quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

BOA NOVA DO SENHOR JESUS >> Fé, Esperança e Caridade

 
                        Boa Nova do Senhor Jesus
                         Fé, Esperança e Caridade

   Estas três virtudes formam a “FEC”, a sigla do coração de todo aquele que crê”: a “Felicidade Eterna do Católico” com Cristo Jesus, na casa do Pai que, para encontra-lo, escondeu-se em nossos corações, o Deus de Israel, o Deus que salva (Is 45,15), a fim de que o encontremos, já que Ele se deixa encontrar, já que Ele está perto; basta que o busquemos de todo o coração (Dt 4,29; Jr 29,13).
   A fé é um dom carismático (I Cor 12,9), mas, também, uma grande virtude (Rm 10,17). É poder de profunda transformação do espírito, da alma e do corpo (Gl 5,6b), como a renovação do nosso espírito e o revestimento do homem novo criado por Deus, em verdadeira justiça e santidade perfeita (Ef 4,23-24), para que sejamos, então, concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus (Ef 2,19-20)
   A esperança é a realidade de nossa espera confiante em Deus; por isso, ela, como nos afirma S. Paulo, não nos engana, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado (Rm 5,5); e, por seguinte, a caridade é a virtude de perfeição pela qual o Espírito de Deus imprimiu em nossa alma, como selo de justiça, de misericórdia e de fidelidade suprema, em Cristo Jesus. A caridade é realmente um selo, não só a marca da perfeição divina com a qual o Espírito Santo nos selou (Ef 1,13), mas, sobretudo, uma garantia de vida espiritual sob o temor de Deus, para que sejamos plenamente vigilantes (Ef 5,15-20) e cuidemos ciosamente, inclusive de nós mesmos, para que jamais entristeçamos o Espírito santo de Deus, o selo de nossa redenção (Ef 4,30).
   Pondo os olhos sobre estas coisas, percebo que a fé é o caminho mais próximo de Deus, é como a distância entre dois pontos, a reta perfeita, pois é tão curta quanto se encurtou o íntimo dos corações do Pai e do Filho, que já se encontra no íntimo de nossos pobres e frágeis corações, e só por amor! E botemos amor em tudo isso, porque sendo amor, deu-se-nos por inteiro!... Crês tu, isto? Diga comigo: Senhor, eu creio, mas aumenta minha fé!? (Lc 17,5-6)
  Por outro lado, a esperança que parecia tão desenganadora, a fé a trouxe à visibilidade dos olhos de nossos corações, pelo que já vislumbramos tão próximo a herança daquela terra dos bem-aventurados, a herança dos santos. (Ef 1,18b; Tt 3,7)
   Finalmente, como a mais importante de todas as virtudes, a caridade do amor do Pai e do Filho que, por Cristo Jesus, está profusamente derramada em nossos corações pelo Espírito de Deus que habita em nós (I Cor 3,16; 6,19-20) – o doce hóspede de nossas almas – é ele a luz da graça santificante, unção e participação nossa da natureza divina. É como glória que regenera, restaura e renova todas as coisas (Ap 21,5), transformando-nos em novas criaturas que, pela fé e a esperança transfunda-se em nós Sua bondade infinita, para que sejamos obra do Pai, que opera tudo em todos. (I Cor 12,6)
   Não é verdade que os apóstolos fizeram essa prece diante do Senhor Jesus? Senhor, aumenta nossa fé? (Lc 17,6) Que lhes disse o Senhor? “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: “Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá”. (Lc 17,6)
   Ora, S. Paulo ensina-nos, dizendo: “Sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensa os que o procuram” (Hb 11,6).
O Senhor Jesus disse àquele pai aflito que lhe suplicava pelo seu filho doente: “Tudo é possível ao que crê!” (Mc 9,23). Também o salmista, no contexto da esperança, nos afirma: “Põe tuas delícias no Senhor, e os desejos do teu coração ele atenderá” (Sl 36,4). “Confia ao Senhor a tua sorte, espera nele e ele tudo fará” (Sl 36,5).
S. Paulo, ainda, nos exorta: “mas acima de tudo revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3,14)
   Concluímos do coração, estas três virtudes são bem mais superiores a todos os dons, porque elas são toda a graça, toda a realidade que chega ao nosso coração, toda a unção e toda a fecundidade da vida de todos os dons do Espírito de Deus que, por Jesus Cristo, nosso bondoso Senhor, trazemos em nossos corações, como vasos de barro que realmente o somos. (II Cor 4,7)

João C. Porto

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