segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A Revelação Divina


             Boa Nova do Senhor Jesus Cristo
                                    BN 1.3
                          A Revelação Divina

A revelação nos vem ao coração através de duas vertentes.
a) A razão natural pela qual o homem pode acolher a revelação divina.

“Desde a criação do mundo, as perfeições invisíveis de Deus, o seu sempiterno poder e divindade, se tornam visíveis à inteligência, por suas obras; de modo que não se podem escusar” (Rm 1,20)

b) A inspiração reveladora do Espírito Santo, que nos capacita sobrenaturalmente.

“Não que sejamos capazes por nós mesmos de ter algum pensamento, como de nós mesmos. Nossa capacidade vem de Deus” (II Cor 3,5).

Ora, através da razão natural, pelas coisas criadas, conhecemos a Deus e, pela razão sobrenatural, recebemos do Senhor Jesus Cristo o entendimento para conhecermos o verdadeiro Deus e a vida eterna.

“Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro. E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna” (I Jo 5,20).

Tudo isso, para conhecermos as coisas reveladas pelo Espírito Santo, conhecendo a Deus e a extensão de sua vontade em nós e através de nosso viver.

“O espírito Santo vos inspirará naquela hora o que deveis dizer” (Lc 12,12).
“Porque não sereis vós que falareis, mas é o Espírito de vosso Pai que falará em vós” (Mt 10,20).

Assim, Deus se revela aos homens para que todos conheçam o mistério de sua vontade.

“Ele manifestou o misterioso desígnio de sua vontade, que em sua benevolência formara desde sempre, para realiza-lo na plenitude dos tempos – desígnio de reunir em Cristo todas as coisas, as que estão nos céus e as que estão na terra” (Ef 1,9-10).

01 - Qual é o tripé da Revelação Divina?

a) As sagradas Escrituras:

“Toda a Escritura divinamente inspirada por Deus é útil para ensinar, para repreender, para corrigir, para formar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, apto para toda a boa obra” (II Tm 3,16-17).

b) O Magistério da Igreja:

“Se teu irmão pecar contra ti, vai, e corrige-o entre ti e ele só. Se te ouvir, ganhaste o teu irmão; se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que pela boca de duas outras testemunhas se decida toda a questão”; se os não ouvir, dize-o à Igreja. “Se não ouvir a Igreja, considera-o como um gentio e um publicano” (Mt 18,15-17=Vulgata).

c) A Sagrada Tradição:

“Permanecei, pois, constantes, irmãos e conservai as tradições, que aprendestes, ou por nossas palavras ou por nossa carta” (II Ts 2,14=Vulgata).

02. Em que consiste o mistério da vontade de Deus?

Em que Deus nos enviou o seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, e o Espírito de amor para a salvação do mundo; a fim de que participemos de sua glória.

“A mim o mais insignificante dentre todos os santos, coube-me a graça de anunciar entre os pagãos a inexplorável riqueza de Cristo, e a todos manifestar o desígnio salvador de Deus, mistério oculto desde a eternidade em Deus, que tudo criou” (Ef 3,8-9).
Esse desígnio, que tem como fundamento a graça e a verdade, mediante a fé em Jesus Cristo (Jo 1,16; Ef 2,8), é conhecido pela tradição patrística como a “Economia do Verbo ou a Economia da salvação”.

Sua base é transportar-nos, em nosso Senhor Jesus Cristo, nas asas do amor do Pai; das trevas e do poder de Satanás à salvação e a luz admirável (I Tm 6,15-16), para que sejamos em seu único Filho, filhos adotivos e herdeiros com Cristo. (Gl 4,5-7; Rm 8,17).

“Assim, como nele mesmo nos acolheu antes da criação do mundo, por amor, para sermos santos e imaculados (I Jo 5,18) diante dele; o qual nos predestinou para sermos seus filhos adotivos por (meio de) Jesus Cristo, para sua glória, por sua livre vontade” (Ef 1,4-5).

Desse modo, Deus nos revestiu da sua graça para nos capacitar (II Cor 3,5) ao seu conhecimento, para conhecê-lo e amá-lo através do “SIM” de adesão pela fé em seu Filho Jesus Cristo (Gl 3,26-27).

