Deus é vida e a vida que temos é um
dom de Deus. Ele é a vida eterna. Somente Ele é vida eterna; porque,
sendo ele o único amor de vida, pelo Espírito Santo e em nome do seu Filho,
comunica o fruto da vida ao universo inteiro, semeando em sua dinâmica (Jo
5,17), segundo a vontade do seu coração, todo o bem do seu amor aos que o buscam
de plena vontade, com humildade e simplicidade de sua sabedoria. (II Cr 16,9).
“A sabedoria é o clarão da luz eterna
e o espelho sem mácula da majestade de Deus, e a imagem da sua bondade. E sendo
uma só, pode; e, permanecendo em si mesma, renova todas as coisas, e através das
gerações, transfunde-se nas almas santas, forma os amigos de Deus e os
profetas” (Sb 7,26-27).
A morte é a ausência de Deus no
coração daqueles que não o acolhem como um só e Deus verdadeiro, e a Jesus
Cristo a quem o Pai enviou ao mundo como autor da vida (At 3,15) e consumador
de nossa fé (Hb 12,2).
Assim, em Deus não há castigo, nem
dor, nem sofrimento, nem lágrimas nem escuridão e nem morte; porque ele, pelo
Espírito de vida em Cristo Jesus, já nos libertou de todos os laços do pecado e
da morte. (Rm 8,1-2).
Ora, a morte não veio de Deus, mas de
satanás, como fruto do seu pecado.
“Ora, Deus criou o homem para a
imortalidade, e o fez à imagem de sua própria natureza. Foi por inveja do
demônio que a morte entrou no mundo, e os que pertencem ao demônio prová-la-ão”
(Sb 2,23-24).
É por essa razão que a palavra da
Bíblia Sagrada nos ensina, dizendo que Deus não sente prazer em que morramos.
“Deus não é o autor da morte, a
perdição dos vivos não lhe dá alegria alguma” (Sb 1,13).
Não é verdade que Deus criou o homem
para a imortalidade, e o fez à imagem de sua natureza? (Sb 2,23).
“Façamos o homem à nossa imagem e
semelhança” (Gn 1,26).
Ora, sobre o pecado, o Senhor Jesus
Cristo nos alerta: “Em verdade, em verdade vos digo: Todo homem que se entrega
ao pecado é escravo do pecado” (Jo 8,34).
Na verdade, São Paulo apóstolo, assim
nos fala: “O salário do pecado é a morte, enquanto o dom de Deus é a vida
eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6,23).
Na verdade, estávamos mortos, na
escuridão, escravizados aos demônios. Mas, agora, estamos livres; porque o
Senhor Jesus nos libertou e nos deu a luz do seu amor, para que, livremente,
possamos escolher uma vida nova, a vida de santidade do seu coração.
“Outrora, éramos trevas, mas agora
sois luz no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes. Ora, o fruto da luz é
bondade, justiça e verdade. Procurai o que é agradável ao Senhor, e não tenhais
cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as
abertamente. (Ef 5,8-11).
-Em quem encontraremos a vida?
- Em Jesus Cristo, pois ele é o autor
e Senhor da vida.
“E o testemunho é este: Deus nos deu
a vida eterna, e essa vida está em seu Filho. Quem possui o Filho possui a
vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (I Jo 5,11-12).
- Que nos garante o Senhor Jesus?
“Eu sou a porta. Se alguém entrar por
mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem. O ladrão não
vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida
e para que a tenham em abundância” (Jo 10,9-10).
- Que disse a Jesus o apóstolo Pedro?
“Senhor, a quem iremos nós? Tu tens
as palavras da vida eterna. E nós cremos e sabemos que tu és o santo de Deus”
(Jo 6,68).
Ora, desde a Antiga Aliança, quando
ainda se vivia na esperança da vinda do Filho de Deus, o Senhor, nosso Deus,
convidou-nos a uma livre escolha entre a vida e a morte.
“Tomo hoje por testemunhas o céu e a
terra contra vós: ponho diante de ti a vida e a morte, a bênção e a maldição.
Escolhe, pois, a vida, para que vivas com a tua posteridade, amando o Senhor,
teu Deus, obedecendo à sua voz e permanecendo unido a ele. Porque é esta a tua
vida e a longevidade dos teus dias na terra que o Senhor jurou dar a Abraão,
Isaac e Jacó, teus pais” (Dt 30,19-20).
Ora, nesses dias de nossos tempos da
plenitude do Senhor, isto significa que Deus nos ama com amor eterno, gratuito e incondicional. Por isso,
colocou-nos novamente em liberdade, a fim de que, agora, experientes na palavra
e nas provações (Tg 1,3-4), tenhamos bom discernimento para escolher a vida e a
bênção em nosso Senhor Jesus Cristo; e, por isso, vivamos, abundantemente, sob
a graça do seu amor.
