Rm 12,2).

Esse caminho novo, de homem renovado (II Cor 5,17), possui vários princípios de vida em nosso Senhor Jesus Cristo, entre os quais  citamos os mais necessários:

a) A fé.

“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e, que recompensa os que o procuram”. (Hb 11,6).

A fé é um carisma de poder e, por isso, corresponde ao Pai Eterno, que tudo criou: o céu, a terra e tudo quanto neles há. Deus pode tudo!... (Mt 10,19-20; Mc 10,27: Lc 18,27; 1,37).

 É necessário viver segundo a fé que opera pela caridade. (Gl 5,6).

b) A esperança.

“A esperança não engana. Porque o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo espírito Santo que nos foi dado”. (Rm5, 5).

A esperança corresponde ao Filho, que derramou, profusamente, em nossos corações a caridade, através da qual, como que, pela luz, antecipada, da visão beatífica, os filhos e filhas de Deus, guiados e movidos pelo Espírito Santo, já, de alguma forma amorosa, vislumbram os bens da herança reservada aos santos. (Tt 3,6-7).

c) A caridade.

“Mas, acima de tudo, revesti-vos da Caridade, que é o vínculo da perfeição”. (Cl 3,14).

A caridade é a perfeição do amor do Pai e do Filho; isto é, o Espírito Santo que nos foi dado através do batismo, o qual infunde, nos corações de seus filhos e filhas, os Dons de santificação, os carismas e virtudes, para revestir, a todos, do homem novo e da santidade das almas, (Mt 5,8; Hb 12,14). Quando somos engraçados de Deus, trazemos em nossos corações a face do amor do Pai e do Filho; isto é, o Espírito Santo, resplendor da glória divina.


Visão de renovação e Santidade.

Quando nascemos – criancinhas – para vivermos no meio sensível da matéria na qual estamos, possuímos cinco sentidos, para que possamos despertar-nos racionalmente:

- Visão, audição, tato, olfato e paladar.

É sem dúvidas que a partir desses sentidos, acima citados, despertamos para o mundo da razão, através da interação dos pais e demais membros da família.

Ora, porque somos racionais, a princípio, começamos a absorver, no núcleo central da vida, o coração, via sentidos, não só o acervo cultural familiar, mas, sobre tudo, o viver desordenado do mundo, sob a direção dos pecados e seus vícios, longe das virtudes da perfeição, a caridade divina.

“Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição”. (Cl 3,14).

Ora, acontece que, quando, criancinhas, fomos batizados na Igreja do Senhor. A partir daí o pecado de origem está perdoado. por isso,  já somos filhos de Deus e membros de sua Igreja.

Assim, pelo batismo, recebemos graça sobre graça de plenitude do Senhor Jesus Cristo (Jo 1,16). Com a graça, também, o Espírito Santo, que nos infundiu, interiormente, os dons de santificação (Is 11,2) e os dons carismáticos (I Cor 12,8-10) e, bem assim, todas as virtudes e frutos, sob sua direção amorosa.

Que se pode dizer com isso? Quando acolhemos o Senhor Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, possuímos, no espírito, no coração – alma – e no corpo, todas as ferramentas necessárias ao desprezo deste mundo, numa entrega incondicional ao Senhor Jesus para purificação do coração (Mt 5,8) para sermos revestidos do homem novo criado por Deus, na justiça e santidade verdadeira. (Ef 4,23-24).

Agora, como se operará tudo isso para que adentremos no caminho apertado da porta estreita?

Assim como o mundo, com seus vícios e costumes desregrados, estruturou nossas faculdades espirutuais (inteligência, vontade, memória, imaginação e afetividades, necessitamos, urgentemente,   de conversão, em o nome glorioso do Senhor Jesus!

Na prática de vida de santidade teremos que nos afastar, totalmente, da cultura secularizada deste mundo, a fim de que possamos compreender qual seja a verdadeira e perfeita vontade de Deus em nossos corações. (Rm12,2; Ef 4,23-24).

“Para os puros todas as coisas são
Puras. “Para os corruptos e descrentes nada é puro: até a sua mente e consciência são corrompidas”. (Tt 1,15).

Como reverter o quadro de pecado que a cultura do mundo, através dos sentidos, nos afastou de Deus, contaminando com o mal nossas faculdades espirituais?

Se dermos assentimento a que o Espírito Santo, através da verdade integral, nos transforme, em novas criaturas (II Cor 5,17) seremos guiados, instruídos, ensinados e conduzidos, amorosamente, pelo Espírito Santo, como filhos e filhas de Deus. (Rm 8,14;Sl 31,8; I Cor 3,16; 6,19-2o).

Então, o Espírito Santo, através dos Dons de santificação (Is 11,2) e das virtudes teologais (I Cor 13,13), restaurarão os corações dos convertidos ao Senhor Jesus Cristo, em novas criaturas.

Como se fará isso?

“Para santificação da faculdade da inteligência, a partir do interior da palavra divina – Intus-Legere – e para julgar destas verdades contamos com três dons:  Sabedoria, Ciência e Conselho – que têm por objeto regular e dispor nossas relações com os demais”.

“Para dominar a parte inferior do nosso ser, há dois dons”.

- O de Fortaleza para tirar-nos o temor do perigo.

-”O temor de Deus para moderar os ímpetos desordenados da nossa concupiscência.” “Jesus é nossa paz!”.


João C. Porto

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