Santo Irineu de Leão: “Verbo de Deus habitou e fez-se Filho do Homem para acostumar o homem a apreender a Deus e acostumar a Deus a habitar no homem, segundo o beneplácito do Pai”.

03. Como observar as etapas das revelações, através das manifestações divinas, na história do povo de Deus?

a) Deus se dá a conhecer:

Deus está presente em tudo que criou – os céus e a terra e em tudo o que neles há – através do Verbo divino (Jo 1,1-3). Assim, as coisas criadas testemunham a existência de Deus (Rm 1,20). Por elas, a partir de sua razão natural, o homem começa a descobrir o Deus que se revela e que se manifesta como vida eterna em favor de todos os corações que sabem amar (Jo 12,46).

Por isso, o Senhor nosso Deus, apesar do pecado original e do atual, jamais deixou de nos amar (Jr 31,3), mas prometeu-nos, por meio de sua graça e da misericórdia divina, da fé, da esperança e da caridade do seu amor – o Espírito Santo – alentando-nos com a promessa da redenção, a fim de que perseveremos na espera da salvação consoladora, conforme a promessa. (Is 54,10).

Missal Romano: “E quando pela desobediência perderam vossa amizade, não os abandonastes ao poder da morte”... Oferecestes muitas vezes alianças aos homens e as mulheres.

É verdade que, após o pecado original, a iniquidade difundiu-se terrivelmente sobre a terra (II Tm 2,17) até ao ponto em que o Senhor disse a Noé:

“O fim de toda a carne chegou diante de mim; a terra, por suas obras, está cheia de iniquidades, e eu os exterminarei com a terra” (Gn 6,13).
Agora, feche seus olhos e medite um pouco no mal do pecado que pode conduzir-nos à morte eterna (Mt 10,28) e tente a estabelecer um paralelo com os benefícios que brotaram da cruz, pelos quais somos resgatados em Cristo Jesus, para a vida em seu nome glorioso. Então, faça a escolha e um propósito na vida do seu coração. (Jo 11,40).

E o Senhor disse, ainda, a Noé:

“Eis que vou fazer a minha aliança convosco e com a vossa posteridade depois de vós” (Gn 9,9).

Ora, após o dilúvio, com o crescimento da humanidade, cresceu novamente com ela a iniquidade, o orgulho e a vaidade. Por isso, o Senhor os dividiu na Babel, em povos e línguas diversas (Gn 11,6-9).

Apesar disso, a aliança celebrada com Noé perdurará sempre (Lc 21,24) e até o tempo das nações (Mt 28,19).

b) Deus chama a Abrão:

Dos semitas, que corresponde a linhagem de Sem, filho de Noé, Javé chamou de Ur da Caldeia a Abrão, indicou-lhe uma nova terra, fora do seu pais, da sua parentela e da sua casa; trocou-lhe o nome para Abraão, porque pela fidelidade de sua fé, tornou-se pai de muitas nações (Gn 17,5).

“Abençoarei os que te abençoares, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as nações da terra” (Gn 22,18).

Olhando para Abraão, o pai da fé, conforme o relato acima, pois, deixando tudo por obediência a Deus, foi para uma terra estranha e distante, como você acha que deva ser sua entrega a Deus, na pessoa do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo? Medite!...

Então, na descendência de Abraão está a promessa feita aos patriarcas, ao povo eleito, através do qual o Senhor preparou pacientemente a plenitude dos tempos, com a presença do seu Filho amado (Mt 3,17) e de sua Igreja viva (Hb 12,23-24).

c) Israel, povo de Deus.

Na descendência de Abraão, Deus formou seu povo, Israel, libertando-o da escravidão do Egito (430 anos) através de seu servo Moisés, a quem deu sua lei e selou a aliança do Sinai com seu povo, em quanto preparava a vinda do Salvador prometido. (Gn 3,15).

4. Qual a origem do nome “Israel”?

Israel “é o povo daqueles aos que Deus falou em primeiro lugar, o povo dos irmãos mais velhos na fé de Abraão”.

