sábado, 8 de fevereiro de 2014

Nossa Santificação

Como Seremos Santificados?

Nosso princípio nasceu de Deus, que nos criou como seus amados, filhos e filhas, para sua honra, louvor e glória, conforme nos fala do seio de Sua Verdade Eterna, a palavra, expressão viva e eterna dos seus desígnios de vida e prosperidade, segundo nos prometera desde o início da criação.

“Eu os criei, os formei e os fiz para minha glória” (Is 43,7 = Vulgata).

Não é terrível que nos tornemos infiéis, afastando-nos de Deus, nosso Pai e nosso tudo?

São Paulo nos ensina: Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu filho Jesus Cristo, nosso Senhor (I Cor 1,9).

Na verdade, o Senhor nos chamou ao renascimento da água e do Espírito, para entrarmos no Reino de justiça, de paz e alegria no Espírito Santo (Rm 14,17).

Falamos do que nos é necessário a que estejamos inseridos no Reino de Deus:

a)    Viver de fé em fé.

“Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: o justo viverá pela fé (Hab 2,4).”

Bem-aventurado os puros de coração, porque verão a Deus! (Mt 5,8).

b)    Viver da viva esperança que não nos engana!

E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espirito Santo que nos foi dado. (Rm 5,5).

Quão bom e maravilhoso é o Senhor, nosso Deus, que nos escolheu e nos deu, gratuitamente, o seu próprio Espírito, para que sejamos chamados de filhos e filhas muito amados do seu coração. (I Jo 3,1-6).

Assim, pois, estaremos sempre conscientes de que, nos momentos, ainda que sejam os mais difíceis, será sempre o Espírito do Senhor que falará em nós e através de nós, conforme a fé em Deus, a qual vivemos no  núcleo central da vida; isto é, no coração.

“Ora, nós não recebemos o espírito do mundo, mas sim o Espírito que vem de Deus, que nos dá a conhecer as graças que Deus nos prodigalizou e que pregamos numa linguagem que nos foi ensinada não pela sabedoria humana, mas pelo Espírito, que exprime as coisas espirituais em termos espirituais” (I Cor 2, 12-13).

c)   Da caridade, que é vínculo de perfeição.

A caridade, referindo-se a salvação e a santificação, é o fundamento de todos os dons, de todas as virtudes e de todos os frutos do Espírito Santo. Por isso, são Paulo nos ensina que a caridade é vínculo de perfeição. (Cl 3,14).

O básico, para a salvação e santificação da alma de nosso espírito, é, sem dúvidas, o batismo e as virtudes teologais. Não adiantaria, tão somente, conhecer todos os dons do Espírito Santo (Is 11,2) e a maneira como purifica e santifica as faculdades de nosso espírito, se não vivêssemos da caridade que faz viva a fé que fundamenta nossa esperança, relativamente à herança dos santos. 

Entretanto, quando se vive de fé para fé, revestido da viva esperança, a caridade se torna, em cada um dos filhos e filhas de Deus, o fundamento da perfeição, através da justiça, da misericórdia e fidelidade, conforme os desígnios de nosso Pai e único Senhor de vida eterna,

Dissemos estas coisas divinas para que compreendamos que os que não são doutos, mas, ignorantes, vivem exclusivamente da fé que opera pela caridade (Gl 5,6b) e, por isso,  através dessa mesma fé, o Espírito Santo realiza neles a mesma obra de perfeição que a infundiu no coração dos doutores, concedendo-lhes, inclusive, a  visão beatífica que os capacita, igualmente, ver a Deus face a face, tal como ele é.

Corresponde, assim, ao que são Boaventura disse a um de seus irmãos menores: “Engana-te, uma velha ignorante pode amar a Deus mais do que o maior todos os teólogos”.


João C. Porto e Maria Zuleica M, Porto,

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