Na verdade, Deus, em sua bondade
infinita, criou-nos na liberdade do seu amor, para que participemos de sua vida
bem-aventurada.
Por isso, embora, pelo pecado
tenhamos entrado em clima de morte, o Senhor jamais se esquecerá de sua imagem
e semelhança. Mas, ao contrário, sempre bem perto de nós, na morada interior do
coração, deseja e quer que o encontremos (Is 55,6), visto que o seu Reino está
dentro de nós (Lc 17,21).
Assim, Deus, por seu Filho, deu-nos o
seu Espírito como auxílio e fonte de vida e santidade eterna (Is 49,8; II Cor
6,2), a fim de que nos esforcemos por encontrá-lo, como que as apalpadelas,
para o conhecermos, ouvi-lo e amá-lo através de sua caridade misericordiosa em
nossas potências interiores, as faculdades de nosso espirito.
“Amarás o Senhor, teu Deus, com todo
o teu coração, com toda a tua alma e com todas as tuas forças” (Dt 6,5, Mt
22,37-39).
Assim, pela cruz do calvário, todos
estamos salvos em Cristo Jesus (Mt
1,21); por conseguinte o Senhor Jesus colocou-nos, novamente, na liberdade de
vida do seu amor (II 3,17), para que nos posicionemos em favor da vida; isto é,
contrários à morte e a tudo o que não nos vem de Deus. (Rm 14,23).
Ora, São Paulo nos ensina que a graça
de Deus é a vida eterna em nosso Senhor Jesus Cristo (Rm 6,23).
O Senhor Jesus veio ao mundo sob as
asas do amor do Pai (I Jo 4,10), para realizar fielmente a vontade daquele que
o enviou (Jo 6,38-39). Assim Jesus é a vida de Deus gerando vida eterna em
nossos corações (Jo 6,47).
- O que o Senhor Jesus trouxe para
nós?
a) A salvação (Is 49,6).
O nome “Jesus” já significa: Deus
salvador. Por isso se diz: Só Jesus salva, porque ele é nosso único Salvador:
“Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado
aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12).
“Aquele que crê no Filho tem a vida
eterna; quem não crê no Filho não verá a vida, mas sobre ele pesa a ira de
Deus” (Jo 3,36).
b) O caminho (Jo 14,6).
c) A verdade (Jo 14,6)
d) A vida (Jo 6,47).
e) A plenitude e a graça (Jo 1,16).
f) O batismo do Espírito Santo (At
1,8)
O Senhor Jesus é vida para quem
deseja viver eternamente!...
g) A graça que nos conduz à natureza
divina.
“Todos nós participamos da sua
plenitude, e recebemos graça sobre graça. A graça e a verdade vieram por Jesus
Cristo” (Jo 1,16-17).
h) A ressurreição.
“Disse-lhe Jesus: “Eu sou a
ressurreição e a vida”. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá”
(Jo 11,25).
Assim, a graça santificante que o
Senhor Jesus Cristo trouxe aos nossos corações é, sem dúvida, a nossa
participação da natureza de Deus, “o meio de acesso à luz admirável” (I Pd
2,9).
Desse modo, não devemos ter medo da
morte; mas, vivermos no temor de Deus, que é fonte de vida que nos livra dos
laços mortais (Pr 14,27), posto que o Senhor Jesus veio ao mundo para destruir
as obras do demônio (I Jo 3,8), concedendo-nos o perdão, a reconciliação e a
vida eterna, em seu nome.
“Assim como a morte veio por um
homem, também por um homem veio à ressurreição dos mortos. E assim como todos
morreram em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo” (I Cor
15,21-22).
Ora, o Senhor Jesus tomou nosso
partido e venceu a morte por amor de cada um, tornando-nos vitoriosos nele.
É verdade que, como ele disse aos
seus apóstolos, teremos muitas aflições neste mundo, mas devemos ter bom ânimo,
porque Jesus venceu o mundo e, no seu exemplo, seremos mais que vencedores;
porque é Cristo que tudo vence por nós, em nós e conosco. (Jo 16,33).
- Que nos diz, finalmente, São Paulo?
“Quando este corpo mortal se revestir
da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “tragada foi à
morte na vitória”“. “Onde está ó morte, a tua vitória”? Onde está ó morte o teu
aguilhão? “Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei”.
Porém, graças a Deus, que nos deu a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. (I
Cor 15,54-57).
Na verdade, em Jesus Cristo, tudo podemos,
porque é Ele que nos dá força (Fl 4,13) e será sempre Ele, ontem, hoje e
eternamente, nossa alegria, vitória e felicidade.
João C. Porto