“E todos os povos da terra verão que é invocando sobre ti o nome do Senhor, e temer-te-ão” (Dt 28,10).

Na verdade, Deus falou outrora através dos profetas, para preparar seu povo na esperança da salvação, a fim de que estivessem aptos  a participar da Nova Aliança. (Jr 31,31-34).

Para essa Nova Aliança foi anunciada o batismo de purificação, tantas vezes prefigurado no Antigo Testamento; um coração e um espírito novo, o Espírito Santo como selo divino “(Ef 1,13)” dos preceitos que o povo deveria guardar e praticar, a fim de ser verdadeiramente povo de Deus (Ez 36,24-28).

Igualmente, os profetas anunciaram a salvação para todas as nações, conforme Deus dissera outrora ao patriarca Abraão: “Em ti serão abençoadas todas as nações da terra” (Gn 12,3).

Ora, entre o povo, os pobres e os humildes serão portadores dessa esperança (Sf 2,3).

“Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lc 1,38).

Na verdade, Jesus Cristo é o Filho de Deus feito homem, o Verbo divino, a sabedoria de Deus que o Pai nos enviou à terra de nossos corações (Jo 14,6), para a salvação de todo o que crê (At 10,43; Mc 16,16; Jo 6,47).

Desse modo, enquanto Deus falou através dos profetas da Antiga Aliança, falou face a face conosco, pelo Verbo que se fez carne e armou a sua tenda no terreno fértil dos corações (Jo 1,14; Hb 1,1-2).

