sábado, 15 de fevereiro de 2014

Família de Deus

                         O Céu nos foi dado!

Compreende-se o céu como habitação celestial, morada de Deus, onde Deus se encontra, Mas o Senhor, Deus de Israel, está em todo o lugar, e seus olhos contemplam     maus e os bons (Pr 15,3).

“Na casa de meu Pai tem muitas moradas!...”

Deus habita o céu, a terre e o universo inteiro, mas o seu lugar de preferência é o coração do homem, porque ele quer que o homem seja vencedor e, assim, possa assentar-se á sua direita no seu trono de glória, conjuntamente com seu Filho, na universalidade do Cristo total.

“Ao vencedor concederei assentar-se comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono” (Ap 3,21).
“O vencedor herdará tudo isso, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (AP 21,7)
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Ora, o jardim de delícias que Deus criou no Éden, para nossos primeiros pais – Adão e Eva – não é o protótipo da morada que o Senhor Jesus nos prometeu?

Ora, o caminho estreito para chegarmos à terra dos bem-aventurados é o Senhor Jesus: “Eu sou o caminho!...” As primeiras pegadas de quem se une ao Senhor num só espírito, deixam suas marcas indeléveis sobre a areia do deserto interior; isto é, no coração de seus amados.

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (J0,14,6).

“Se alguém me ama guardará a minha palavra e meu Pai o amará, e nós viremos a ele e nele faremos nossa morada” (Jo  14,23).

“Se me amais, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Paráclito, para que fique eternamente convosco” (Jo 14,15-16).

Ora, esse outro advogado, que o Senhor Jesus nos prometera, através de seus apóstolos, é o Espírito Santo que, outrora, deixou de habitar o coração do homem, em virtude do pecado original.

“O Senhor  então disse:  meu Espírito não permanecerá para sempre no homem, porque todo ele é carne, e a duração de sua vida será só de cento e vinte anos” (Gn 6,3).

Ali, o homem, sem a graça e o Espírito de Deus, habitando dentro do seu coração, embora não tenha deixado de ser amado de Deus (Jr 31; Is 54,10), as manifestações divinas ocorriam, no seu interior, de forma ontológica, isto é, universal. Que queremos afirmar? De forma intermitente, isto é, na medida em que o Senhor o visitava, interiormente, para transmitir seus oráculos, através de seus verdadeiros profetas.

Entretanto, no tempo da plenitude, pelo sacrifício do Senhor Jesus Cristo, na cruz do calvário, o véu do templo se partiu de alto a baixo, pelo que, o Espírito Santo, saindo da arca da aliança, pairava sobre as águas do batismo, até que em poucos dias, através do Pentecostes, a graça e o Espírito Santo repousaram, em definitivo, no coração do homem e da mulher, de onde nunca deveriam ter saído!...

Assim, pois, se formos justos, misericordioso e fiéis (Mt 23,23b), já poderemos, atreveis da luz do Senhor Jesus, que ilumina nossos corações, ainda que de soslaio, vislumbrarmos a herança dos santos, daquela terre dos bem-aventurados (Tt 3,4-7), prometida por nosso Senhor Jesus Cristo (Jo 14,1-4).

Tudo isso já se realiza através das virtudes teologais e ao som da sinfonia mística da graça e dos dons do Espírito Santo, pelo que ouvimos e comtemplamos interiormente, através dos ouvidos e dos olhos do coração, alimentados e fortalecidos com o Pão místico do banquete Divino, o pão vivo que desceu do céu (Jo 6,51), a luz da eternidade, para que vivamos desde agora e além da eternidade! (Ex 15,18 = Vulgata).

João C. Porto e Maria Zuleica M, Porto




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