Entender o caminho estreito
Para entrar pela porta estreita do
caminho de vida eterna, a via apertada, precisamos ser ousados de todo o
coração, de toda a alma e de todo o espírito, para romper com este mundo
secularizado, para a renovação do espírito, para, finalmente, discernir qual
seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. (Rm 12,2).
Esse caminho novo, de homem renovado
(II Cor 5,17), possui vários princípios de vida em nosso Senhor Jesus Cristo,
entre os quais citamos os mais
necessários:
a) A fé.
“Ora, sem fé é impossível agradar a
Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele
existe e, que recompensa os que o procuram”. (Hb 11,6).
A fé é um carisma de poder e, por isso,
corresponde ao Pai Eterno, que tudo criou: o céu, a terra e tudo quanto neles
há. Deus pode tudo!... (Mt 10,19-20; Mc 10,27: Lc 18,27; 1,37).
É necessário viver segundo a fé que opera pela
caridade. (Gl 5,6).
b) A esperança.
“A esperança não engana. Porque o amor
de Deus está derramado em nossos corações pelo espírito Santo que nos foi
dado”. (Rm5, 5).
A esperança corresponde ao Filho, que
derramou, profusamente, em nossos corações a caridade, através da qual, como
que, pela luz, antecipada, da visão beatífica, os filhos e filhas de Deus,
guiados e movidos pelo Espírito Santo, já, de alguma forma amorosa, vislumbram
os bens da herança reservada aos santos. (Tt 3,6-7).
c) A caridade.
“Mas, acima de tudo, revesti-vos da
Caridade, que é o vínculo da perfeição”. (Cl 3,14).
A caridade é a perfeição do amor do Pai
e do Filho; isto é, o Espírito Santo que nos foi dado através do batismo, o
qual infunde, nos corações de seus filhos e filhas, os Dons de santificação, os
carismas e virtudes, para revestir, a todos, do homem novo e da santidade das
almas, (Mt 5,8; Hb 12,14). Quando somos engraçados de Deus, trazemos em nossos
corações a face do amor do Pai e do Filho; isto é, o Espírito Santo, resplendor
da glória divina.
Visão de renovação e
Santidade.
Quando nascemos – criancinhas – para
vivermos no meio sensível da matéria na qual estamos, possuímos cinco sentidos,
para que possamos despertar-nos racionalmente:
- Visão, audição, tato, olfato e
paladar.
É sem dúvidas que a partir desses
sentidos, acima citados, despertamos para o mundo da razão, através da
interação dos pais e demais membros da família.
Ora, porque somos racionais, a
princípio, começamos a absorver, no núcleo central da vida, o coração, via
sentidos, não só o acervo cultural familiar, mas, sobre tudo, o viver
desordenado do mundo, sob a direção dos pecados e seus vícios, longe das virtudes
da perfeição, a caridade divina.
“Acima de tudo, revesti-vos da
caridade, que é o vínculo da perfeição”. (Cl 3,14).
Ora, acontece que, quando, criancinhas,
fomos batizados na Igreja do Senhor. A partir daí o pecado de origem está
perdoado. por isso, já somos filhos de
Deus e membros de sua Igreja.
Assim, pelo batismo, recebemos graça
sobre graça de plenitude do Senhor Jesus Cristo (Jo 1,16). Com a graça, também,
o Espírito Santo, que nos infundiu, interiormente, os dons de santificação (Is
11,2) e os dons carismáticos (I Cor 12,8-10) e, bem assim, todas as virtudes e
frutos, sob sua direção amorosa.
Que se pode dizer com isso? Quando
acolhemos o Senhor Jesus Cristo como único e suficiente Salvador, possuímos, no
espírito, no coração – alma – e no corpo, todas as ferramentas necessárias ao
desprezo deste mundo, numa entrega incondicional ao Senhor Jesus para
purificação do coração (Mt 5,8) para sermos revestidos do homem novo criado por
Deus, na justiça e santidade verdadeira. (Ef 4,23-24).
Agora, como se operará tudo isso para
que adentremos no caminho apertado da porta estreita?
Assim como o mundo, com seus vícios e
costumes desregrados, estruturou nossas faculdades espirutuais (inteligência,
vontade, memória, imaginação e afetividades, necessitamos, urgentemente, de conversão, em o nome glorioso do Senhor
Jesus!
Na prática de vida de santidade teremos
que nos afastar, totalmente, da cultura secularizada deste mundo, a fim de que
possamos compreender qual seja a verdadeira e perfeita vontade de Deus em
nossos corações. (Rm12,2; Ef 4,23-24).
“Para os puros todas as coisas são
Puras. “Para os corruptos e descrentes
nada é puro: até a sua mente e consciência são corrompidas”. (Tt 1,15).
Como reverter o quadro de pecado que a
cultura do mundo, através dos sentidos, nos afastou de Deus, contaminando com o
mal nossas faculdades espirituais?
Se dermos assentimento a que o Espírito
Santo, através da verdade integral, nos transforme, em novas criaturas (II Cor
5,17) seremos guiados, instruídos, ensinados e conduzidos, amorosamente, pelo
Espírito Santo, como filhos e filhas de Deus. (Rm 8,14;Sl 31,8; I Cor 3,16;
6,19-2o).
Então, o Espírito Santo, através dos
Dons de santificação (Is 11,2) e das virtudes teologais (I Cor 13,13),
restaurarão os corações dos convertidos ao Senhor Jesus Cristo, em novas
criaturas.
Como se fará isso?
“Para santificação da faculdade da
inteligência, a partir do interior da palavra divina – Intus-Legere – e para
julgar destas verdades contamos com três dons:
Sabedoria, Ciência e Conselho – que têm por objeto regular e dispor
nossas relações com os demais”.
“Para dominar a parte inferior do nosso
ser, há dois dons”.
- O de Fortaleza para tirar-nos o temor
do perigo.
-”O temor de Deus para moderar os
ímpetos desordenados da nossa concupiscência.” “Jesus é nossa paz!”.
João C. Porto
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