João C. Porto

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

O Segundo Gênesis


O Gênesis da Plenitude dos tempos
No princípio Deus criou o Céu e a terra, e em sete dias concluiu toda a obra da criação.
Então, concluída a obra, Deus a contemplou e viu que tudo era muito bom!...
“Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom. Sobreveio à tarde e depois a manhã: foi o sexto dia” (Gn 1,31). Tendo Deus terminado no sétimo dia a obra que tinha feito, descansou do seu trabalho. Ele abençoou o sétimo dia e o consagrou, porque nesse dia repousara de toda a obra da criação. Tal é a história “da criação dos céus e da terra” (Gn 2,1-4).
Assim, também, no início da plenitude dos templos, quando em João Batista, último profeta da Antiga  Aliança, foi encerrado as obras da Lei Mosaica, Jesus Cristo, Filho de Deus, nasceu de uma mulher – a  imaculada e sempre Virgem Maria – submetido à lei, para remir todos os que estavam sob a lei para que recebêssemos a adoção  de filhos de Deus, já desde o início dos noves tempos.
“Mas quando veio a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, que nasceu de uma mulher e nasceu submetido a uma lei, a fim de remir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a sua adoção. A prova de que sois filhos é que Deus enviou aos vossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: “Aba, Pai”. Portanto já não és escravo, mas filho. E, se és filho, então também herdeiro por Deus”. (Gl 4,4-7).
Assim, também, o apóstolo João escreveu seu Evangelho narrando o Gênesis da plenitude dos tempos, em que vivemos, conforme se pode observar:
Primeiro Dia
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por ele e sem ele nada foi feito” (Jo 1,1-2).
No Segundo dia
“No dia seguinte, João viu Jesus, que vinha a ele e disse: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. É este de quem eu disse: “Depois de mim virá um homem, que me é superior, porque existe antes de mim”. Eu não o conhecia, mas, se vim batizar em água, é para que ele se torne conhecido em Israel”. (João havia declarado: vi o Espírito descer do céu em forma de uma pomba e repousar sobre ele). Eu não o conhecia, mas aquele que me mandou batizar em água disse-me: “Sobre quem vires descer e repousar o Espírito, este é quem batiza no Espírito Santo. Eu o vi e dou testemunho de que ele é o Filho de Deus”. (Jo 1,29-34).
No Terceiro dia
“No dia seguinte, estava lá João outra vez com dois dos seus discípulos. E, avistando Jesus que ia passando, disse: “Eis o Cordeiro de Deus”. Os discípulos ouviram-no falar e seguiram Jesus. Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: “Que procurais”?”. Disseram-lhe: “Rabi (que quer dizer Mestre), onde moras”? “Vinde e vede”, respondeu’-lhes ele. Foram aonde ele morava e ficaram com ele naquele dia. Era cerca da hora décima. André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que tinham ouvido João e que o tinham seguido. Foi ele então logo a procura de seu irmão e disse-lhe: “Achamos o Messias (que quer dizer o Cristo)”. Levou-o a Jesus, e Jesus, fixando nele o olhar, disse: “Tu és Simão, filho de João, serás chamado de Cefas (que quer dizer pedra)”.
No quarto dia
“No dia seguinte, tinha Jesus a intenção de dirigir-se à Galiléia. Encontra Filipe e diz-lhe: “Segue-me “. (Filipe era natural de Betsaida, cidade de André e Pedro). Filipe encontra Natanael e diz-lhe: achamos aquele de quem Moisés escreveu na lei e os profetas anunciaram: é Jesus de Nazaré, filho de José”. Respondeu-lhe Natanael: “Pode, porventura, vir coisa boa de Nazaré”? Filipe retrucou: “Vem e vê”. Jesus vê Natanael, que lhe vem ao encontro, e diz-lhe: “Eis um verdadeiro israelita, no qual não há falsidade”. Natanael perguntou-lhe: “Donde me conheces?” Respondeu-lhe Jesus: “Antes que Filipe te chamasse, eu te vi quando estavas debaixo da figueira”. Falou-lhe Natanael: “Mestre, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”. Jesus replicou-lhe: “Porque eu te disse que te vi debaixo da figueira, crês! Verás coisas maiores do que esta”. E ajuntou: “Em verdade, em verdade vos digo: vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem”. (Jo 1,43-51).
Quinto Sexto e Sétimo dias
Três dias depois, celebravam-se bodas em Caná da Galiléia, e achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: “Eles já não têm vinho”. Respondeu-lhes Jesus: “Mulher, isso compete a nós? Minha hora ainda não chegou”. Disse, então, sua mãe aos serventes: “Fazei-o que ele vos disser”. Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham cada qual duas ou três medidas. Jesus ordenou-lhes: “Enchei as talhas de água”. Eles encheram-nas até em cima. “Tirai agora, disse-lhes Jesus, e levai aos chefes dos serventes”. E levaram. Logo que o chefe dos serventes provou da água tornada vinho, não sabendo de onde era (se bem que soubessem os serventes, pois tinham tirado a água) chamou o noivo e disse-lhe: “É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora”. Este foi o primeiro milagre de Jesus; realizou-o em Caná da Galiléia. (Jo 2,1-11a).
Como vemos, tivemos o “Gênesis” da criação dos céus e da terra, e o “Gênesis” da plenitude dos tempos; isto é, o princípio da redenção do gênero homano, dos céus, da terra e de todo o universo.
“Todos nós recebemos da sua plenitude graça sobre graça. Pois a lei foi dada por Moisés, a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1,16-17).
“Mas um dia apareceu à bondade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com os homens. E não por causa de obras de justiça que tivéssemos praticado, mas unicamente em virtude de sua misericórdia, ele nos salvou mediante o batismo da regeneração e renovação, pelo Espírito Santo, que nos foi concedido em profusão, por meio de Cristo, nosso Salvador, para que a justificação obtida por sua graça nos torne, em esperança, herdeiros da vida eterna” (Tt 3,4-7).
João C. Porto

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A Infestação



A Infestação
A infestação ocorre quando os demônios estão presentes fora do com bjeto, mas aplicando a sua força nos seus contornos como que criando uma rede envolvente. Podem manipulá-lo, desloca-lo, produzir maus cheiros, criar ilusões, produzir sons e outro tipo de alucinações, chegando a ponto de alterar ou travar o desenvolvimento natural dos seres.
As infestações podem declarar-se em objetos como casa, livro, alimentos, estatuetas e até searas e animais. Nos campos infestados os cereais não crescem e definham sem haver explicação para tal. Os animais infestados enfraquecem ou têm comportamentos  estranhos. Mas as infestações podem alcançar as pessoas, o seu pensamento e as suas atividades, levando-as a ações incompreensíveis, a estados depressivos ou até mesmo a visões, audições e sensações falsas.
A pessoa infestada, sobretudo mentalmente, raramente reconhece que o está, dado que não descobre nenhuma força estranha em si mesma, mas encontra-se realmente coberta por uma força que a “circunscreve” e lhe impõe, por graus sutis crescentes, umas crenças e umas ideias novas sobre coisas, pessoas, lugares, família, atividades ou teorias. Alguns exorcistas experimentados têm descoberto por detrás de doenças, estados histéricos, desordem mental e até paixões, a presença sutil e sistemática do maligno.
Nestes casos, as forças diabólicas estão no exterior dos corpos, mas abraçam os seus contornos e forças, envolvendo nas suas redes o espírito, a Inteligência ou as potências superiores da pessoa, atingindo muitas vezes as suas relações sociais e frações da sua esfera vital. De fato, a presença diabólica ativa tem forçosamente de afetar o ser humano de uma forma ou outra e, como o seu ódio é inextinguível, toda a sua ação para o controlo da pessoa, se não fisicamente, pelo menos no nível da mente.
“Obs.: Cópia fiel, impresso nas Oficinas Gráficas da TIPAVE de Aveiro Ltda.”. sexta e sétima página do livro “Defendei-nos do Inimigo”.  

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Defendei-nos do Inimigo


O Maligno e as Defesas dos Homens

A inteligência de S.S. Leão XIII

Num tempo em que o mundo se inclina perigosamente para o Maligno e em que as almas mais atacadas dificilmente conseguem ajuda, há que lembrar a todos a poderosa oração escrita e mandada publicar por sua santidade Leão XIII, um gigante de sabedoria entre os grandes Pontífices da Igreja Católica Romana. Não foi por mero acaso que ele ordenou a publicação de tal oração para ser rezada por sacerdotes e leigos. Foi num tempo de intenso ataque à Igreja, no final do século passado, que o Papa Leão XIII deu autorização aos leigos para utilizar o “segundo formulário do Ritual”, sempre que se tratasse de uso privado. Os sacerdotes receberam a mesma autorização e Sua Santidade insistiu que estes “se servissem dele frequentemente; se possível, todos os dias”.
Pressentindo um tempo perturbado para os fiéis e para a Igreja, prevendo  a ação multifacetada do Maligno, o Papa publicou essa salutar oração contra a besta e completou o seu plano de defesa com outras orações a São Miguel, a oração a São José e as orações no fim da Missa. As suas Encíclicas, notáveis a todos a todos os títulos, fulminaram as primeiras manifestações do Diabo nas sociedades, condenaram o comunismo, o socialismo, o liberalismo e vibraram fortes machadadas nas seitas secretas, especialmente na maçonaria, câmara de choco dos males da humanidade, que reúne e organiza para o trabalho de sapa e destruição os admiradores da falsa luz-Lúcifer.
“O cristão deve ser militante, vigilante e forte. Deve mesmo praticar um ascese especial para afastar certos ataques do Demônio”. Paulo VI/15.11.1972).

“Obs.: Cópia fiel da e impresso nas Oficinas Gráficas da TIPAVE de Aveiro Ltda.”. segunda página do livro “Defendei-nos do Inimigo”, Composto

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

As Virtudes

                    As Virtudes

                 Fé, Esperança e Caridade.

A fé, a esperança e a caridade são chamadas de virtudes teologais, porque são princípios e fundamentos da doutrina cristã, relativamente ao conhecimento de Deus; pois, ninguém pode se achegar a Deus senão a partir de Sua palavra, através destas três virtudes.
Não podemos achegar-nos a Deus se não crermos que ele existe, e que é remunerador dos que o procuram.
“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus, pois para se achegar a ele é necessário que se creia primeiro que ele existe e que recompensador dos que o procuram” (Hb 11,6).
O apóstolo Paulo nos ensina que destas três virtudes, a maior delas é a caridade. (I Cor 13,13).
Assim, como explicar? É que a fé é o fundamento da esperança e a certeza das coisas que não se vêm; a esprança é a espera, como luz divina dos olhos de nossos corações, através da qual podemos vislumbrar, desde agora, os bens da herança que Deus tem reservada aos santos.
Caridade, no entanto, que é vinculo de todas as perfeições (Cl 3,14), é, por isso, o fundamento da fé e da esperança, através da justiça, misericórdias e fidelidade, os três principais preceitos da lei. (Mt 23,23b).
Diz-se sempre que caridade é amor, e que, amor é caridade. Entretanto, observamos de alguma realidade intrínseca, que a caridade como a bondade infinita de todas as perfeições da atividade do amor de Deus, é o exercício do amor a partir de nossos corações.
“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (I Jo 4,8).
Ora, o amor é fruto do conhecimento. A caridade do amor, no entanto, é vínculo de perfeição da atividade divina, no céu e na terra, a partir dos corações, desde o coração do Senhor em nossos humildes corações.
O que São Paulo nos instrui?
“Que diz a Escritura, a final? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração (Dt 30,14).  Essa é a palavra da fé que pregamos” (Rm 10,8).
- Por que a caridade é maior do que a fé e a esperança?
Porque é amor e, por isso, na outra vida, no paraíso com o Senhor Jesus, somente a caridade permanece, é próprio do amor e, aqui, entre nós, para que nossa fé opere pela caridade do amor de Deus. (Gl 5,6).
“A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará” (I Cor 13,8).
Na outra vida, diante do Pai, do Filho e do Espírito Santo, não há esperança; pois, como podemos esperar a herança dos santos, se já a possuímos?
A fé, já não terá sentido, pois será substituída pela visão beatífica.
“Com efeito, não me envergonho do Evangelho, pois, ele é uma força vinda de Deus para a salvação de todo o que crê, ao judeu em primeiro lugar e depois ao grego. Porque nele se revela a justiça de Deus, que se obtém pela fé e conduz à fé, como está escrito: O justo viverá pela fé” (Rm 1,16-7 = Hab 2,4).
Assim, pois, a fé nos vem pela pregação da palavra de Cristo!...
“Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo” (Rm 10,17).
Como se pode observar, a fé é uma virtude; mas também um dom carismático; isto é, um dom de poder, que cura, opera milagres, sinais e prodígios (I Cor 12,8-11).
O que referente à ressurreição de Lázaro, disse o Senhor Jesus a Marta?
“Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que esteja morto, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim, jamais morrerá. Crés nisto?” (Jo 11,25-26).
“Não te disse eu: se creres, verás a glória de Deus” (Jo 11,40).
Ora, sobre a fé, muitas coisas o Senhor Jesus nos falou:
“Tudo o que pedirdes com fé na oração, vós o alcançareis” (Mt 21,22).
“Por isso vos digo: tudo o que pedirdes na oração, crendo que o tendes recebido, e ser-vos-á dado” (Mc 11,24).
“Disse o Senhor Jesus: “Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-e no mar, e ela vos obedecerá” (Lc 17,6).
O que São Paulo falou da esperança e da caridade, para bom proveito de nosso estudo?
“A esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Rm 5,5).
“Mas, acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vinculo da perfeição” (Cl 3,14).
“Estar circuncidado ou incircunciso de nada vale em Cristo Jesus, mas sim a fé que opera pela caridade” (Gl 5,6).
“A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. (I Cor 13,4-7).
As virtudes desse nosso estudo são sete: “Fé, esperança e caridade” (teologais): “temperança, prudência, justiça e fortaleza” (cardiais e/ou morais).
“Presta atenção às minhas palavras, aplica teu coração à minha doutrina, porque é agradável que as guardes dentro de teu coração e que elas permaneçam e transbordem de teus lábios” (Pr 22,17-18).
Na realidade, as palavras de Deus transbordam de nossos lábios, a partir de quando somos ensinados e conduzidos pelo Espírito Santo. Rm 8,14.16.26-27).
“Mas o Paráclito, o Espírito santo, que o Pai enviará em meu nome, ensinar-vos-á todas as coisas e vos recordará tudo o que vos tenho dito” (Jo 14,26).

João C. Porto